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Filhos de novas uniões: como agir?

A estrutura “tradicional” de família, composta por pai, mãe e filhos está em transformação há algum tempo. Com o número de separações em um determinado período quase se igualando com o de casamentos, aumentam também as novas estruturas familiares, nas quais os cônjuges possuem filhos de casamentos anteriores.

Com o passar do tempo, após se refazerem do processo de separação, é natural que os pais procurem um novo parceiro e comecem uma nova vida conjugal. Quando chega o momento de apresentar o novo companheiro (a) à criança, é importante que os pais mantenham a calma e o diálogo, pois a nova estrutura familiar, nem sempre é facilmente compreendida e aceita pelos pequenos.

Se para um adulto já é difícil se acostumar com mudanças e pessoas estranhas em casa, imagine para as crianças.  É compreensível que a criança sinta ciúmes do pai e da mãe em virtude da pessoa estranha que está sendo apresentada.  Segundo psicólogos, é aconselhável que os primeiros encontros da criança com o novo parceiro, ocorram em locais públicos, como praças, restaurantes e parques, para tornar o clima mais descontraído e evitar que a criança sinta sua casa invadida por um estranho.

Conversar com o ex-cônjuge e tê-lo como aliado também é uma boa dica. Se a criança entender que a separação foi uma decisão conjunta dos pais e que o casamento deles não tem volta, a chance dela aceitar um novo relacionamento aumenta muito. Se for possível que ambos os pais conversem civilizadamente com a criança e expliquem que seguir suas vidas em separado é o melhor para todos, a criança se sentirá mais segura para aceitar um novo relacionamento dos pais.

Obesidade Infantil

A obesidade entre as crianças é um mal que vem crescendo constantemente, e muitos pais não sabem lidar com isso. Sabemos que incentivar as crianças a fazerem dieta ou cortar alguns alimentos de sua rotina é algo difícil de fazer. Por isso, separamos algumas dicas para ajudar você nessa tarefa!

Uma das grandes causas da obesidade infantil é o alto consumo de alimentos industrializados, que contêm grandes quantidades de gordura, sódio e açúcar. Assim, um dos primeiros passos a serem tomados contra a obesidade infantil é evitar os industrializados, tentando oferecer mais opções caseiras para as crianças.

Um dos motivos que levam as crianças a preferirem alimentos industrializados, é o fato de eles terem embalagens convidativas, brindes e relações com personagens que as crianças gostam. Assim, uma maneira de fazer as crianças comerem os lanches feitos em casa é fazê-los coloridos, com atrativos e, por que não, formando figuras divertidas.

Outro fato que costuma levar as crianças a engordar é um crescente sedentarismo na infância. Por isso, incentivar esportes e brincadeiras mais ativas, como brincar na pracinha, jogar bola e velhos jogos como pique – esconde ao invés de longas horas de uso de computador e videogame, ajudam na queima de calorias!

De acordo com Denise Carceroni, do blog Criando Crianças, as crianças obesas precisam não só de um médico, mas também de um psicólogo, já que muitas delas sofrem bullying e sentem vergonha de si mesmas. Por isso, além de ajudar o seu filho com as dicas acima, não hesite em procurar ajuda profissional!

Como lidar com o dinheiro e a questão da mesada

A mesada pode se tornar uma ótima aliada na educação financeira das crianças. Através dela, os pequenos podem aprender a tomar decisões, lidar com recursos limitados, entender os benefícios de poupar e aos poucos adquirir noções de administração de dinheiro.

Segundo alguns especialistas, até os cinco anos as crianças não são capazes de entender a função do dinheiro. Após essa idade os pequenos começam a assimilar a funcionalidade de “troca” do dinheiro, quando vêem seus pais comprando coisas, por exemplo. Portanto, a idade ideal para começar a dar mesada aos filhos é por volta dos seis ou sete anos. Nessa fase as crianças já sabem contar e já são capazes de identificar notas e moedas.

Vale lembrar que, até os 12 anos, os pequenos ainda não têm a noção de tempo totalmente formada, ou seja, eles não sabem medir com precisão quanto é uma semana, um mês ou um ano. Por isso, nessa fase, é recomendado que os pais dêem semanada ao invés de mesada. Assim a criança não ficará muito tempo sem dinheiro se gastar tudo nos primeiros dias e, aos poucos, vai aprendendo a administrar o dinheiro para que dure o tempo necessário.

Em relação ao valor, antes de decidir quanto dinheiro dar à criança, os pais deve medir quanto ela vai gastar por semana. Isso vai depender se ela deve pagar diretamente seus gastos, como lanche da escola, cinema, brinquedos, ou se o dinheiro da mesada será encarado como um “extra”. Se optar que ela pague seus gastos, o dinheiro deve ser proporcional a eles.

Uma dica dos especialistas é não interferir nas decisões da criança. Se ela quer usar o dinheiro que poupou para comprar um brinquedo, permita que ela compre. Assim o pequeno aprenderá o valor de se esforçar para comprar o que deseja.  Também não complete o dinheiro que falta para a criança comprar algo que deseja.  É importante que ela junte até conseguir comprar sozinha, para adquirir noções de quantidade e esforço.

Crianças e videogames

As crianças, de uma forma geral, possuem adoração por videogames. Até ai nenhum problema, já que muitos de nós, adultos, também adoramos essa forma de diversão. O problema é com os excessos e quando a diversão passa a se tornar um vício. Mas, é importante frisar que, o videogame pode sim, se administrado de forma correta, trazer benefícios para os pequenos.

Vivemos rodeados de tecnologia e, quando falamos de videogames e crianças, existem muitas polêmicas. As pesquisas a respeito desse assunto são contraditórias, sendo que algumas condenam os jogos eletrônicos e outras indicam e apontam seus benefícios.

Realmente existem os dois lados e, é importante que os pais saibam impor os limites, para que os pequenos possam usufruir das vantagens que os jogos eletrônicos têm a oferecer. Não é preciso proibir, afinal todas as crianças jogam. Proibindo, você estará privando seu filho dessa atividade social.

O equilíbrio é a melhor saída. Quando bem dosados, os jogos de videogame auxiliam no desenvolvimento emocional, aprimoram o raciocínio lógico e matemático e ajudam a desenvolver a concentração e o foco.

Mas, como todo excesso faz mal, passar horas na frente do videogame estimula o sedentarismo nas crianças e pode gerar problemas com socialização. Cuidado também com os jogos muito violentos, que podem incitar comportamentos agressivos e intolerantes que tendem a se refletir na adolescência e na fase adulta.

A dica é escolher bem os jogos aos quais seu filho terá acesso. Fique atento ao conteúdo e às indicações de idade de cada game. É importante levar em conta o grau de dificuldade e as habilidades para cada faixa etária, para evitar que a criança se frustre.

A difícil despedida da chupeta

A sucção da chupeta gera uma sensação de bem estar na criança, tornando o bebê mais calmo e cessando facilmente crises de choro.  Mas, como tudo, ela também tem seus pontos positivos e negativos, principalmente em relação ao período e frequência com que é utilizada.

A maioria dos pediatras e dentistas indicam os três anos como a idade limite para o uso da chupeta pelos pequenos. Após essa idade, o bico só tende a prejudicar a criança, podendo desencadear alterações na arcada dentária, dificuldades na fala e na mastigação.

Mas, depois que as crianças adquirem o hábito da chupeta, como fazer para convencer os pequenos a se desprender dela? Essa não é uma missão fácil, principalmente quando a criança é muito apegada a sua chupeta. Algumas dicas podem ajudar os pais nesse processo:

– Comece reduzindo o tempo que a criança fica com a chupeta, espaçando os intervalos. Dessa forma, ela começa a se acostumar a ficar sem o acessório.

– O próximo passo é deixar a criança usar a chupeta apenas na hora de dormir.  Alguns pais esperam o filho adormecer e depois tiram o bico de sua boquinha, para que se acostume a dormir sem ele. Aos poucos o pequeno vai deixando a chupeta e ficando mais independente.

– Outra estratégia é propor uma troca. Vale trocar por algum doce, um brinquedo ou dar a chupeta para o papai-noel ou para o coelhinho. Mas, uma vez feita à troca, é importante que os pais não voltem atrás e não devolvam mais a chupeta para a criança. Do contrário ela vai entender que, sempre que quiser, poderá pegá-la de volta.

A importância de contar histórias aos pequenos

Contar histórias para os pequenos é um hábito que deve ser cultivado. Mesmo que a criança ainda não esteja alfabetizada, é importante que os pais contem histórias, leiam livros e a incentivem a manusear e folhar as páginas das publicações.

Durante a infância, escutar histórias ajuda a criança a desenvolver a criatividade, o poder de imaginar, criar e produzir.  Pesquisas revelam que as crianças que escutam mais histórias, têm maior facilidade no período de alfabetização e se interessam mais pela leitura.

A hora da história deve ser um momento especial e prazeroso para os pequenos. É importante que nem você nem seu filho estejam envolvidos em outras atividades. Procure um lugar calmo e tranqüilo, onde vocês possam sentar confortavelmente, sem sofrerem interrupções.

Para decidir sobre o livro que será lido, deixe o pequeno opinar e escolher. Isso estimulará o interesse pelas obras e aos poucos vai criando vínculos com as histórias. Enquanto estiver lendo, pronuncie as palavras claramente e faça pausas.

É fundamental que ocorra interação da criança com a história. Pergunte a ela o que acha que vai acontecer em seguida, pois isso estimula a imaginação e a criatividade. Quando acabar a história, debata sobre ela com o pequeno. Fale dos personagens, estimule-o a falar sobre o que mais gostou e manifestar sua opinião a respeito de cada personagem.

Benefícios da dança na educação infantil

A dança, na educação infantil, deixou de ser apenas uma manifestação artística ou um divertimento. Sabe-se, hoje, que ela pode estimular e desenvolver capacidades positivas na criança, que a acompanharão pelo resto da vida.

Através dos movimentos, a criança estimula a coordenação motora, postura, flexibilidade, noções de espaço e lateralidade, fortalece a musculatura e adquire maior consciência corporal. Além disso, maior facilidade de integração social, musicalidade e ritmo também estão entre os benefícios.

Jean Piaget (1896-1980), um dos maiores teóricos do desenvolvimento infantil, defendia que a realidade das crianças é vivida e interpretada por meio das sensações físicas e não do pensamento. Seguindo essa linha, alguns pensadores acreditam que a dança, aliada à educação, favorece o aprendizado e o desenvolvimento da criança. Desta forma, crianças que frequentam aulas de dança no período pré-escolar, certamente, têm mais facilidade de ser alfabetizadas, afirmam os teóricos.

A dança pode e deve ser praticada desde cedo. A partir dos 18 meses o bebê já pode praticar os primeiros passos. Para começar, coloque estilos diferentes de música e incentive o pequeno a fazer movimentos simples. No início ele imitará os pais ou outros adultos e, aos poucos, irá criar seu próprio estilo. Oportunize o contato com diversos estilos, como rock, jazz, samba, pop… Com o passar do tempo a própria criança vai escolher seus ritmos preferidos.

Independente do estilo, nas primeiras aulas os elementos naturais de cada criança devem ser aproveitados e explorados. As aulas devem ter caráter lúdico e descontraído, respeitando as condições físicas de cada criança, sem esquecer as limitações psíquicas de cada idade.

Pais separados e o processo para a criança

Nada nesta vida é fácil. Separação e o posterior término de um casamento, depois de anos, então, implica em diversos diálogos, que podem se transformar em sérios problemas, principalmente se o casal tem filhos. São as crianças as que mais sofrem com uma situação que não querem encarar de jeito algum. Se para um adulto (seja o homem, a mulher, os pais deles ou até mesmo os filhos já crescidos) o divórcio já é complicado, imagine para alguém que ainda curte o doce período da infância.

Mais do que qualquer outra alternativa, o melhor a fazer é manter a conversa em dia e agir com maturidade. Por mais difícil que possa ser, é preciso encarar a presença do ex-marido ou ex-esposa de frente, levando em conta que o seu filho gosta de vocês dois. Tal qual os pais em relação aos filhos, os pequenos também podem ter um preferido na relação, mas agir com naturalidade é a grande dica para deixar tudo sempre às claras, uma vez que a rotina muda.

Há uma série de fatos de cunho negativo que podem acontecer: os bebês, por exemplo, podem ficar bem mais agitados devido ao estresse, enquanto que as crianças pequenas podem voltar a fazer xixi na cama, e as mais crescidinhas podem ter problemas na escola. Conforme já citado, o mais importante é encarar com naturalidade esta nova realidade. A vida segue! Por mais difícil que seja para todo mundo, a decisão está tomada e é preciso viver a nova fase.

As atitudes sempre dependem muito da maneira como cada família encara a situação. No fim das contas, carinho, atenção, respeito e maturidade em meio ao diálogo, para demonstrar aos filhos o quanto ambos – pai e mãe -, gostam deles, são fundamentais.

Superproteção: cuidado com os excessos

É normal que os pais se preocupem com a segurança e o bem-estar de seus filhos. Entretanto, há um limite entre a proteção natural e a superproteção. Pais que se preocupam demais e tentam evitar que os filhos enfrentem problemas podem não perceber que estão comprometendo o desenvolvimento da criança e sua capacidade de lidar com as situações difíceis.

Nenhum pai quer que seu filho sofra algum mal, mas é preciso deixar as crianças viverem suas vidas e enfrentar as experiências. O excesso de zelo e preocupação impede a criança de desenvolver autonomia, lidar com frustrações e aprender limites.

Ao superproteger os filhos, os pais, inconscientemente, os desencorajam a tentar lidar sozinhos com determinadas situações. Assim, surgem os sentimentos de insegurança, medo e despreparo que, na idade adulta, podem resultar em dificuldades de se relacionar, fazer escolhas e lidar com frustrações, além de baixa auto-estima e dependência excessiva.

O ideal é que os pais conversem, orientem, mostrem os limites, mas deixem a criança agir sozinha e fazer certas escolhas. É através do erro que se aprende as melhores lições. Permita que seu filho explore ambientes, conviva, brinque, acerte e erre.

Mostre sua preocupação e os perigos que certas atividades envolvem, sempre ensinando o que fazer se algo der errado. Permitir que a criança realize certas atividades sozinha e, assim, assuma pequenas responsabilidades – como arrumar seu quarto – também são ótimos estímulos para um desenvolvimento saudável.

Os pais devem proteger seus filhos, sim, mas, ao mesmo tempo, prepará-los para o mundo, pois certamente algum dia eles precisarão ir em busca de sua própria vida e nessa hora é preciso que estejam prontos para fazer suas escolhas e enfrentar seus obstáculos.

Língua estrangeira para crianças

Difícil encontrar um currículo que não contenha pelo menos um ou dois idiomas disponíveis para fala, escrita, leitura e compreensão. Uma deles, normalmente o inglês, é fluente ou em estágio avançado. O currículo, no entanto, é montado e apresentado somente na fase adulta, quando muitos de nós apenas sonhamos em aprender de maneira adequada e condizente uma língua estrangeira. Então por que não começar desde cedo e incentivar o seu filho a estudar outra língua?

Especialistas dizem que quanto antes a criança tem contato com alguma língua estrangeira, melhor tende a ser a sua compreensão e, mais ainda, a sua facilidade/capacidade para pronunciar da maneira mais correta e próxima (dos nativos) possíveis os fonemas e vocábulos. Isso porque o ritmo de assimilação das crianças é muito mais rápido do que o dos adultos. Crianças até os 12 anos têm melhores condições de aprender uma língua estrangeira, por exemplo, do que quem tem 14 anos ou mais.

É uma responsabilidade grande tanto para pais quanto para instrutores devido a fatores biológicos, afetivos, cognitivos, além do ambiente e do input (a facilidade em si) linguístico. É preciso analisar o método de ensino e a maneira como os estudos serão repassados, visto que a criança precisa estar bem ambientada onde e com quem aprende, a fim de assimilar e apreender o conhecimento com gosto e vontade.

É uma questão de oportunidade também: por não terem a sua fonologia totalmente formada, os pequenos estão mais propensos a arriscar e a captar sons que depois poderão ser facilmente pronunciados na fase adulta.