O teste do pezinho é fundamental para detectar doenças nos recém-nascidos e deve ser realizado até o quinto dia de vida. Com apenas uma picadinha no calcanhar é possível identificar doenças sérias que podem afetar o desenvolvimento do bebê.
Este teste foi trazido ao Brasil em 1976 pela APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e tornou-se obrigatório e gratuito desde 1992. Atualmente, ele possui uma versão básica, que é oferecida na rede pública de saúde de todo o país. Nas maternidades privadas são oferecidas versões ampliadas do teste, que abrangem uma gama maior de doenças, porém com valores que passam dos R$ 400,00.
O teste do pezinho deve ser realizado entre as primeiras 48h e o quinto dia de vida do bebê. Nos dois primeiros dias não é aconselhável fazer o exame pois o funcionamento do organismo do bebê ainda estabelecendo, o que pode afetar os resultados. Em bebês prematuros é recomendada uma uma segunda etapa de exames, após 30 dias.
A versão básica do teste do pezinho possibilita diagnosticar seis doenças. Confira:
Fenilcetonúria
Doença causada pela deficiência no metabolismo do aminoácido fenilalanina, cujo acúmulo no organismo pode causar deficiência mental.
Hipotireoidismo congênito
É causada pela insuficiência do hormônio da tireoide, a tiroxina, cuja falta pode causar retardo mental e comprometer o desenvolvimento físico.
Fibrose cística
Caracterizada pelo aumento da viscosidades das secreções, causando infecções respiratórias e gastrointestinais, pois afeta pulmões e pâncreas e não possui cura.
Anemia falciforme e outras hemoglobinopatias
A alteração da hemoglobina dificulta a circulação, podendo afetar quase todos os órgãos, causando desde anemia até atraso no crescimento, além de dores e infecções generalizadas. É incurável.
Hiperplasia adrenal congênita (HAC)
Doença genética na qual as glândulas suprarrenais não funcionam corretamente. Isto prejudica a produção de hormônios essenciais para o organismo, como o cortisol e a aldosterona.
Deficiência de biotinidase
Doença genética, em que o organismo não consegue obter a enzima biotinidase, o que impede que os alimentos sejam processados pelo organismo.
Fonte: Crescer