Uma criança birrenta é um problema que precisa ser resolvido rapidamente pelos pais, para evitar maiores constrangimentos. Nem sempre é fácil lidar com a situação de um jeito prático e eficiente, frentes às vontades e episódios de desrespeito dos filhos. No entanto, existem algumas expressões mais genéricas que podem ajudar a construir um diálogo mais direto com os pequenos.
Algumas frases, se colocadas em prática com firmeza, poderão ser importantes para estabelecer limites às crianças, ajudando a resolver situações de birras. Confira.
1. “Já te respondi”
Imagine que seu filho pede um algo na fila do mercado, mas você não poderá dar naquele momento. Ele insiste, como se fosse algo imprescindível para ele sobreviver. Por exemplo, um chocolate:
Filho: Mãe, compra esse chocolate para mim?
Mãe: Hoje não, querido.
Filho: Mas eu estou com vontade.
Mãe: Já te respondi.
Filho: Mas faz tempo que eu não como chocolate.
Mãe: Já te respondi.
Filho: Mas todos os meus amigos comem chocolate.
Mãe: Já te respondi.
A criança pode pensar em justificativas infinitas para conseguir o que quer. Mas a mãe deve se mostrar firme, apenas pedindo para que ele relembre o que ela disse na primeira vez. Em algum momento, a criança perceberá que a mãe não se deixará manipular, vai cansar de insistir e, consequentemente, reavaliar o pedido e seu próprio comportamento.
2. “Não vamos discutir isso”
Em uma situação hipotética, sua filha pede para ir dormir na casa da amiga. E os pais não concordam que ela vá naquele dia.
Filha: Pai, posso ir dormir na casa da minha amiga?
Pai: Não, já está muito tarde.
Filha: Mas a minha outra amiga também vai.
Pai: Não vamos discutir isso.
Filha: Mas pai, elas querem muito que eu vá também.
Pai: Não vamos discutir isso.
Esta expressão funciona como um ponto final na discussão – e os pais é que devem decidir esse momento. Os pais podem inclusive sair do ambiente, para reforçar a negativa.
3. “Está decidido. Se continuar a mencionar a questão, haverá consequências”
A insistência das crianças pode ser algo infinito. Por isso, é importante estabelecer limites e mencionar o fato de que as atitudes dela podem gerar consequências. Veja o exemplo na situação abaixo:
Filha: Pai, posso ir brincar na rua?
Pai: Não, filha, hoje a rua está muito movimentada.
Filha: Mas eu estou com vontade…
Pai: Não, é perigoso.
Filha: Mas eu vou ficar só na frente do prédio.
Pai: Está decidido. Se continuar insistindo, haverá consequências e você ficará sem brincar na rua por dois dias.
Relacionar uma birra a uma consequência que prive a criança de algo que ela goste, e que tenha relação direta com a malcriação, pode ser uma forma de fazê-la entender que não deve fazer birra quando os pais recusam a satisfazer suas vontades.
A partir dos cinco anos, a criança já compreende o sentido das regras. Portanto, é possível explicar a ela por que ela pode ou não ter determinado comportamento. Também é válido perguntar como ela se sentiria se alguém agisse daquela maneira com ela, fazendo o contraponto.
A partir desta fase, a criança também é capaz de compreender o castigo e poderá aprender com ele. Mas a punição tem de ter uma ligação direta com o que a criança fez de errado. Por exemplo, se ela rabiscou a parede do quarto, não adianta deixá-la uma semana sem televisão. Isto não vai fazer sentido para ela, pois não há relação entre uma coisa e outra. O castigo, neste caso, deve ser limpar a parede rabiscada. Por outro lado, se ela deixou de fazer o dever de casa, por exemplo, porque ficou assistindo à televisão, aí sim é devido cortar a TV.
Fonte: Vix