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Como proteger as crianças dentro de casa

Os pais sempre se empenham em fazer de suas casas um lugar seguro para os filhos. Entretanto, nem sempre percebem que os lares escondem pequenos perigos. Uma pesquisa da ONG Casa Segura aponta que os acidentes com crianças de 0 a 14 anos resultam em cerca de 6 mil mortes e 140 mil internações em hospitais públicos brasileiros por ano.

Os riscos de acidentes variam conforme a idade da criança. Na infância, a casa é vista pelos pequenos como o palco das novidades, das experimentações, e tudo é foco da curiosidade, inclusive tomadas, talheres, produtos de limpeza… Como não há como proibir a criança de circular pela casa, protege-la é a melhor solução.

Confira algumas dicas para fazer a infância das crianças mais segura e tranquila:

– a cozinha é certamente o ambiente mais perigoso da casa. Como “cozinha não é lugar de criança”, tente manter seu filho longe dela. Afinal, além de queimaduras e objetos com ponta, há o risco de intoxicação com produtos de limpeza. Como prevenção, use travas nas gavetas e portas; enquanto cozinha, deixe os cabos das panelas para dentro do fogão; e proteja tomadas com tampões específicos, fita crepe ou isolante.

– a área de serviço também pode ser um grande perigo, pois é onde ficam aqueles produtos de rótulos coloridos que tanto encantam os pequenos. Deixe os potes fora do alcance das crianças (em armários aéreos, por exemplo), use trancas em portas e gavetas e evite guardar produtos de limpeza em garrafas pet de refrigerante – afinal, as crianças não saberão diferenciar o que tem dentro!

– no quarto, o perigo muda conforme a idade da criança. Quem tem um bebê deve prestar atenção ao berço. Recomenda-se que os vãos da grade lateral tenham no máximo 6,5 centímetros, o que evita que o bebê coloque a cabeça no vão. Na hora de escolher o berço, fique atenta: se tiver quatro rodinhas, pelo menos duas precisam ter sistema de trava; além disso, berços com peças pontiagudas ou removíveis também podem oferecer riscos. Agora, se o seu filho já caminha, fique atenta às janelas e sacadas, que precisam de redes protetoras. Também evite deixar móveis em que as crianças possam subir perto das janelas. E na hora de comprar brinquedos, observe se eles são apropriados para a idade das crianças e se tem selo do Inmetro – que dá uma garantia a mais!

– já o banheiro torna-se um pouco perigoso por ter água acumulada. Por isso, use travas no vaso sanitário. No armário, evite produtos químicos, guardando apenas toalhas e papel higiênico. E, na hora do banho, até uma pequena quantidade de água pode ser perigosa na banheira. Por isso, nunca deixe o bebê sozinho durante o banho!

– na sala, deixe todos os objetos decorativos pequenos fora do alcance das crianças. Para saber se o objeto oferece risco, faça o teste sugerido pela ONG Casa Segura: se ele couber dentro de um pote de filme fotográfico, é pequeno (o pote de filme fotográfico tem o tamanho semelhante ao da garganta de uma criança de até quatro anos). Recomenda-se que os tapetes tenham antiderrapante e que as quinas dos móveis recebam uma proteção.

Mais informações sobre segurança em casa? Acesse o site Criança Segura!

Organizando a bagunça: alternativas criativas e divertidas para organizar os brinquedos.

Conseguir manter em ordem os inúmeros brinquedos que as crianças possuem não é uma tarefa fácil. Além de conseguir fazer com que a criança deixe-os em ordem entre uma brincadeira e outra, é importante ter os brinquedos organizados por tipo, para saber onde encontrar aquele brinquedo específico que a criança quer naquele momento.

Pensando nisso, separamos algumas sugestões criativas e divertidas para não só manter em ordem a bagunça, mas deixar o quarto do pequeno bonito e ainda incentivá-lo para organizar, tornando essa tarefa uma diversão.

Algumas miniaturas que a criança não brinca mais podem ser coladas em uma tábua, formando um divertido cabideiro para pendurar casacos ou mochilas.

Caixas com lousas aplicadas classificam os brinquedos por tipo, e ainda permitem que as plaquinhas vão evoluindo com o crescimento da criança.

Vidros de conserva (se a criança for muito pequena, prefira potes plásticos) podem ser reaproveitados para guardar miudezas ou materiais escolares. Para dar o toque lúdico, aplique miniaturas ou brinquedinhos plásticos daqueles que costumamos dar como lembrança em festinhas de aniversário. Pinte a tampa e o brinquedinho com a mesma tinta para dar unidade no visual.

Sacolas de papel craft, encontradas em quaisquer papelarias, podem virar molduras para brinquedos ou até para os desenhos que as crianças fazem. Organiza decorando! Ainda dá a opção de organizar painéis temáticos: em uma semana coloque ali um Foozoodle e desenhos do mesmo tipo, na outra coordene bichinhos, ou aproveite datas comemorativas como Natal e Páscoa. As sacolas podem até virar o espaço onde o Papai Noel e o Coelhinho deixam as suas lembrancinhas…

A criança adora desenhar e você não quer se desfazer dos desenhos? Coloque-os em moldura e encha uma parede com eles. Até os quartos mais simples ganham cor e vida!

Outra opção para os desenhos são varais. O legal dessa opção é que permite que a própria criança troque os desenhos quando quiser.

Caixas, cestos e pequenas malas dispostos em prateleiras podem ajudar a organizar brinquedos pequenos.

O mesmo vale para latas e vidros. A idéia de pranchetas presas na parede também é super interessante para prender os desenhos.

Dicas para contratar uma babá

Mães que trabalham fora e que não querem que seus filhos fiquem em turno integral na escola acabam optando pela contratação de uma babá para cuidar dos pequenos. As babás são, atualmente, figuras importantes na estrutura familiar e, por isso, merecem atenção especial na hora da contratação.

Pensando nisso, a empresária do setor infantil Camila Espinoza Diniz, mãe da pequena Bruna, de três anos, compartilhou no Facebook algumas dicas para escolher esta pessoa que vai ajudar a cuidar e educar seus filhos, tarefa que exige cuidado e, é claro, confiança.

* Como a primeira impressão é a que fica, é fundamental observar atentamente as candidata durante a entrevista. Este também é o momento de questionar tudo; por isso, tenha em mãos uma lista das questões que não podem ser esquecidas. Também é bom prestar atenção em como ela fala, se porta e os cuidados com a higiene.

* Na entrevista, também pergunte sobre a vida pessoal dela. Isso evita problemas como contratar uma pessoa que vai te deixar na mão depois de dois meses porque engravidou ou uma babá-baladeira que chega na segunda-feira de ressaca.

* Camila fez sua seleção sempre lembrando a frase de um amigo: “Se algo te incomodar, dispense. Com o tempo a tendência é piorar!”. Ou seja, não contrate alguém que agradou “mais ou menos”. Entreviste a candidata quantas vezes precisar, ligue para as referências anteriores e proponha um teste antes de efetivar.

* Antes de começar a seleção, deve-se definir prioridades: se quer uma babá hiper responsável, ela pode não ser a melhor humorada; aquela que é mais desencanada e flexível pode ser a mais responsável. Ao definir prioridades, considere seu estilo de vida e o que é mais importante para você.

* Clareza é fundamental neste momento! Limites devem ser definidos desde o início e de forma clara. Deixe claras as funções e o que espera dela, assim como os limites de sua atuação. Regras importantes devem ser impostas com firmeza. Muitas babás experientes ficam apegadas a métodos que caíram em desuso ou não são mais recomendados pelos médicos. Se isso ocorrer, explique sua decisão em uma conversa séria.

* Lembre-se que muitas vezes as crianças se apegam às babás, gerando ciúme das mães. Use o bom senso: você realmente está distante ou o pequeno está fazendo cena para conseguir algo? Se você achar que deve passar mais tempo com seu filho, tente mudar essa situação.

* É importante manter a privacidade, cuidando o que fala na frente da babá, como discutir com o marido ou fofocar com a melhor amiga no celular.

Promoção Post Premiado #Ganhadora 6

E chegamos ao último vencedor da promoção Post Premiado Xalingo. Antes de divulgar a autoria da sexta história, queremos agradecer a todos os participantes, que nos emocionaram com seus relatos e imagens.

Nesta semana, quem mais emocionou a comissão julgadora foi Sheila Consolo Mendonça Chaves, mãe de Miguel Consolo Chaves, de 3 anos e 7 meses. A força de vontade desta mulher e o desejo de ser mãe merecem nosso reconhecimento. E você, que está nos lendo, também merece conhecer essa história! Como prêmio, Miguel receberá um em casa o Blokit 24 peças (Ref. 402.1).

Agora, vamos ao relato de Sheila:

Queria antes de mais nada dizer que o mais importante nessa vida é acreditar que apesar dos tombos que levamos da vida, é preciso ter coragem e acreditar que tudo voltará ao normal e você vai voltar  a sorrir…

Eu tive um filho portador de Cardiopatia Congênita, e infelizmente aos dois anos, depois de várias cirurgias e cateterismos, ele foi morar junto do Papai do Céu. Tentei engravidar de novo, mas tive um aborto espontâneo. Logo depois tive um cisto que evoluiu pra uma cirurgia com retirada e um ovário e uma trompa… Quando eu achei que nunca mais realizaria meu sonho de ser mãe, veio a alegria: estava grávida! Hoje tenho o Miguel, que é a minha razão de viver e aproveitar a vida a cada dia, já que os momentos meus com o Guilherme foram tão pequenos… Embora inesquecíveis!

Sou uma mãe apaixonada pelo filho, daquelas que vai ao parque, cinema, zoológico, faço piquenique no quintal, acampamento na sala, lanchinhos com carinhas de catchup e mostarda, conto histórias pra dormir e brinco muito com ele de carrinho, futebol… O aniversário de três anos foi uma pequena festinha, recheada de carinho!!!

Bem, é difícil separar momentos de cumplicidade específicos com o Miguel, pois a cada dia eu aproveito da melhor maneira possível. Curto cada gesto, uma nova palavra, um olhar ingênuo, uma imagem….  Mas vou destacar o nosso passeio a um parque temático (o Parque da Xuxa), no último sábado. Lá, além dos brinquedos, tinha uma fada, anões e outras pessoas fantasiadas de animais. As crianças são tão puras que ficam com os olhinhos parados e brilhantes, acreditando em tudo o que estão vendo. Foi simplesmente maravilhoso e a todo momento meu filho fala do passeio como uma coisa espetacular…

Não tem dinheiro que pague um sorriso no rosto de um filho… Ser mãe é tudo na vida! Agora uma confissão de mãe:  durante o show, os adultos também ficaram iguais às crianças, curtindo tudo e nos fazendo voltar ao passado…

Como evitar o surgimento de estrias durante a gravidez

Um dos grandes incômodos da gravidez para as mulheres vaidosas é a possibilidade do surgimento de estrias em função do crescimento da barriga e um possível aumento de medidas em outras regiões, como quadris e coxas. As estrias são lesões cutâneas que se formam a partir da ruptura das fibras da pele, ocasionadas por sua distensão exagerada. Para prevenir essas listrinhas incômodas que, depois que aparecem na nossa pele, não desaparecem mais, há alguns cuidados que podemos tomar para evitar que esse momento tão especial na nossa vida deixe – literalmente! – marcas na nossa pele.

Uma vez que a pele é um daqueles órgãos que reflete explicitamente o nosso modo de vida, cuidar “de dentro para fora” é o primeiro e mais importante passo para manter a sua beleza. Para manter a pele bonita e viçosa – não apenas na gravidez –, é importantíssimo se ter uma alimentação saudável e equilibrada. Comer bem (optando por alimentos naturais, em quantidades saudáveis e de forma equilibrada) por si só já faz um bem enorme para o nosso corpo, tanto interna quanto externamente. Mas alguns alimentos em especial são responsáveis por deixar a pele bonita, bem cuidada e com a elasticidade necessária para resistir à gravidez sem marcas.

Os alimentos integrais são de suma importância, já que favorecem a digestão, eliminando toxinas. As boas gorduras, como azeite extra-virgem e semente de linhaça também são importantes para o bom funcionamento do organismo, o que se reflete na pele. Chá verde e frutas são antioxidantes, o que ajuda a pele a manter-se jovem. Por fim, folhas verdes e legumes são ricos em vitaminas A, C e E que combate, o envelhecimento precoce. Consumir vitamina B ainda estimula a regeneração natural da pele, deixando-a nutrida e fortalecida. Além de uma alimentação saudável, beber bastante água também é de grande importância para manter uma pele bonita.

Além de uma alimentação saudável, a hidratação da pele é outro grande aliado na prevenção de estrias. Evitar banhos muito quentes e exposição ao sol em excesso são alguns cuidados para evitar o ressecamento da pele. Além disso, substituir os óleos corporais por hidratantes leitosos também são de grande ajuda, já que os segundos penetram a fundo na pele, enquanto os primeiros hidratam apenas a superfície.

Além destes cuidados, vale lembrar que o principal cuidado para que as estrias não apareçam é evitar engordar em excesso. Vejam aqui o nosso post sobre o quão é ideal se engordar durante a gravidez.

Fonte: Estrias e Gravidez

Fonte imagem: Mundo das Tribos


Quanto engordar durante a gravidez?

Dentre as muitas dúvidas que permeiam as mulheres que querem emagrecer, uma delas é a respeito de quanto é saudável engordar ao longo da gravidez. Algumas mulheres aproveitam o fato de que vão engordar de qualquer forma ou se rendem às tentações dos “desejos de grávida” e acabam engordando além do ideal, o que não é bom para a sua saúde nem para a do bebê, tampouco para a sua auto-estima após o parto. Já outras preocupam-se tanto em não sair de forma que acabam não comendo o suficiente para alimentar a si mesma e ao bebê que necessita de nutrientes para se desenvolver.

No especial “Bebê” da Revista Claudia lançado esse mês, mamães que engordaram “demais” e mamães que engordaram “de menos” dão os seus depoimentos. Ali vemos que nem só de caprichos e impulsos influenciam esse processo de ganha de peso tão complexo: uma mamãe conta que ganhou muito peso pois não possuía forças nem disposição para continuar se exercitando. Outra conta que os enjôos a incomodavam tanto que impediam que ela ganhasse o peso necessário.

Você sabia que existe um cálculo feito de acordo com o Índice de Massa Corpórea (IMC) de cada gestante (antes de engravidar) que indica quantos quilos em média é saudável que ela engorde durante a gestação? A conta foi criada pelo Instituto de Medicina (IOM, em inglês), que faz parte da Academia Nacional de Ciências, nos Estados Unidos.

O portal Vila Mulher ensina a calcular o ganho de peso que você deve atingir para não correr o risco de prejudicar a sua saúde nem a do seu bebê. O cálculo é bem simples. Em primeiro lugar, você deve descobrir o seu IMC, dividindo o seu peso pela sua altura ao quadrado (altura x altura). Dependendo do seu IMC há uma indicação de ganho de peso considerado saudável:

  • Abaixo de 18,5: a gestante deve ganhar de 12,5 a 18 quilos.
  • De 18,5 a 24,9: 11,5 a 16 quilos.
  • De 25 a 29,9: de 7 a 11 quilos.
  • Mais de 30: até 7 quilos.

Para as mulheres que estavam com o peso normal (IMC de 18,5 a 24,9) a indicação é que o ganho de peso seja de 1 a 2 quilos no primeiro semestre e depois cerca de 400 gramas pro semana até o final da gestação.

Meu filho, você não merece nada – parte 2

Ontem publicamos a primeira parte do artigo da jornalista Eliane Brum, no qual ela analisa a relação que vivem pais e filhos nos dias atuais. Sugerimos continuar a leitura hoje, pois muitas conclusões podem ser tiradas deste texto que, apesar de longo, é direto e sem meias-palavras.

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Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais prometeram. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer. (…)

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa. (…)

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas escolhas. Nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência. Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

Meu filho, você não merece nada – parte 1

A jornalista Eliane Brum faz uma análise sobre a atual relação entre pais e filhos, lembrando aos pais que a felicidade não é uma constante, que ninguém pode ser feliz o tempo todo e que é necessário aos filhos aprender a lidar com as adversidades. Como o texto é longo, vamos dividir o texto em duas parte, uma publicada hoje e a outra amanhã. Leia e tire suas conclusões!

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Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as

ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor. (…)

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes. Por que boa parte dessa nova geração é assim? (…) Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues, sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade. É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal.

Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

(continua amanhã)

Promoção Post Premiado – #Ganhadora 4

Conheça, agora, a nova ganhadora da promoção Post Premiado! Ao relatar, com emoção, a importância que seu filho Pedro deu ao fato de completar quatro anos, a mamãe Maria Beatriz conquistou o coração da comissão julgadora! Eles levam, para casa, o Jogação Sapos Come-Come (Ref. 0310.9)!

Agora, queremos saber a sua história! Escolha uma (ou mais) foto e conte a história deste dia especial! Mande pra nós e fique na torcida: você pode ser a próxima ganhadora!

A primeira frustração do meu filho

Meu filho acaba de fazer quatro anos. Idade muito comemorada por ele. Ele faz aniversário no dia 20 de setembro, mas pode comemorar durante toda a semana, já que na data aconteceu um almoço de família, no dia seguinte festinha na escola, no outro janta com amigos nossos e na sexta-feira a grande festa em uma casa de festa com muitos brinquedos e todos os amigos.

De fato, o Pedro estava radiante. Contou os dias para chegar a data, me encantei com a felicidade dele. Meu filho sempre gostou de comemorar o aniversário que alias é uma característica da nossa família, adoramos aniversário, mas esse realmente parecia ser especial. Era uma alegria incontida. E claro, como não poderia ser diferente a todos que via pedia um presente. Passei por muitas situações que adultos consideram constrangedoras, mas que para as crianças são bem normais.

A festa oficial foi demais, ele não parou um minuto aproveitou todos os brinquedos, mesmo estando friozinho ele suava de tanto brincar, a sua alegria era imensa. Ele transmitia uma aura de realização.

Encerrada a festa fomos para casa e ele logo dormiu, afinal o cansaço tomou conta de seu corpo. No dia seguinte, ele acordou com uma postura um pouco diferente. Observei, mas “não dei muita bola”, afinal o que não falta no Pedro é personalidade. Como ganhou muitas ferramentas – que ele adora – logo foi brincar com elas como se fosse construtor, reflexo da profissão de seu pai, que é engenheiro e costuma levá-lo para as “obras”.

Enquanto brincava, chamei-o para comer e ele imediatamente me corrigiu: “Não sou teu filho, sou o senhor consertador. Estou aqui para arrumar sua casa”.

Não contive o riso, mas entrei na brincadeira. Assim foi o final de semana todo, ele assumindo uma postura como se fosse um adulto.

Na segunda-feira enquanto nos preparávamos para ir para escola, ele disse que não queria que o levasse, pois agora tinha quatro anos e poderia ir sozinho, tentei explicar que não era dessa forma, que apesar da idade ele ainda não tinha condições de andar sozinho por ai. Mas não teve discussão ele bateu o pé, brigou comigo, chorou. Já sem saber o que fazer, combinei com ele então que pedisse uma autorização por escrito para a diretora da escola para poder ir sozinho. E com esse acordo o deixei na escola. No final do dia ao buscá-lo, a diretora me chamou para conversar, que o Pedro Antônio havia solicitado uma autorização para ir de bicicleta para a escola, pois agora tinha 4 anos e já poderia fazer isso. Como ela não autorizou, ele falou com todas as pessoas da escolinha, desde a cozinheira até as demais professoras. Não foi fácil convencê-lo, apenas ficamos assim, de no dia seguinte partir para mais uma batalha sobre como ir para a escola.

Ao chegar em casa, ele não quis minha ajuda para as coisas rotineiras como vestir-se, servir a janta, colocar a fralda para dormir. Porém ao tentar se servir derrubou a comida, ai parou e se sentou. Nisso começou a chorar muito, sem entender o que estava acontecendo fui conversar com ele para acalmá-lo, Nisso, entre uma lágrima e outra, ele muito frustrado me disse que queria fazer tudo sozinho, mas não estava conseguindo e assim me perguntou:

– Mãe, achei que ia mudar tudo com quatro anos, mas vai demorar muito pra mim poder fazer as coisas sozinho, né?

Diante a imensa frustração do meu filho, só pude responder:

– Sim, meu filho, vai demorar. Mas eu vou estar sempre contigo para te ajudar.

E assim, participei da primeira frustração do meu filho, que estava muito decepcionado por não ter acontecido a “revolução” que ele esperava aos quatro anos de idade.

Balde é opção para o banho

De um tempo para cá, as banheiras começaram a ser deixadas de lado pelas mães, que estão optando por banhar seus bebês em baldes adaptados. Feitos especialmente para o banho, eles permitem que a criança sinta-se mais segura, sem contar que a posição vertical – o bebê fica sentado no balde – remete ao ambiente uterino. Além disso, a água normalmente proporciona conforto aos pequenos.

O banho de balde não é novidade. As mães mais antigas podem confirmar que usar balde para a higiene dos bebês é algo que existe há tempo. Qual a grande diferença, então? Hoje, muitas empresas estão disponibilizando no mercado baldes adaptados, produzidos em material que não prejudica a saúde dos bebês e com diferenciais que previnem acidentes, como bordas arredondadas e interior antiderrapante.

Você quer testar o banho no balde? Em um primeiro momento, pode optar pelo balde tradicional como teste, desde que a água não passe do ombro do bebê. Além disso, os pais devem ficar atentos a todos os movimentos da criança. Se você tem receio, não faça o teste: a criança vai curtir mais o banho se os pais passarem segurança para ela!