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Apesar de preferirem parto normal, 35% das mulheres passam por cesárea

A hora do parto é um dos momentos mais importantes da vida da mulher, e claro, do bebê. Já no pré-natal a mãe decide de que forma terá seu filho: parto normal ou cesárea.

Um relatório do Ministério da Saúde de 2010 mostrou que o parto cesariana alcançou 52% no Brasil. Ou seja, mais da metade dos bebês brasileiros estão vindo ao mundo com esse tipo de técnica. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), taxas acima de 15% representam abuso.

Segundo a pesquisa Percepções e Práticas da Sociedade em Relação à Primeira Infância, realizada em 2012 pelo Ibope a pedido da Fundação Maria Celícia Souto Vidigal, para 32% das mulheres que fizeram cesárea nesse ano, o médico aparece como o primeiro fator na hora da decisão, enquanto 41% das mulheres que tiveram parto normal apontam como primeiro motivo a fácil recuperação. E das que fizeram cesárea, apenas 13% preferiram dar à luz dessa maneira.

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Ainda de acordo com o estudo, a cesariana fez com que a prematuridade iatrogênica – quando o bebê nasce prematuro de uma cesariana agendada em que a maturidade era suposta – aumentasse. Dados do Ministério da Saúde indicam que em 2010 a proporção de bebês prematuros foi maior nas cesáreas, representando 7,8%, contra 6,4% em parto normal.

A mulher que não tem o parto da forma que esperava, pode carregar traumas que, de certa maneira, atingem também o bebê. Por isso, o esclarecimento médico é de extrema importância durante o pré-natal.

1 comentárioDeixe um comentário

  • Vítima da Cesariana Agendada
    Se pudesse, aconselharia todas as mulheres a optar pelo parto normal, ou pelo menos a passar pelo trabalho de parto antes de uma eventual cesárea.
    Sou uma vítima da cesárea agendada, aquela sem trabalho de parto e sem a menor consideração para com o bebê. Hoje, com 20 anos e depois de alguma leitura em artigos científicos a respeito, concluo que teria sido mais benéfico, e até mais ético, se minha mãe tivesse me abortado.
    Nasci antes do tempo, com 38 semanas, por conveniência de um médico insensível e pelo medo que minha mãe sentia da dor. Um paradoxo, pois ela relata que a dor do pós-operatório que sentiu, após a cesariana, foi muito mais cruel que a dor que sentiu em seu primeiro parto, que foi normal.
    Além de ter nascido com icterícia (o menor dos problemas) e dificuldades respiratórias, tive problemas de aprendizado no colégio e, principalmente, de socialização. Fui uma criança incompreendida, já que meus próprios pais me condenavam duramente por minhas limitações, e sofri de grave depressão, da qual só consegui me libertar há alguns meses com auxílio de acupuntura.
    “Então o homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas (…) a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas.

    Ela nunca foi capaz de voar.” (A lição da borboleta, autor desconhecido)

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