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As crianças e o Natal

Sempre que chega o final de ano, muitas mães ficam com dúvidas sobre como agir quando as crianças encontram o Papai Noel. É interessante que os pequenos troquem o bico por presentes? A partir de que idade deve-se contar a verdade sobre a existência do bom velhinho? Pensando nestas dúvidas, preparamos algumas dicas:

  • Incentivar o pequeno a dar o bico para o Papai Noel pode ser uma boa ideia, desde que a criança esteja pronta para largar o bico, combinar com antecedência e deixar a troca bem clara. Se, na hora de entregar o bico, o pequeno voltar atrás, é preciso firmeza: se seu filho não fizer a troca, não ganha o presente. E deixe isso claro para ele no momento em que houver a desistência! Esta medida é válida especialmente para crianças com 4 anos ou mais, pois elas entendem o mecanismo de troca, as regras e os limites. Mas que fique claro: o mecanismo da troca é recomendado somente em casos especiais, não deve se tornar uma rotina na relação familiar, pois a criança pode entender que sempre que fizer algo bom deve ganhar algo de volta.

  • Não são os pais que decidem quando contar a verdade sobre o Papai Noel. Eles precisam, sim, perceber os sinais de que a criança começou a questionar que quer saber a verdade de quem está por trás das bochechas coradas e da barba branca. Na verdade, a criança começa a observar as conversas dos colegas, os programas de TV e acabará entendendo a verdade sozinha. Isso não tem idade para acontecer; depende da maturidade da criança. Geralmente, ocorre entre os cinco e oito anos. Mas, enquanto a criança acreditar nesse mundo lúdico e de fantasia, não há porque estragar a brincadeira.

E como lidar com o consumismo dessa época do ano? O limite deve ser dado pelos pais e baseado em muita conversa. É essencial explicar a realidade financeira da família, para que a criança entenda estes valores desde cedo. E se a criança exigir algo muito caro, deve-se negociar e explicar os limites. Nunca compre algo que não pode pagar só porque está na moda nem se endivide para garantir presentes muito caros.

O que fazer quando a criança tem medo de Papai Noel?

Nessa época, um novo medo das crianças se manifesta: muitas delas choram ou se assustam ao ver o Papai Noel. Isso acontece especialmente com as de até três anos, que podem se assustar, muitas vezes, mais com o barulho e a movimentação em torno do bom velhinho do que com a figura em si.

De acordo com a Revista Crescer, não vale forçar a barra. O ideal é, aos poucos, apresentar a figura para a criança em um local seguro e calmo, ou seja, em casa. Mostre imagens, explique quem é e o que faz aquele senhor de barba branca e trajes vermelhos, e faça o pequeno participar da decoração da casa para o Natal. De acordo com a psicóloga Márcia Ferreira, geralmente a criança se assusta quando não está familiarizada com o tema.

Se o comportamento se manifestar em crianças com mais de quatro anos, possivelmente isso é um sinal de super proteção por parte dos pais. De qualquer forma, vale a dica de não forçar a barra e ir apresentando a figura aos poucos… Além de rever as atitudes que podem estar ocasionando o problema.

Evite o desperdício nas ceias de fim de ano

Quando chega o final do ano, as famílias começam a programar as ceias, tanto de Natal quanto de Ano Novo. Muitos acabam exagerando e, passada a festa, vem a pergunta: “O que a gente vai fazer com tanta comida?” Todos os dias, uma família de quatro pessoas joga 350g de comida no lixo, e nesta época do ano, a falta de planejamento faz com que a quantidade descartada aumente. Para evitar jogar comida – e dinheiro – fora, o segredo e planejar. Afinal você não quer que seus filhos achem que gastar com comida e depois jogar fora é uma atitude normal e correta, não é?

Para evitar desperdício, você pode optar por um prato que a sua família comeria por completo em uma única refeição; não é preciso dobrar a quantidade. Também é interessante escolher um prato principal: não há necessidade de fazer peru, tender e bacalhau. Um peru de 2kg serve até oito pessoas.

A sobremesa também pode ser única. Uma torta serve facilmente oito pessoas. Se as festas incluem mais de um encontro (pode ser o jantar do dia 24 e o almoço do dia 25) que tal combinar com outra família que participe do evento de uma levar um doce à noite e a outra ao meio-dia?

Passada a janta, o que sobrou deve ser logo guardado na geladeira para não estragar. Recomenda-se que a comida fique na geladeira por até dois dias, na primeira prateleira de cima (que refrigera melhor).

Para não enjoar de comer a mesma coisa por um ou dois dias, que tal “reciclar”, criar pratos novos a partir do velho? Sim, você pode transformar o peru em uma torta salgada, no recheio de panquecas ou em um arroz de forno. O tender pode ser aproveitado no recheio de pastinhas ou patês e o bacalhau pode ser desfiado e usado em outras receitas. Use a internet a seu favor e descubra outros pratos saborosos!

E bom apetite!

Cartas para Noel

Se você tem um filho pequeno, que ainda espera o Papai Noel trazer o presente na noite de Natal, que tal incentivá-lo a escrever  uma cartinha para o bom velhinho?  O tradicional “Querido Papai Noel…” pode ser um momento divertido em família, estimulando a reflexão dos pequenos.

Escolha um papel bem bonito, de preferência colorido – que ajudará a criança a perceber a importância deste momento. Se possível, reúna toda a família para este momento. Para escrever, incentive as crianças a dizerem o que desejam de Natal e porque merecem ganhar o que estão pedindo. Elas devem falar sobre comportamento, empenho nas atividades de rotina, e também o que podem ter feito de errado e que se comprometem a mudar.

Papai e mamãe também podem entrar na brincadeira – que para os pequenos é um assunto sério! – e fazer seus pedidos para o Papai Noel, assim como falarem de seu comportamento durante o ano.

É importante também falar sobre outros “presentes”, como o bem-estar da família, saúde, união e companheirismo. Assim, os pais reforçam para as crianças que nem tudo é comprado ou tem valor monetário…

Faça uso consciente da TV!

A televisão já deu motivos para ser considerada uma vilã quando o assunto é a criação das crianças. Mas é necessário fazer uma ressalva: nem tudo que é veiculado nas telas é descartável, há muito que ser aproveitado.

Em uma reportagem, a Revista Claudia consultou sociólogos e psicólogos que foram taxativos em relação à televisão para crianças, especialmente até os 6 anos, mas não de forma negativa. Como grande parte das condutas tomadas na criação das crianças, o bom senso deve reger a situação. Para os entrevistados, o ideal não é banir os programas de tv do cotidiano, mas fazer o uso em momentos que se tem conhecimento do que estará passando.

O bom senso, apesar de ser inevitável, também deve ser aliado à participação dos pais. Os entrevistados pelo veículo garantem que estar junto das crianças durante o momento em que assistem à televisão é fundamental. Incentivar a conversa sobre os programas vistos, recebendo o retorno dos filhos, garante um retorno especial sobre a visão dos pequenos.

Mas o que deixa-los assistir? A reportagem citou alguns dos programas que escolhidos pelas fontes, e que são fontes confiáveis de entretenimento: Rá-Tim-Bum, Castelo Rá-Tim-Bum, Janela, Janelinha, Caillou, Cocoricó, Barney e seus amigos, Sítio do Picapau Amarelo, Bebê Mais.

Dicas para aproveitar uma visita ao zoológico

Com as férias escolares se aproximando, passamos a procurar alternativas para distrair e divertir as crianças. Se pudermos escolher programas que aliem diversão e aprendizado, melhor ainda! Um desses passeios que pode trazer bons momentos de descontração e novos aprendizados é a ida ao zoológico. O projeto Educar para Crescer, da Editora Abril, preparou algumas dicas super interessantes para esse programa ser ainda mais proveitoso.

Informe-se antes sobre o zoológico

Para não perder nenhuma das atividades oferecidas, você pode planejar o passeio acessando o site do local ou fazendo uma ligação. Também só com uma consulta prévia dá para saber se o zôo tem infra-estrutura para receber portadores de necessidades especiais. Além disso, vale a pena adquirir um mapa assim que chegar, no Centro de Visitantes, para planejar um roteiro de passeio que inclua as atividades que você e seu filho mais querem conhecer.

Aproveite o dia com a família!

O lazer é muito importante. É legal os pais terem a oportunidade de passarem um dia agradável com seus filhos, em meio à correria de costume. Muitos zoológicos possuem áreas arborizadas para caminhar e para fazer piquenique. Aproveite para convidar mais gente da família!

Não trate os animais como artistas de circo

Os bichos não estão no zoológico para fazer piruetas. Eles estão ali para gerar discussões a respeito do seu comportamento e habitat. O contato ajuda a criar empatia com os animais. Estimula o respeito a todos os seres vivos, inclusive daqueles que muitas vezes geram nojo ou medo, como cobras, sapos, aranhas, insetos e morcegos. É importante explicar aos seus filhos que todos os animais têm uma função especial na natureza.

Visite os animais brasileiros

A fauna brasileira é uma das maiores do planeta. Nosso país tem diversos biomas e por isso há tantos animais diferentes. Arara-azul, tamanduá-bandeira, cachorro-vinagre, onça-pintada são alguns animais que podem ser encontrados nos zoológicos. Não importa se você vive na cidade ou em alguma área rural. Há diversos animais que podem ser encontrados livres na natureza, em regiões próximas à sua casa. Além disso, muitos deles estão em risco de extinção e são raros de avistar. É legal aproximar as crianças dessas questões, que envolvem o meio ambiente onde vivem.

Conheça também os animais de outras partes do mundo

Girafas, rinocerontes, elefantes… Os grandes mamíferos africanos aparecem com frequência na televisão e no cinema, habitam o imaginário das crianças e encantam por seu enorme porte. No zoológico, seu filho poderá conhecê-los de perto.

Preste atenção nos animais que estão soltos!

No zoológico, você não conhece apenas os animais em cativeiro. Muitas espécies, especialmente de aves, circulam pelas áreas do zôo em busca de comida e abrigo. Eles são bons indicadores da qualidade ambiental do espaço, já que podem escolher ficar ou não por lá.

Respeite os animais!

Os espaços abertos ou com poucas grades, como lagos e os recintos dos grandes herbívoros, costumam virar depósito de lixo. Explique para seu filho que esse descuido, além de tornar o ambiente muito feio, prejudica os animais, que podem ingerir embalagens e restos de comida. Todos os bichos têm hábitos alimentares muito específicos e a comida distribuída é controlada por especialistas. Comida humana pode fazer muito mal aos animais. Em uma visita ao zoológico, aproveite para mostrar ao seu filho o trabalho dos tratadores, que ao longo do dia visitam os recintos para alimentar os animais. Além disso, cuidado com o barulho e com os flashes das máquinas fotográficas! Peça para as crianças não gritarem ou baterem nos vidros e grades, e evite bater fotos com flash. A luz e o ruído em excesso incomodam e afugentam os animais.

Ensine-o a respeitar o meio ambiente

Quando você e seu filho observam a forma como os animais vivem, dá para conversar sobre as ameaças que sofrem com a destruição da natureza e a importância de se preservar os ambientes naturais para que eles possam viver em liberdade. Além disso, é importante falar sobre preservação de recursos naturais e resíduos sólidos. Tente se informar se o zoológico é envolvido nessas questões. No Jardim Zoológico de Brasília, por exemplo, os dejetos animais vão para uma composteira. Já no zôo de São Paulo, o lixo é reciclado e toda a água usada é tratada e reaproveitada nos lagos e tanques. Todos esses assuntos também podem ser associados ao dia-a-dia do seu filho. Reciclar e economizar água e energia em casa são os primeiros passos para evitar a degradação de mais áreas naturais, e a destruição do habitat de vários animais que encontramos no zoológico.

Participe das atividades monitoradas e palestras e visite as exposições temáticas

Os profissionais do zoológico podem ajudar a tornar o seu passeio muito mais educativo e prazeroso. Não fique com vergonha de procurar orientação e de fazer perguntas. Essa participação estimula os filhos. Os especialistas podem tirar dúvidas e revelar muitas curiosidades sobre os animais. Além disso, muitos zoológicos oferecem espaços dedicados a temas específicos, de grande importância educativa. No Zoológico de São Paulo (SP), por exemplo, há um espaço indígena, onde se explora a relação sustentável que o índio tem com a natureza. Em Belém (PA), é possível conhecer o patrimônio arquitetônico dos prédios do primeiro Parque Zoobotânico do país, no Museu Paraense Emílio Goeldi Goeldi. Há outros que são associados a jardins botânicos ou áreas de mata nativa, como é o caso da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (MG) e do Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, em Sorocaba (SP). Com isso, além de conhecer a fauna, você tem a oportunidade de fazer trilhas ecológicas, passear por jardins temáticos, e conhecer mais sobre a flora local ou de outras partes do mundo.

Visite os bastidores do zôo

Vale a pena se informar se o zoológico oferece visita aos bastidores, como os setores de alimentação e a veterinária. Conhecer o trabalho dos funcionários desmistifica a ideia de que um zoológico é simplesmente um lugar de exposição de animais vivos.

Conforto acima de tudo

Para tornar a visita interessante, é necessário que todos estejam confortáveis. Um bom calçado, protetor solar, repelente e bonés são itens básicos. Também não esqueça de fazer pausas durante o passeio. Procure descansar em áreas próximas a lanchonetes, restaurantes, bebedouros e banheiros/fraldários.

Volte sempre!

Zoológico não é um passeio para se fazer uma vez na vida. Crie o hábito de revisitar o zôo, ou de conhecer outros em suas viagens. Eles sempre têm novidades! Seja um filhote que acabou de nascer, seja animais recém-doados.

Converse sobre o zôo depois da visita

Converse com seus filhos sobre o que vocês viram durante o passeio. Reveja as fotos e vídeos feitos, mostre livros e filmes onde os animais do zoológico apareçam.

Conheça um pouco mais sobre a história dos zoológicos

Existem registros desse tipo de “coleção” desde a antiguidade – em impérios como o chinês, o asteca e o egípcio – quando o hábito era associado à riqueza e poder dos governantes. Alguns pesquisadores acreditam que o primeiro zoológico organizado data do Século III a.C. e pertenceu ao rei egípcio Ptolomeu I, sucessor de Alexandre, o Grande. Mas foi na virada do século XIX para o XX, com o desenvolvimento das cidades e a depredação de áreas naturais, que os zoológicos europeus e americanos mais conhecidos foram criados. O primeiro zôo do Brasil também surgiu nessa época, como uma pequena coleção de animais silvestres da Amazônia, no Museu Paraense Emilio Goeldi.

Veja também as dicas que demos anteriormente, também guiadas pelo projeto Educar para Crescer, sobre idas a museus, clicando aqui!

Como fazer as crianças gostarem de matemática

É muito importante que estimulemos desde cedo os pequenos a desenvolverem sua inteligência, criatividade e gosto por atividades que serão importantes para o seu futuro. No início da vida escolar, muitas crianças desenvolvem uma certa implicância com a matemática, que costuma se prolongar para o restante da vida escolar. Porém, o gosto pela matemática e demais matérias exatas pode ser desenvolvido em casa, desde pequeno. Não é necessário tornar o seu filho um pequeno Einstein, apenas garantir que os seus anos escolares não serão de sofrimento e reclamações. Em cada idade o estímulo pode ser dado de uma maneira.

Quando a criança tem cerca de dois anos e alguém perguntar a idade, estimule o pequeno a indicar com os dedinhos. Se ele tiver irmãozinhos ou priminhos de idades próximas (até cinco anos), estimule a ir aprendendo as idades destes também. Essa é uma boa maneira de mostrá-lo desde cedo a importância que têm os números.

A partir dos quatro anos, as crianças já podem ser estimuladas através de alguns jogos, como o boliche (Ref.: 208.7 Boliche no Bosque). Auxilie e ensine a criança a contar os pinos derrubados, a fim de saber quem é o vencedor.

Com cinco ou seis anos, algumas operações matemáticas já podem começar a ser introduzidas. Além de ensiná-las a somar suas balas ou brinquedos com as dos amiguinhos (contanto que sejam pequenas quantidades), alguns joguinhos matemáticos já podem ser utilizados, como o Ref.: 29.,5. Cubos Encaixáveis Números e Quantidades.

Por volta dos dez anos de idade, como as crianças já têm contato com os cálculos na escola e já aprenderam as operações, incentive-as a algumas atividades práticas que lhes mostrem como a matemática lhes será útil na vida real, como calcular o preço final das compras feitas no supermercado, ou fazer pequenas planilhas de gastos para sua mesada.

Com alguns incentivos simples e divertidos, a vida escolar da criança pode se tornar muito mais prazerosa!

Como potencializar o que a escola ensina

Independente da idade, se o seu filho já está na escola, é hora de você ajudar no processo educativo. Todos os pais se empenham em preparar seu pequeno para ser um adulto melhor, mas é realmente importante que pais e escola trabalhem na mesma linha. Assim, a criança não se confunde entre o que é certo e errado!

Para não atrapalhar o que a escola está fazendo, que tal também estabelecer uma rotina em casa? Se você observar, a escola mantém uma ordem de atividades e você pode fazer o mesmo em casa, tendo um horário regular para o banho, alimentação e hora de dormir. Também é importante incentivar as conquistas. Se na escola seu filho não usa mais bico ou fraldas, por que precisa usar em casa? Dispense esses itens também! E trate seu filho de igual para igual, sem infantilizações ou diminutivos.

É importante reservar tempo e espaço para que seu filho desenvolva as habilidades que são trabalhadas em sala de aula. Não sabe como? Comece dando brinquedos adequados à idade dele e mantendo um lugar específico da casa para que ele brinque, faça desenhos e se divirta. E que tal pedir para ele lhe ensinar as músicas que aprende na escola? Estimulando desta forma e oferecendo apoio nas lições, mas sem fazer as atividades por ele. A professora precisa saber que ele teve dificuldades, para trabalhar com isso em sala de aula.

Não esqueça de acompanhar o dia a dia: olhe o caderno, acompanhe a agenda e converse com seu filho, pedindo que ele conte o que fez na escola. Não faça interrogatório! Para incentivar essa parceria, troque de posição: conte a ele como foi seu dia, recorde seus tempos de escola, mostra para ele que, mesmo em idades diferentes, vocês pertencem ao mesmo mundo!

Como a relação escola-casa é uma via de mão dupla, não esqueça de compartilhar. Use a agenda para falar sobre seu filho, caso ele não passe bem a noite, tenha pesadelos, algum mal-estar… Outros acontecimentos que podem afetar o humor ou o desempenho da criança devem ser informados à professora pessoalmente, de forma discreta e em separado das crianças.

Excesso de TV e computador prejudicam a coluna das crianças

O cotidiano das crianças mudou. Ao invés das tradicionais brincadeiras de rua, cada vez mais os pequenos ficam dentro de casa, jogando videogame ou sentados em frente ao computador. É claro que estas atividades trazem benefícios às crianças, mas o excesso pode causar problemas de saúde – especialmente na coluna, responsável pela sustentação do corpo e pelos movimentos.

Uma pesquisa norte-americana apontou que garotos americanos entre oito e 18 anos ficam cerca de sete horas e meia por dia em frente a aparelhos eletrônicos. Este excesso de tempo pode causar falhas na coordenação motora, além de problemas graves de coluna. Nesta faixa etária, a maturação óssea exige boa postura e exercícios físicos, o que ajuda a evitar deformidades.

Em entrevista ao site ZeroHora.Com, o médico Marcelo Peroco alerta que a postura incorreta leva a criança a uma inversão na coluna deixando-a em situação de risco – pode ocorrer um deslocamento em situações de pouco impacto e movimento. Sentados, acumulamos maior carga na coluna. Por isso, recomenda-se que, tanto crianças quanto adultos, levantem-se e façam movimentos a cada uma hora que ficarem sentados.

O médico também aponta outros problemas físicos que antes eram comuns somente em adultos, mas que vem sendo diagnosticados também em crianças, como a tendinite e a hérnia de discos. Entre as principais causas destacam-se o sedentarismo precoce e a má postura.

Para evitar dores e problemas mais graves precocemente, sugere-se aos pais limitar o tempo que a criança pode ficar sentada em frente à TV ou computador e reserve esses momentos quando não for possível desenvolver uma atividade aeróbica fora de casa. Os pais devem incentivar a criança a brincar e se divertir com atividades externas, como pedalar, correr, praticar um esporte.

Seus filhos estão nas redes sociais?

Pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento como sociólogos, antropólogos, psicólogos e cientistas têm se debruçado sobre o fenômeno das redes sociais, como Facebook, Twitter, Orkut e You Tube. O interesse? Entender para onde elas caminham e como lidar com elas, especialmente quando o uso é feito por crianças. Este assunto tem, inclusive, tirado o sono de pais e educadores.

O Conselho de Comunicação e Mídia da Academia Americana de Pediatria publicou recentemente um estudo sobre o impacto das mídias sociais nas crianças, adolescentes e suas famílias. O assunto também foi abordado pelo jornal Valor Econômico, que publicou uma pesquisa do Instituto Ibope/Nielsen sobre o comportamento das crianças brasileiras na internet.

A pesquisa brasileira constatou que, em dezembro de 2010, cerca de 14% dos usuários da internet no Brasil eram crianças de 2 a 11 anos. No ano 200, elas representavam 6% dos usuários. Este aumento ocorreu porque os acessos a web estão cada vez mais fáceis: hoje, os celulares têm acesso a internet, os computadores estão cada vez mais presentes nos lares e as crianças demonstram cada vez mais interesse em usá-los.

A pesquisa norte-americana aponta que o uso da internet é a atividade mais comum entre crianças e adolescentes. O acesso inclui as redes e jogos sociais, consultas a sites de jogos online e de compras e a blogs. A pesquisa Ibope Nielsen indica que a criança brasileira está entrando mais em sites de jogos. Entretanto, meninas já procuram as redes de socialização. Cerca de 50% das crianças já usaram a internet para se informar sobre preços ou produtos, ou ainda para comprar algo.

Usar as redes sociais tem, segundo o artigo norte-americano, vários aspectos benéficos:

1. Melhoria e aprendizado de viver e se comunicar com uma comunidade, podendo ser usado para ajudar pessoas (angariar fundos para projetos sociais, formaturas etc).

2. Trocar idéias, imagens, trabalhos criativos como em artes, fotos, filmes, músicas.

3. Desenvolve o empreendedorismos, através da criação de blogs, sites de vídeos, games etc.

4. Trocas de experiências e idéias compartilhando causas (importante para os adolescentes), oportunizando o convívio com idéias diferentes e o aprendizado do respeito e tolerância.

5. Acessos à informações diversas, para uso na escola, tornando-se uma fonte de aprendizado.

Já entre os riscos, os pesquisadores destacam:

1. O cyberbullying, fenômeno crescente e que acontece quando deliberadamente um grupo hostiliza uma pessoa ou grupo. Quando isto acontece, o dano psiquicosocial é enorme, podendo causar ansiedade, depressão, isolamento e até tentativas de suicídio.

2. Assédio sexual ou recebimento de imagens e textos, muitas vezes enviados por celular com imagens próprias ou de amigos, nus ou seminus, tornando-se um problema disciplinar.

3. “Depressão do Facebook”: é um fenômeno cada vez mais visto em jovens nos EUA, onde crianças e adolescentes com propensão à depressão acabam, com o uso das redes sociais, desenvolvendo quadros de depressão e abuso de drogas. Isto parece ocorrer pelo isolamento social, uma vez que o contato pessoal é muito importante para os adolescentes.

4. Perda da privacidade através da disponibilização de muitos dados pessoais, como fotos, endereços e rotinas, causando um risco grande de segurança. Muitos também apresentam opiniões radicais que podem acarretar prejuízos no futuro.

5. Influencia da propaganda e do risco de consumismo: muitos dos sites de relacionamentos e de jogos têm propagandas voltadas ao público infantil e jovem. Por isso, é interessante acompanhar os sites e saber o que é propagandeado.

Por ter todas estas possibilidades, os pais devem ficar atentos ao acesso dos filhos à internet. Pais que não se interessam ou acessam internet e redes sociais deveriam se informar e se capacitar para isto, tendo assim uma forma de saber o que o filho usa, olha e com quem faz contato. Isso não significa seguir o filho o tempo todo ou invadir a sua vida online: deve haver bom senso, bom humor e  atenção, não perseguição.