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Meu filho, você não merece nada – parte 2

Ontem publicamos a primeira parte do artigo da jornalista Eliane Brum, no qual ela analisa a relação que vivem pais e filhos nos dias atuais. Sugerimos continuar a leitura hoje, pois muitas conclusões podem ser tiradas deste texto que, apesar de longo, é direto e sem meias-palavras.

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Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais prometeram. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer. (…)

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa. (…)

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas escolhas. Nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência. Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

Meu filho, você não merece nada – parte 1

A jornalista Eliane Brum faz uma análise sobre a atual relação entre pais e filhos, lembrando aos pais que a felicidade não é uma constante, que ninguém pode ser feliz o tempo todo e que é necessário aos filhos aprender a lidar com as adversidades. Como o texto é longo, vamos dividir o texto em duas parte, uma publicada hoje e a outra amanhã. Leia e tire suas conclusões!

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Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as

ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor. (…)

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes. Por que boa parte dessa nova geração é assim? (…) Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues, sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade. É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal.

Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

(continua amanhã)

Prepare-se para a chegada da primavera

Estamos em setembro. E hoje, dia 23, acaba o inverno e inicia a primavera. Até mesmo em nosso país continental e tropical, sempre há uma mudança climática entre as estações: em alguns estados chove mais, em outros realmente faz frio. São sensações que exigem mudanças na rotina da casa e até nos guarda-roupas.

Aproveite a chegada da primavera para fazer algumas coisas que colaborarão com o seu dia a dia. As dicas são de Thais Godinho, do blog Vida Organizada:

  • Troque as roupas no armário: guarde as de frio e dê espaço para as de calor. Não esconda todas as roupas mais quentes: deixe uma ou outra peça à mão, pois ainda pode fazer um pouco de frio. Este também é o momento de lavar cobertores e guardá-los limpinhos.
  • Aproveite e saia mais para passear ao ar livre! Passeie com o cachorro, faça um piquenique, leia um livro na praça, vá à praia, tire fotos das árvores, caminhe com seus filhos. Aproveite os dias mais longos!
  • Encarne a jardineira. Comece a trabalhar no jardim e garanta flores. Aproveite e monte aquela horta que você sempre quis ter. Para isso, vale mexer no chão, se você mora em casa, ou adequar a sacada do seu apartamento a vasinhos.
  • Faca uma atividade com as crianças para mostrá-las que outra estação está chegando. Que tal dar um passeio no zoológico, onde essa explicação educativa torna-se mais completa e divertida? Afinal, lá as crianças vêem plantas e animais.
  • Adicione ao seu cardápio da semana alimentos da época ou que lembrem dias mais quentes, como limonadas, saladas e frutas geladas.

E você? Conte para a gente como é a sua despedida do inverno!

Entendendo a diferença entre parar e desistir

Em algum momento da vida, certamente você já abandonou a academia, trocou de emprego ou deixou clientes de lado por não sentir mais alegria. Por isso, você pode ser chamada de desistente? Não necessariamente.

Parar e ser desistente são coisas diferentes. Quando você é desistente, você não pede nem ouvir o conselho de alguém. Você age com teimosia e segue tentando, tentando, sem rever planos e ideias, sem buscar outras maneiras; como as coisas não dão certo, desiste. Ou então não consegue enfrentar as mudanças e abandona o barco sem tentar de novo.

No mundo empresarial, muitos negócios fecham porque os donos não querem desistir do projeto, mas também não visualizam mudanças, como investir em novos mercados ou descontinuar um produto que não vende.

Mas que ligação esta conversa tem com a criação de filhos? Tudo!

Especialmente as mães são empreendedoras por natureza. Elas querem sempre fazer o melhor para seus pequenos e dificilmente desistem de algo. Normalmente, esta característica é positiva. Nós devemos fazer o nosso melhor para cumprir nossas responsabilidades: maternidade é uma dessas coisas. Entretanto, às vezes é preciso saber aplicar a arte da desistência.

E esta arte deve ser ensinada às crianças. Elas precisam aprender que nem sempre as coisas são como queremos e também que não somos obrigadas a fazer algo somente porque começamos. Se essa função ou missão afeta negativamente a sua saúde ou de sua família, é hora de repensar – e talvez parar!

Como saber quando parar

  • A atividade afeta negativamente a sua saúde?
  • Afeta negativamente seus relacionamentos?
  • Alguém pode fazer o trabalho melhor e com mais alegria?
  • Você está parando porque é difícil ou porque é melhor?

Resumindo, sempre visualize sua vida – e a de seus filhos – dentro ou fora de qualquer situação. Antes de iniciar uma atividade extra, determine quanto tempo você tem para se dedicar a ela. Planeje o seu ano. Cada oportunidade deve ser avaliada a partir do tempo disponível e o plano. Assim, você ficará longe do “sim” impulsivo e mais perto do “Não, obrigado, mas isso não se encaixa em meus objetivos ou na minha agenda para este ano”.

É importante transmitir este discernimento e equilíbrio para suas crianças. É uma lição que garantirá a elas um futuro com mais qualidade de vida e tempo para crescer, seja pessoal ou profissionalmente!

É importante acompanhar a rotina escolar das crianças

Ok, você escolheu a escolinha do seu filho. E agora? O que eles estão propondo e fazendo no dia a dia da sua criança é o ideal? Como saber se eles tão realmente colaborando com o desenvolvimento dos pequenos?

Bem, a primeira regra é clara: é preciso confiar na equipe de profissionais escolhida. Entretanto, confiar não significa deixar toda a responsabilidade educacional para eles. Você pode – e deve! – acompanhar o trabalho feito pela escola. Para isso, vamos passar algumas dicas para que você entenda se o trabalho da escola está adequado.

O que é trabalhado pela escola e como

  • Movimento – a escola estimula que as crianças andem, corram, pulem, etc.
  • Música – durante o dia, alguns momentos são dedicados ao canto, audição de melodias e brincadeiras com instrumentos.
  • Artes visuais – a criança é incentivada a desenhar, pintar, recortar, colorir, colar e modelar.
  • Linguagem oral – em rodas de conversa, as crianças têm uma ótima oportunidade para falar e serem ouvidas.
  • Linguagem escrita – a professora faz leituras e incentiva a percepção da relação dos sons com as letras, ou ainda incentiva a criatividade com desenhos.
  • Natureza – a criança terá contato com pequenos animais e plantas.
  • Sociedade – os assuntos tratados em aula normalmente envolvem as tradições culturais de sua comunidade ou do grupos sociais com que convivem.
  • Matemática – as atividades trabalharão contagens e relações espaciais (círculo, quadrado, dentro, fora…).

Lembre-se! Acompanhe a vida escolar do seu filho e incentive a continuidade do seu desenvolvimento em casa! Todos terão a ganhar com este esforço extra!

Ter vergonha dos pais: é permitido?

Até quem não acompanha novelas sabe das duas histórias que mais vem chamando a atenção dos telespectadores: a relação entre mães e filhos. No horário das 19h da Rede Globo, em Morde e Assopra, o jovem Guilherme está se redimindo de todas as humilhações que fez sua mãe, a simplória Dulce, sofrer ao fingir não ser filho dela. Também inspirada na vergonha que um filho pode ter da mãe, a história de Griselda e Antenor, no horário nobre da Globo (em Fina Estampa) ganhou na semana passada novos ares, com a descoberta da mentira do jovem estudante de medicina.

Claro que há Griselda e Dulces pelo mundo, assim como há Antenores e Guilhermes. Porém, esta vergonha dos filhos em relação aos pais nem sempre é tão extrema. Na verdade, ela faz parte do desenvolvimento psicológico de toda criança. Quando ela cresce, larga da barra dos pais e começa a demonstrar uma certa vergonha da companhia deles. É quando os pequenos não querem mais dar beijos de despedida na porta da escola nem ser acompanhados à festa de aniversário do amigo.

Estas mudanças acontecem quando a pré-adolescência se aproxima. É uma fase mais complicada – tanto para os pais, que deverão se adaptar a um novo comportamento, quanto para os filhos, que buscarão certa independência. Nesta nova fase, segundo a psicóloga Ana Cássia Maturano, os “nãos” dos filhos parecem não ter fim: não me beije na frente dos amigos, não me deixe na porta da festa. Nestes casos, fazer o que o filho diz não significa deixá-lo fazer o que quer. Há diferentes momentos para os pais cederem: não dar um beijo é uma coisa; agora, deixar o filho de 10 anos pegar um ônibus sozinho para atravessar a cidade, é outra bem diferente. É preciso refletir e ponderar.

E a partir de que momento esta vergonha torna-se excessiva? Quando o adolescente tem horror de se mostrar sendo cuidado. Durante a adolescência, é importante diferenciar o que é uma atitude normal, o comportamento de quem ‘esnoba’ os pais e o distanciamento mais grave, quando pais e filhos tornam-se verdadeiros estranhos. No geral, a vergonha é uma situação simples de lidar, desde que os pais tenham bom humor e simpatia, evitando brigas, choro ou desespero. É preciso respeitar o espaço do filho, assim como exigir respeito ao seu espaço.

Dez atitudes para ensinar o seu filho a cuidar do planeta

Nesta época em que tanto se fala em sustentabilidade, a Xalingo quer compartilhar com você algumas coisas nas quais acredita.

No ano em que o tema da Xalingo é sustentabilidade, vamos compartilhar com você um pouco mais do que acreditamos: ensinar os nossos pequenos a tornar o mundo que eles e as gerações seguintes vivem e viverão em um lugar cada vez melhor. Dar um bom exemplo dentro de casa é a melhor maneira de garantir que o seu filho cresça consciente. Afinal, você vai querer que seus filhos (e depois netos, e bisnetos…) vivam em um mundo saudável, certo?

Essas dez atitudes são muito importantes, e simples de serem incorporadas ao seu dia-a-dia e ensinadas aos pequenos.

1. Fique atenta ao tempo do banho

A água é um bem preciso que está se esgotando e os pequenos devem estar cientes disso. Segundo dados do Greenpeace, falta água para cerca de 1,7 bilhão de pessoas em todo o mundo. E o Brasil, com uma das maiores reservas do planeta, é um dos países que mais desperdiçam esse recurso. A ONG chama a atenção para as pequenas coisas do dia a dia: o uso doméstico consome cerca de 10% do total e economizar água em casa faz muita diferença. Só para ter uma ideia, uma pessoa chega a usar mais de 300 litros ao dia na realização das atividades cotidianas.

Por isso, desde pequena a criança deve ser ensinada a não desperdiçar água. Estipule algum tempo, que pode ser a duração de uma música, para o banho. Deixando à mão todos os utensílios necessários, evitando ter que buscá-los ao longo do banho, também ajuda a evitar banhos mais demorados. Lembre-se dessa dica que já demos aqui.

2. Separe o lixo

O Brasil produz 230 mil toneladas de lixo diariamente. Para conscientizar as crianças, comece ensinando a separar os resíduos limpos. Lixeiras coloridas para os diferentes materiais (plástico, papel, vidro) são uma boa opção para despertar o interesse através de uma atividade que pode se tornar divertida. Leve também no carro, e na mochila dos maiorzinhos, sacolinhas para que sejam depositados os lixinhos de lanches ou guloseimas. Explique aos pequenos que jogar esses resíduos na rua pode entupir os bueiros, o que pode causar enchentes. Além de separar o lixo, também pense em possíveis maneiras de reaproveitá-lo. Já demos algumas dicas a respeito disso.

3. Conserte ou doe os brinquedos

Quando um carrinho ou uma boneca quebrar, conserte, ao invés de descartá-lo. E quando o brinquedo se tornar obsoleto para a criança, seja por ela ter enjoado ou por não se enquadrar mais à sua idade, doe para uma ONG ou para outras pessoas que possam utilizá-lo.

4. Procure objetos usados para comprar

Móveis, carrinhos de bebê e utensílios grandes podem ser encontrados em brechós ou lojas de artigos usados. Esses locais são uma ótima opção tanto para comprar peças a preços acessíveis como para colocar à venda acessórios que seu filho não usa mais. Uma outra boa ideia é organizar bazares entre as amigas para trocar brinquedos, acessórios de bebê e até roupinhas. O melhor desses encontros é reunir o maior número de amigas possíveis com filhos em diferentes idades. Assim aqueles acessórios que já não servem para algumas crianças, podem ser utilizados pelas mais novas. Detalhe: nessas reuniões, leve as crianças. Faça desse momento uma pequena festa para as crianças brincarem e, de quebra, aprenderem o bom exemplo das mães e uma lição para a vida toda.

5. Utilize integralmente os alimentos

Mostre para o seu filho a variedade de opções que temos na cozinha. Por exemplo, invente sucos com as frutas que estão prestes a vencer. O mesmo vale para os legumes, que podem virar sopas, recheios de tortas e pastéis assados, etc. Pegue os restos de pão e reinvente o famoso pudim de pão, além de pizzas e lasanhas com a mesma base. A cenoura que sobrou da salada pode se transformar num gostoso bolo, a batata pode virar um pão, a berinjela pode virar patê. Enfim, invente! Para evitar desperdícios, também programe sua alimentação, utilizando as dicas que demos aqui.

6. Use a sacola de tecido

Aproveite a onda das sacolas ecológicas, ou ecobags, para incutir no seu pequeno o quão bacana é levar as compras ali. No supermercado, diga não à versão de plástico. Com o passar do tempo, essa atitude, com certeza, será absolutamente normal para ele. Estranho mesmo serão as sacolinhas de plástico, que demoram anos e anos para se decompor.

7. Leve-o à feira

Leve seu bebê à feira desde pequeno. Ele vai criando intimidade com produtos frescos e orgânicos. Quando chegar aos 6 meses, incentive o consumo de frutas e legumes – essa atitude requer alimentos fresquinhos, comprados semanalmente. Além de ser mais saudável, consumir alimentos de produção local é uma atitude mais ecológica, pois as embalagens e o combustível do transporte estão sendo evitados.

8. Faça uma horta

Em casa ou na varanda do apartamento, cultive temperos em vasinhos. Isso mostra a importância de plantar, cuidar e se alimentar com o que vem da terra. Com maior dedicação, até alguns legumes e verduras podem ser plantados. Siga as dicas que demos aqui.

9. Apague as luzes sempre

Oriente seu filho a não deixar luzes acesas sem necessidade. E ainda a desligar todo e qualquer aparelho eletrônico. Qualquer que seja a fonte, a produção de eletricidade sempre causa alguma agressão ao meio ambiente. “Hidrelétricas inundam grandes áreas, alterando e destruindo ecossistemas. Termoelétricas emitem gases que contribuem para o efeito estufa. Usinas nucleares representam um risco permanente de acidentes, além de gerar lixo atômico, o que é extremamente perigoso”, exemplifica a ONG Greenpeace. Economizar energia é uma maneira de diminuir a demanda por novas usinas e linhas de transmissão e distribuição e, consequentemente, os riscos de impactos ambientais e de apagões.

10. Ande mais a pé

Sempre que possível, deixe o carro em casa, principalmente quando o objetivo é fazer algo no próprio bairro. Vá de bicicleta ou caminhe de mãos dadas com o seu pequeno. Pode acreditar: ele vai adorar caminhar pela cidade e descobrir uma nova pracinha, uma árvore recheada de flores ou o latido dos cães. Vale o passeio! E vocês também podem variar essa programação, andando de bicicleta!

Fontes: www.bebe.com.br + redação Xalingo

Estimule a criatividade das crianças

Hoje é comemorado o Dia Nacional das Artes. Por isso, nada melhor do que falar em formas de desenvolver a criatividade das nossas crianças. Psicólogos afirmam que ser criativo é conhecer a si mesmo, ter noção do próprio espaço, das nossas virtudes e limites. O desenvolvimento da criatividade deve ser estimulado desde a primeira infância.

Como em outas áreas, o que o bebê cria depende do que os pais apresentam e de como eles correspondem às necessidades da criança. Os bebês percebem quando as mães validam suas solicitações e entendem isso como uma conquista – a qual, futuramente, se manifestará de forma criativa.

Para estabelecer um ambiente criativo, é importante que os pais criem uma ligação forte com o filho desde pequeno. Os pequenos gestos, quando retribuídos, ajudam o bebê a preencher e compreender a sua existência. Também é fundamental criar momentos divertidos entre pais e filhos: contato físico, sons, amamentação e hora do banho, entre outros momentos, quando vividos com prazer e encantamento, colaboram com o desenvolvimento saudável da criança. Estes momentos devem ser espontâneos, permitindo que os pequenos descubram o mundo ao seu redor.

E nada de comparar seu filho com outras crianças. Cada um deles é único e merece se expressar com liberdade. Os pais podem orientar, mas nunca interferir na expressão criativa. Elementos como massinhas de modelar, argila, blocos e outros materiais descartáveis ajudam a criança a criar, e tudo o que ela fizer é válido para o crescimento e aprendizado. E não esqueça de elogiar: estimule o pequeno a mostrar o gênio que existe dentro dele! A falta de elogios faz a criança sentir-se inútil e rejeitada, com menor autoestima.

Outra boa dica é valorizar o esforço criativo do pequeno, seja emoldurando um desenho e expondo na sala ou mostrando o trabalhinho para os amigos. O importante é deixar claro o orgulho pela tarefa executada.

Crianças precisam entender o valor do dinheiro

Desde pequenas, as crianças devem entender o valor do dinheiro e a importância da administração financeira. Claro que isso não significa ensinar os pequenos a fazerem tabelas de receitas e despesas, calcular a remuneração da poupança ou saber como investir na bolsa de valores. O importante, desde o início, é permitir aos filhos fazerem escolhas positivas que servirão para toda a vida.

O consultor em finanças e escritor Gustavo Cerbasi, do blog www.meudinheiro.com.br, destaca que os pais não devem esperar chegar uma determinada idade para iniciar a educação financeira. Para ele, o melhor é começar o quanto antes, desde as primeiras atividades sociais da criança, com a adoção por parte dos pais de atitudes condizentes com o objetivo a ser ensinado. Isto porque os pais são modelo e exemplo para os filhos.

Quando muito pequenas, as crianças não entendem o ato de consumo. “É a fase do ‘Eu quero!’. Não é o dinheiro que traz felicidade para os filhos; ela está na proximidade dos pais”, comenta Cerbasi. Com o tempo, as crianças veem que a satisfação das necessidades não depende só dos pais, mas sim do que é adquirido de outras pessoas. “Elas começam a entender o ato de comprar. Esta fase é a grande oportunidade de iniciar a educação financeira. Deve-se deixar claro que a compra é uma troca, identificada pela entrega de dinheiro”, frisa o consultor. Ele lembra a necessidade de orientar sobre o valor do dinheiro e sua origem: o trabalho. Ao comprar, os pais devem enfatizar o processo de compra e não o que foi comprado, incluindo questões como ‘será que temos dinheiro suficiente para comprar?’.

As crianças passam a dar importância ao ato de comprar na fase do ‘Compra!’ – ato que não pode ser banalizado. Segundo Cerbasi, a criança deve entender que os mimos devem aguardar a hora certa para a compra, como o final de semana. Na fase seguinte, os filhos sentem-se realizados quando podem dar o dinheiro ao vendedor ou fazer o pedido. Esta independência mostra aos filhos que eles não dependem dos pais, mas sim do dinheiro deles. A frase desta fase é ‘Me dá um dinheiro?’, mesmo que o pequeno não saiba o que quer fazer com ele.

“Presentear com um cofrinho, nesta época, é tão oportuno e excitante quanto presenteá-los com um álbum de figurinhas. As crianças entretêm-se com a emoção de completá-lo um pouco por dia. Encher um cofrinho pode ser uma experiência marcante na infância. Tão marcante que adultos que tiveram um cofre mantêm o hábito, dando valor as moedas”, conclui.

Como agir nas brigas entre irmãos

Os pais pedem para parar, prometem castigos, imploram por calma. Mas parece que, quando irmãos decidem brigar, não ouvem ninguém. E os pais ficam com medo de serem injustos. Assim, situações de caos seguem ocorrendo, tirando a alegria do lar e desestabilizando a família. Os pais chegam, em alguns casos, a sentirem-se incompetentes, incapazes de lidar com um problema que parece simples. Nestas horas, qual é a melhor forma de agir?

A primeira atitude positiva é analisar a situação como um todo, tentando localizar os motivos destas situações de estresse. O ciúme, uma das principais causas de brigas, pode ser causado por uma forma diferenciada de tratamento entre os filhos. Como cada filho é único, o tratamento dedicado a cada um acaba sendo distinto. Os filhos não são tratados da mesma forma, pois têm necessidades diferentes. O problema é que para as crianças essas diferenças não ficam claras: para os pequenos, se os pais são os mesmos, todos devem ser tratados igualmente. Por não saber lidar com as diferenças de tratamento, que são normais, a criança extravasa a raiva com socos, chutes, murros, mordidas, beliscões e palavrões.

Mas não só o ciúme explica a agressividade entre irmãos. E o outro problema pode estar nos pais. Casais estáveis, bem resolvidos e em harmonia normalmente têm filhos com menos atritos e brigas – que, quando ocorrem, são por problemas passageiros que facilmente se resolvem. Já nas famílias em que as brigas são frequentes, os filhos parecem desenvolver uma linguagem corporal que inclui socos e palavrões. Os filhos são o reflexo dos pais em comportamento, humor, angústias, doçura e agressividade. Se eles brigam demais, pode ser porque o lar não seja s mais calmo.

O primeiro passo dos pais deve ser uma avaliação da conduta e da forma de relacionamento com os filhos. Para tornar o ambiente mais leve, uma dica é relacionar-se com cada filho em momentos diferentes, a sós. Assim, será possível dar para cada um o que merece e precisa. Mesmo havendo um tratamento diferenciado, nunca compare as crianças nem estimule a competitividade. Quando um perder, a autoestima despenca – e pessoas com baixa autoestima podem tornar-se mais agressivas e revoltadas.