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A vida e o mundo sob o ponto de vista dos pequenos

Foi assunto nas redes sociais na última semana um “Dicionário de Crianças”, onde elas explicam o que são algumas expressões – inclusive polêmicas – sob o ponto de vista delas. O dicionário foi realizado pelo professor colombiano Javier Naranjo, que passou dez anos coletando definições de seus alunos.

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Os significados dados pelos pequenos – que são, ao mesmo tempo, puros, lógicos e reais – está publicado no livro “Casa das estrelas: o universo das crianças”, que traz cerca de 500 definições para 133 palavras. A publicação que foi lançada em 1999 foi reeditada esse ano, com um enorme sucesso na Feira do Livro de Bogotá, que aconteceu no mês passado.

O site Catacra Livre conta que a ideia surgiu quando, em comemoração ao Dia das Crianças, o autor pediu para que seus alunos definissem a palavra “criança”. O resultado encantou o professor de tal forma que ele passou a buscar e anotar outras definições. As crianças “têm uma lógica diferente”, diz ele. “Outra maneira de entender o mundo, outra maneira de habitar a realidade e de nos revelar muitas coisas que esquecemos”.

As vendas do livro ajudaram a financiar uma biblioteca atualmente dirigida pelo professor, que afirma continuar trabalhando com a imaginação dos pequenos. Ele diz que “nós adultos somos condescendentes quando falamos com as crianças e deve ser o contrário. Mais que nos abaixarmos temos que ficar na altura deles. Estar à altura deles é nos inclinarmos para olhar as crianças nos olhos e falar com elas cara a cara. Escutar suas dúvidas, seus medos e seus desejos”.

Confira alguns verbetes publicados pelo Catraca Livre:

Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)

Ancião: É um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos)

Água: Transparência que se pode tomar (Tatiana Ramírez, 7 anos)

Branco: O branco é uma cor que não pinta (Jonathan Ramírez, 11 anos)

Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos (Luis Alberto Ortiz, 8 anos)

Céu: De onde sai o dia (Duván Arnulfo Arango, 8 anos)

Colômbia: É uma partida de futebol (Diego Giraldo, 8 anos)

Dinheiro: Coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ele, se faz inimigos (Ana María Noreña, 12 anos)

Deus: É o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos)

Escuridão: É como o frescor da noite (Ana Cristina Henao, 8 anos)

Guerra: Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos)

Inveja: Atirar pedras nos amigos (Alejandro Tobón, 7 anos)

Igreja: Onde a pessoa vai perdoar Deus (Natalia Bueno, 7 anos)

Lua: É o que nos dá a noite (Leidy Johanna García, 8 anos)

Mãe: Mãe entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos)

Paz: Quando a pessoa se perdoa (Juan Camilo Hurtado, 8 anos)

Sexo: É uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos)

Solidão: Tristeza que dá na pessoa às vezes (Iván Darío López, 10 anos)

Tempo: Coisa que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos)

Universo: Casa das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos)

Violência: Parte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos)

 

Fontes: Catraca Livre e BBC

Ensinando os pequenos a reciclar de forma divertida

A gente vive falando sobre a importância de educar as crianças sobre a preservação do meio-ambiente, e sobre o quanto os 3R (reduzir, reutilizar, reciclar) são uma das formas mais importantes de se cuidar da saúde do nosso planeta. Mas, para algumas pessoas, esses ensinamentos podem não ser tão simples. Por isso, adoramos essa ideia!

Que criança não gosta de trabalhinhos manuais, né? Então que tal incentivá-las a criar divertidos brinquedos com sucata. Já demos algumas ideias anteriormente…

E para a casa não virar bagunça, adoramos essa ideia de “estação de reciclagem” que encontramos no blog Handmade Charlotte. Ali, as crianças podem ir guardando os materiais que seriam jogados fora mas poderão virar arte, já divididos por tipo (assim elas já aprendem a separar o lixo!). E no mesmo cantinho, elas poderão fazer os trabalhinhos, evitando bagunça e “tralhas” pela casa toda.

Você pode improvisar esse espaço com uma mesinha e algumas caixas organizadoras. Se pintar e decorar coloridinho como esse da foto, fica mais legal ainda!

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Ajudando a organizar a rotina dos pequenos – e ensinando-os a se tornarem mais organizados

Quem tem mais de um filho, em especial, sabe a loucura que é organizar a rotina das crianças. Mas, dependendo do estilo de vida que se leva, mesmo com um só fica difícil coordenar as atividades dos pequenos.

Por isso, achamos simplesmente genial essa ideia que encontramos no The Clay Family Blog: um mural magnético que mostra, com imagens, as tarefas que os pequenos devem fazer. A questão as imagens é perfeita, porque você pode fazer com que até as crianças que ainda não sabem ler consigam acompanhar sua própria agenda.

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Para executar a ideia, basta pintar (ou adesivar) em um mural magnético o nome de cada criança. E desenhar (ou imprimir) formas que sinalizem cada uma das tarefas (como lanchar, escovar os dentes, fazer a lição de casa, organizar os brinquedos, dar comida para o cachorro, etc). Divida o quadro ao meio, com “a fazer” e “feitas”. Prontinho! Agora basta você afixar os imãs do que deve ser feito de um lado. Ao concluir, a criança passa o imã para o outro lado.

Escolhendo os melhores livros para os pequenos

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Hoje é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil. Que tal aproveitar a data para ler algumas historinhas com os pequenos? A leitura é muito importante para incrementar o vocabulário, melhorar a escrita, além de despertar a imaginação. Por isso, é muito importante incentivar a leitura desde cedo, coisa que, infelizmente a maioria dos pais não faz.

Pesquisas apontam que livros que as crianças gostem facilitam para desenvolver o hábito da leitura. Por isso, é muito importante escolher os livros adequados para a faixa etária e indicados por profissionais da área.

Anualmente, a Revista Crescer premia os 30 melhores livros infantis do ano. A lista pode ser um ótimo guia na hora de escolher as próximas leituras dos seus pequenos. Confira!

Dia da Água… Dia de ensinar a economizar! (2)

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Hoje é comemorado o Dia Mundial da Água. Que tal aproveitar a data para ensinar às crianças como economizar água no dia-a-dia? Utilize essas ilustrações divertidas e conscientize a família toda!

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Nada de tomar banhos muito longos ou brincar enquanto a água escorre. E, nos dias de calor, dá até pra desligar o chuveiro enquanto se ensaboa!

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Na hora de escovar os dentes, deixe a torneira desligada! Ela deve ser desligada após molhar a escova e ligada novamente só na hora de enxaguar a boca.

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Nada de regar as plantas com mangueira. Use um regador para isso! Economiza água e pode ser bem mais divertido.

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Nada de usar copos descartáveis ou lavar os copos a cada vez que usa! Tenha um copo para cada pessoa, e deixem para lava-los apenas no final do dia!

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É ótimo ajudar o papai e a mamãe nas tarefas de casa! Mas na hora de lavar a louça (ou o carro), nada de deixar água correndo! E para limpar calçadas, use vassoura e um balde d’água se for necessário. Nada de mangueira!

Imagens: Uol Crianças

 

 

 

 

Ensine às crianças, na prática, o valor do trabalho

Quer ensinar para os pequenos o valor do dinheiro e do trabalho e, de quebra, engajá-las nas tarefas domésticas? Inspire-se nessa ideia!

Faça imãs de geladeira, ou fichinhas, com tarefas e valores. A cada tarefa que a criança cumprir, as fichinhas vão para uma caixinha ou as tarefas são sinalizadas em uma lista. Ao final da semana ou do mês (vocês deverão combinar isso), a criança receberá o valor correspondente às tarefas executadas.

Esse tipo de atividade é muito importante para as crianças compreenderem o valor do dinheiro e do trabalho, percebendo que há que se esforçar para adquirir o que deseja.

Pequenas atitudes que podem salvar o meio-ambiente! – Parte 3

Que tal adicionar à sua lista de resoluções de Ano Novo a tentativa de tornar a vida da sua família mais sustentável? Como já dissemos inúmeras vezes, são pequenas atitudes do dia-a-dia que fazem a diferença na saúde do planeta e na conscientização dos seus filhos!

Hoje, vamos compartilhar algumas sugeridas pela Revista Crescer, em matéria que traz uma série de dicas para se levar uma vida mais saudável e natural.

Menos descartáveis: Para evitar que seu filho utilize copos descartáveis toda vez que beber água na escola, mande um copo plástico duro ou uma caneca na lancheira dele. Se ele for muito pequeno, procure modelos com bico e alcinha.

Vale a pena gastar mais com orgânicos: No Brasil, os alimentos orgânicos são até 40% mais caros do que os convencionais, mas o gasto compensa, porque o volume de agrotóxicos adicionado aos não-orgânicos é cumulativo e está relacionado ao aumento de câncer e de doenças degenerativas. Os bebês são particularmente vulneráveis aos pesticidas, que podem afetar o desenvolvimento dos sistemas nervoso, respiratório e hormonal. Além disso, o cultivo orgânico segue padrões sustentáveis de produção agrícola, o que ajuda a preservar o meio-ambiente.

Deixe o carro em casa: Se ele ficar na garagem duas vezes por semana, deixa de emitir 700kg de poluentes por ano, o que garante um ar mais puro para o seu filho. E, ao sair a pé ou de bicicleta com ele, vocês irão se exercitar e perceber novos lugares no bairro.

Como reconciliar irmãos após brigas

A convivência, a diferença de sexo e de idade são agravantes para as famosas briguinhas entre irmãos. Apesar de diminuírem à medida que os pequenos vão crescendo – passada a adolescência, é claro – os desentendimentos são frequentes e costumam estressar pais, mães e familiares que nem sempre sabem como resolver sem acabar protegendo demais um dos envolvidos.

O blog Connected Families sugere trabalhar as consequências das brigas em forma de “restituição” ao invés de castigar aquele irmão que se comportou mal. O segredo seria focar nos relacionamentos, fazer a criança entender que as relações são importantes e que ela deve consertar o que fez diretamente com aquele que saiu prejudicado, tentando reconectar a relação.

Por exemplo, quando o filho mais velho atinge a menor, ele deveria ser orientado a confortá-la e tratar com gentileza, ao invés de receber um castigo que vai deixá-lo ainda mais ressentido e não vai amenizar o sofrimento da menor. Em termos práticos, existem algumas ideias de pedidos de desculpa mais sinceros que os pequenos podem trocar entre si, como preparar o leite com chocolate ou o sanduíche que o irmão mais gosta, fazer um cartão ou um desenho ou algum programa juntos que os pais podem facilitar – como assistir o filme preferido do outro ou ajudar no dever de casa.

Ao invés de culpado, aquele que oferece um carinho especial começa a se sentir melhor e a buscar esse tipo de recompensa de outras maneiras, evitando brigas futuras e aprendendo o valor dos relacionamentos em geral.

Imagens: Connected Families

Como lidar com a birra dos pequenos

De acordo com a pedagoga Maria Angela Barbato Carneiro, em entrevista à revista Ana Maria, os pequenos cada vez mais parecem ter a necessidade de chamar a atenção dos pais. Entre as birras mais comuns dos pequenos estão os escândalos em público, a negação a comer e os palavrões. Angela ensina a evita-los:

Fazer escândalo em público

Quando os pequenos começam a berrar, espernear e até mesmo se arrastar no chão ou bater a cabeça, o melhor a ser feito é ignorar. A situação deve voltar a se repetir talvez uma, duas ou meia dúzia de vezes. Mas logo a criança vai ser dar conta de que essa atitude não leva a nada. Quanto mais se der atenção a atitudes ruins, mais será reforçada essa situação.

Ficar sem comer

As crianças rejeitam a comida porque sabem que isso chama a atenção dos pais. Essa percepção vem do fato de que os adultos costumam comemorar e parabenizar quando a criança come tudo. Mas a pedagoga alerta que se deve dar mais atenção ao caráter nutricional do que ao emocional: a criança deve comer porque isso vai fazê-la crescer forte, e não porque a mamãe vai ficar feliz. E fique tranquila: se a fome apertar, a criança vai comer!

Falar palavrão

A regra aqui é a mesma do primeiro caso: ignorar. Se você já explicou que isso é feio, já colocou a criança de castigo e nada disso adiantou, fazer de conta que não ouviu é a solução. Da mesma forma que no caso anterior, ele logo verá que isso não levará a nada.

Bons modos na casa dos outros

Passear na casa dos amiguinhos ou dos parentes é uma delícia! Mas é sempre bom lembrar os pequenos de que se deve respeitar o espaço alheio e se adequar à rotina da casa, não causando inconvenientes. Compartilhe essas dicas com os seus pequenos e garanta uma boa impressão – e a garantia de novos convites!

* Levar um presentinho é sempre de bom grado. Pode ser algo para os adultos ou até mesmo um lanchinho para compartilhar com os amiguinhos ou primos;

* Lembre as crianças de retirarem o seu prato da mesa e, no caso dos maiores, se oferecerem para ajudar em algo;

* Não é legal deixar seus pertences espalhados pela casa. Lembre os pequenos de, depois de usar, guardar roupas, escova de dentes e demais pertences na mochila;

* Ensine às crianças a respeitarem os horários da família que as está recebendo. Não reclamar da comida ou da estrutura que as recebe também é importante;

* Lembre-os de pedir licença para usar o telefone ou qualquer outra estrutura da casa. E, se quiser algo para comer ou beber, pedir antes;

* Se a criança levar lanchinhos próprios, lembre-a de oferecer para as outras crianças também;

* Jogos eletrônicos e outros brinquedos próprios exigem um bom cuidado. Além de às vezes terem sons, podem fazer a criança se distrair por muito tempo, esquecendo de interagir com os demais;

* Respeitar os mais velhos é uma regra que vale para todos os locais e situações.