Blog :: Xalingo

Tag - família

Você tem um filho preferido?

Quem acompanha a novela Avenida Brasil (#oioioi!) pode ficar indignado com o comportamento da vilã (ou seria vítima?) Carminha, interpretada por Adriana Esteves em relação aos filhos. Ao mesmo tempo que idolatra o mais velho, Jorginho (Cauã Reymond), sempre que pode tripudia em cima da pequena Ágata (Ana Karolina). O que você acha desse comportamento? Pais têm, mesmo, um filho preferido entre os outros?

Crédito: Rede Globo/divulgação

No caso da novela, Ágata vê essa diferença e sofre, sempre tentando agradar a mãe. Mas nem todos os filhos menos preferidos reagem dessa forma. Há o risco de eles apresentarem um comportamento mais violento, assim como abusar de bebidas ou mesmo de outros produtos nocivos à saúde.

Esta reação é uma forma de tentar chamar a atenção dos pais, dizendo “Oi, também sou seu filho, também amo vocês e mereço mais da sua atenção!”. O problema é que essa forma negativa de se manifestar pode custar muito a ele e a toda a família.

A diferença de tratamento, discriminando ou negligenciando um filho em relação a outro, pode ser um fator auxiliar para a entrada num mundo paralelo, de drogas ou violência ou outros desvios de conduta.

Embora todos saibam que diferenças existem e que as pessoas não são iguais – e como consequência dessas diferenças, conquistam mais ou menos simpatia das outras pessoas, inclusive os pais – é preciso saber trabalhar com a situação: afinal, os dois são filhos. Quando um filho cobra dos pais que é tratado de forma diferente, o melhor é rever e explicar seu comportamento imediatamente – ou o mais rápido possível.

Mas evite, sempre, justificar afirmando que o irmão é “mais estudioso”, “mais inteligente” ou outras qualidades mais que o irmão tenha. Explicar relações de afinidade e diferença de perfil pode ser uma solução: você diz que se identifica mais com o outro filho porque ele tem determinado comportamento, mas que se identifica com o filho que se sente desmerecido por outros comportamentos. Ou seja, ama e admira os dois, cada um ao seu jeito.

A bebida que acompanha as refeições influencia no que as crianças comem

O seu filho tem dificuldade em comer vegetais? Então substitua o refrigerante por água nas refeições!

Segundo um estudo norte-americano realizado com crianças de 3 a 5 anos e jovens de 19 a 23, a bebida que acompanha as refeições influencia na escolha dos alimentos. Durante a pesquisa, os cientistas ofereceram, em dias alternados, água e refrigerante para os participantes da pesquisa. Com isso, foi constatado que elas comiam mais vegetais crus quando tomavam apenas água. De acordo com os pesquisadores, o paladar não relaciona alimentos saudáveis com bebidas doces.

Mas os cientistas alertam que não basta essa troca. Os hábitos alimentares saudáveis começam cedo e vêm de casa. “Os sabores que preferimos são influenciados pela quantidade de vezes que somos expostos a certos tipos de comidas e bebidas”, afirma Bettina Cornwell, uma das autoras da pesquisa.

Ou seja, para que os nossos pequenos sejam saudáveis e levem uma boa alimentação para a vida toda, é ideal que os acostumemos a isso desde cedo. Então que tal começar a trocar as papinhas industrializadas por creminhos de legumes feitos em casa. E que tal trocar os doces e salgadinhos por frutas picadas, cereais integrais ou lanches gostosos feitos por você? E nos intervalos das refeições, trocar as bebidas prontas por sucos naturais? Se esses hábitos forem costume desde cedo, os pequenos acostumarão o paladar e terão menos propensão a preferirem as famosas “junkie foods”.

Fonte: Revista Crescer

Kit de sobrevivência para viagens familiares

Vai aproveitar as férias escolares das crianças para visitar os parentes que moram longe, conhecer uma nova cidade ou voltar a um ponto turístico que vocês adoram! Que ótimo! Mas todos sabemos que viagens com crianças podem ser estressantes! Como comenta o escritor Ilan Brenman, na Revista Crescer, o repertório das crianças em trajetos de viagem varia em torno de “já estamos chegando?”, “falta muito?”, “estou enjoado” e “que chato ficar aqui dentro do carro” (ou do ônibus, ou do avião…).

O autor conta que, depois de alguns anos passando por essas situações, a família dele criou uma espécie de “kit salva-vidas” para viagens:

Eletrônicos (DVDs portáteis, joguinhos, etc.): São ferramentas excelentes para passar o tempo. Mas não se deve abusar, pois viciam e tiram completamente a oportunidade de nos aproximarmos das crianças. Mas ajudam muito na hora do desespero!

Músicas: Preparar um repertorio de CDs (ou arquivos) para rodar durante a viagem pode ser um momento único de trocas geracionais, isto é, mostrar músicas que nós, adultos, apreciávamos e apreciamos até hoje, assim vamos também apurando o gosto musical da criançada. Ilan conta que nas viagens familiares suas filhas descobriram de Beatles a Beethoven, passando por músicas típicas diversas, MPB…

Material para desenhar, escrever e ler: Papel, canetinhas, etc. Além de bons livrinhos de ler e de colorir!

Jogos de adivinhação: Peça, por exemplo, que alguém no carro pense em um animal e não conte qual é. Os outros deverão ir fazendo perguntas até acertarem o bicho escolhido, apenas com respostas de “sim” e “não”. Pode-se também pensar em comidas, personagens de desenho animado e por aí vai…

Comes e bebes: Ajuda também! Distrai e é gostoso. Mas tudo com controle, já que viagens podem contribuir para enjôos…

Conversas: Puxem assuntos para as crianças falarem e escutem as maravilhas que elas contam, é uma descoberta emocionante. Assuntos para desenvolver: escola, amizades, gostos e desgostos…

Aproveite esse momento para se aproximar dos seus filhos! 🙂

Por que ter um animal de estimação?

Pesquisas indicam que nove entre dez crianças sonham com um animal de estimação para chamar de seu. E esse é, sim, um desejo saudável e que pode fazer bem a elas! Afinal, os pets oferecem benefícios a quem convive com eles que vão desde a melhora da imunidade até a redução de níveis de estresse e de doenças como dor de cabeça ou resfriados. E, além disso, essa relação desperta sentimentos de responsabilidade e amizade – que certamente são super importantes quando se educa uma criança.

Crianças que crescem convivendo com animais de estimação e desenvolvem um sentimento positivo nessa relação tornam-se mais auto-confiantes e ganham maior auto-estima. E a boa relação entre criança e animal faz com que ela desenvolva mais a comunicação não-verbal (tem gente que pode até achar que sim, mas os animais não falam e se comunicam da sua forma: e nós aprendemos a entender seus sinais!), a compaixão e a empatia.

Mas é preciso que os pais deixem claro, já antes da adoção de um animal de estimação, que ele não é um brinquedo e que não poderá ser descartado quando a criança enjoar dele. Além disso, deve-se explicar que ter um animal requer cuidados; é interessante que os pais deleguem estes cuidados (como servir a ração, trocar a água, levar para passear e até juntar as fezes) aos pequenos, para que eles desenvolvam responsabilidades. Tarefas mais complexas – ou que exijam deslocamento, como levar a petshop ou ao veterinário – podem ser assumidas pelos pais, que como sempre darão o exemplo na hora de cuidar do amigo de quatro patas.

Por isso, se você acha que está na hora de as crianças terem um novo companheiro, converse bastante com elas sobre o assunto! E informe-se: ao invés de comprar, por que não adotar? Consulte se na sua cidade há um canil (ou gatil) municipal ou alguma ONG que trabalhe com animais.

A importância do café da manhã

O café da manhã é um momento extremamente importante para todas as pessoas, pois as longas horas de sono – e, consequentemente, sem comida! – deixam o corpo sem combustível para enfrentar o dia. Assim, alimentar-se quando acorda é uma necessidade e não um luxo!

Sabemos que fazer as crianças comerem pela manhã pode ser difícil, especialmente porque elas acordam sem fome. Mas, aos poucos, mostre a importância dessa rotina e acostume-os desde cedo. Que não toma café da manhã acaba comendo demais ao longo do dia. O problema é que, muitas vezes, deixa-se os nutrientes de lado em prol de alimentos mais calóricos e menos saudáveis. Afinal, o corpo pede por energia.

Para escolher o que dar de café da manhã para as crianças, confira algumas recomendações nutricionais:

  • Até os três anos, entre 200 e 250mml de leite são suficientes para alimentar os pequenos. Pode-se fazer uso de achocolatados e farinha enriquecida, se os pais julgarem necessário.
  • Dos três aos seis anos, além do leite deve-se incluir algum complemento, como pão (do tamanho de uma bisnaguinha) ou cereais. Outra opção é preparar uma vitamina de frutas com aveia.
  • Dos seis aos dez anos, além do leite inclui-se mais pão (o equivalente a duas bisnaguinhas) ou cereais. A vitamina com frutas segue como opção.

Mesmo com estas recomendações simples, é preciso alguma atenção. Ao invés de opções mais calóricas, como os cornflakes que já vem com açúcar, que tal incentivar os pequenos a comerem outros cereais, como aveia e granola? E fique atento: os cornflakes açucarados não são recomendados a crianças com sobrepeso.

Na hora de escolher os pães, que tal ficar com os integrais. Se eles fazem bem para os adultos, certamente serão uma escolha mais saudável para as crianças. E se seu filho não gostar de leite, escolha outro alimento que seja fonte de cálcio, como queijo (de preferência o branco).

Como incentivo, que tal elaborar um cardápio semanal, organizando a rotina e variando os alimentos? E não esqueça: você é o exemplo! De nada adianta fazer uma mesa linda e querer que seus filhos comam se você não acompanha-los neste momento! Aproveite e promova, diariamente, um encontro da família pela manhã! Será a hora da saúde e amor para todos!

A melhor mãe do mundo

No dia 5 de junho, o caderno Equilíbrio da Folha de Sâo Paulo publicou uma super entrevista feita por Déborah de Paula Souza com o psicanalista Leopoldo Fulgêncio sobre a função materna atual, baseando-se na teoria de Donald Winnicott – psicanalista inglês que criou o conceito de “mãe suficientemente boa”.

Vamos compartilhar, hoje, os melhores trechos da entrevista, que destaca ensinamentos como a melhor forma de criar filhos saudáveis em um mundo em que a tecnologia substitui o contato humano e as famílias têm novas configurações, com separações e recasamentos.

A mãe suficientemente boa é…

“… aquela que, ao suprir as necessidades do filho, cria a possibilidade de ele ter fé na vida, nas pessoas. A função materna sempre foi cuidar. A matriz do amor é o cuidado, não ficar dizendo que ama e dando explicações sobre como as coisas devem ser.”

Medo de errar

“É melhor uma mãe que erre porque está empenhada em descobrir o seu jeito de fazer as coisas do que uma que acerte por causa de um manual. […] O melhor jeito de saber como agir não é com uma cartilha. A mãe deve ser incentivada a ficar em contato com seus filhos e a agir de acordo com seus próprios sentimentos.”

A tecnologia e as relações familiares

“O problema é a medida: quando a tecnologia se sobrepõe, ela mata as relações. Os pais podem usar recursos tecnológicos [como mensagem de celular] para falar com seus filhos, mas isso não substitui a presença.”

Os desafios das novas famílias

“Casais héteros ou homossexuais têm que lidar com as próprias ambiguidades para não passar os seus dilemas para os filhos. Seja qual for o problema a enfrentar, fingir que ele não existe não é a solução. Recomendo sempre a comunicação verdadeira.”

A presença e os jovens

“É preciso manter-se disponível para uma fase de intensas negociações -se vai ou não vai, a que horas sai, com quem etc. -, suportar brigas decorrentes disso e mostrar que, apesar delas, você continua ali. É normal que adolescentes se oponham aos pais. É uma questão de identidade.”

O fim das empregadas domésticas 2/2: Como envolver as crianças nas tarefas domésticas

Envolver os pequenos desde cedo nas tarefas domésticas é bem mais fácil do que convencê-las a isso depois de crescidas. Crianças que crescem vendo as tarefas como uma parte normal do cotidiano amadurecem muito mais cedo do que as que não criam essa responsabilidade. Atribuir tarefas aos pequenos é uma das melhores técnicas de educação infantil. Ajudar nas atividades do lar cria um sentimento de competência, fazendo com que eles se sintam extremamente orgulhosos de estarem sendo úteis. Ter tarefas delegadas faz com que a criança estabeleça hábitos úteis e aprenda a noção de compromisso com o trabalho.

Crianças adoram imitar adultos, certo? Se a família toda se envolve nas tarefas domésticas, a criança vai se sentir parte de uma “sociedade”. E se o maridão ainda não ajuda nas tarefas da casa, ver os pequenos envolvidos nisso e te ajudando poderá servir de bom exemplo, fazendo com que se crie uma unidade familiar mais forte. Quem disse que só os adultos que dão exemplo para as crianças?

Além disso, para os pequenos, tarefas como mexer com água e usar o “barulhento” aspirador parecem divertidíssimas. Fazer um avental do tamanho do pequeno, por exemplo, pode ajudar a tornar a tarefa ainda mais lúdica e fazer com que ele se sinta realmente parte do ritual.

Se bem conduzidas, as tarefas domésticas podem ser muito produtivas para as crianças. Além de desenvolver esse hábito, necessário para o futuro, o envolvimento com os serviços do lar pode até ser bom para a segurança dos pequenos. Conhecendo os produtos de limpeza e sua verdadeira função, por exemplo, elas não ficarão tão tentadas a mexer neles por curiosidade, evitando possíveis acidentes.

O início pode ser um pouco difícil, mas é legal que se tenha paciência e não desista na primeira resistência do pequeno às tarefas. Uma maneira de se criar o sentimento de envolvimento com as tarefas domésticas é deixar claro para os filhos que todos os membros da família devem trabalhar juntos para que o lar possa funcionar da melhor forma possível, e que cada um deve fazer a sua parte.

É importante que se ensine uma tarefa de cada vez. O que é óbvio para nós ainda é novidade para eles, e as crianças podem ficar confusas quando obrigadas a aprender várias tarefas de uma vez. Decompor a tarefa em pequenas partes também ajuda. Ao invés de simplesmente dizer para “limpar o quarto”, especifique detalhes: “tire o pó”, “troque os lençóis”, “guarde os brinquedos”, etc. Outro detalhe importante é dar condições para a criança ajudar. Por exemplo, se ela for lavar a louça, dê um banquinho para ela alcançar a pia.

Caso a criança não cumpra a tarefa, não realize por ele. Além de demonstrar que você não tem autoridade, a criança vai ter a sensação de que não há necessidade de fazer a tarefa, já que tenha quem a faça por ele. Caso ele continue não fazendo o combinado, aplique conseqüências óbvias. Por exemplo, se ele esquecer de guardar a bicicleta várias vezes, deixe-o sem andar com ela por alguns dias. Assim como pequenas punições, pequenas recompensas também são boas. Se o pequeno cumprir todas as tarefas, combine que vai brincar mais tempo com ele, ou preparar seu lanche favorito. É importante ele compreender essa noção de que, com ele ajudando nas tarefas, ele está fazendo com que os outros membros da família tenham mais tempo livre.

O site Pequenada e o site Educação Infantil apresentam listas que são de grande ajuda para o momento de delegar as tarefas, indicando quais tarefas podem ser executadas em cada faixa etária. Porém, nem todas as crianças são capazes de fazer as mesmas tarefas com as mesmas idades. É importante estar atenta a isso e deixar que o seu filho siga o seu próprio ritmo de habilidades e interesses.

2 e 3 anos
Os mais novos adoram “ajudar”, embora muitas vezes “atrapalham” mais do que qualquer outra coisa. Mas, como o que conta é a intenção e mantê-los envolvidos nos afazeres de casa para que aprendam desde cedo, saiba que terá que ajudá-los, passo a passo, a completar grande parte das atividades. Mesmo assim, viva a diversão… e a paciência!
Tarefas domésticas apropriadas para esta idade: Guardar brinquedos, livros e materiais de desenho; Colocar a roupa suja no cesto e até levá-la para a lavanderia; Ajudar a alimentar os animais de estimação; Limpar o pó de lugares mais baixos e que não possuam objetos que quebrem.

4 e 5 anos
As crianças desta idade, quando já engajadas, querem estar constantemente aprendendo e experimentando novas tarefas domésticas. Isso ocorre em grande parte porque algumas destas atividades já podem ser feitas sem supervisão adulta, embora seja bom observar de vez em quando.
Tarefas domésticas apropriadas para esta idade: Ajudar a fazer a cama; Organizar brinquedos, livros e materiais de desenho, separando-os por tipos; Ajudar a pôr e a tirar a mesa (apenas tomando cuidado com coisas que quebrem e cortem); Regar plantas; Lavar louças de plástico; Varrer migalhas; Ajudar a guardar as compras de supermercado; Preparar o seu próprio lanche (apenas cuidando com itens cortantes); Atender o telefone; Participar na preparação das refeições.

6 a 9 anos
Quando chegarem a esta idade as crianças tanto podem manter o entusiasmo em relação às tarefas domésticas, como já terem percebido que talvez elas não são tão divertidas como pareciam. Esta é também uma fase em que os pequenos valorizam a sua independência, daí a importância de lhes conferir atividades domésticas que realizar sozinhos. E porque não atribuir uma mesada para “compensar” o fato de assegurarem as suas responsabilidades? Assim eles ainda aprendem o valor do dinheiro e da poupança.
Tarefas domésticas apropriadas para esta idade: Ajudar a estender e recolher a roupa no varal; Alimentar os animais de estimação; Varrer e aspirar, talvez ainda com a ajuda de um adulto; Ajudar a guardar arrumar as compras de supermercado e outros mantimentos.

A partir de 10 anos
A partir desta idade, as crianças são perfeitamente capazes de aumentar as suas responsabilidades e cumprir as suas obrigações, desde que o façam de forma contínua. Pode ser útil estabelecer uma rotina em que é sempre ela que lava a louça do pequeno-almoço ou aspira o seu quarto. É fundamental que os miúdos percebam quais as consequências de não executar as tarefas domésticas a si destinadas e, claro, quais as recompensas para um trabalho bem feito.

Tarefas domésticas apropriadas para esta idade: Ajudar a limpar o banheiro; Levar o lixo para a rua; Lavar o carro; Ajudar na limpeza e manutenção do exterior da casa e do jardim; Dobrar e guardar roupa; Trocar a roupa de cama; Participar na preparação das refeições e até preparar refeições simples.

O fim das empregadas domésticas 1/2: Como reorganizar e facilitar suas tarefas domésticas

A matéria de capa da Revista Época do último dia 23 anuncia o fim da profissão de empregada doméstica. Com a economia nacional crescendo e com a população brasileira se escolarizando mais, essa profissão parece caminhar rumo à extinção. Muitas garotas que antes precisavam trabalhar como domésticas desde cedo agora têm condições de estudar e garantir que, futuramente, possam ingressar no mercado de trabalho com empregos melhores, que lhes possibilitem um crescimento profissional. Essa revolução cultural, ocasionada especialmente pelo estudo, tem feito com que as jovens de classes mais baixas não queiram mais trabalhar na casa dos outros, uma vez que o trabalho doméstico traz em si um estigma social e uma falta de expectativa de crescimento profissional, questões que não se resolvem apenas com aumentos salariais.

Outro fator que tem influenciado esse processo é uma melhor distribuição de renda entre as regiões brasileiras. Com um aumento na renda do Nordeste, jovens que antes rumavam para o Sudeste para trabalhar em casas de família agora podem trabalhar com famílias de classe média da sua região ou até buscar outros empregos, sem migrar. Esse crescimento da economia também tem feito com que moças que antes trabalhariam como empregadas no Sudeste agora tenham alternativas de emprego e carreira.

Além disso, um constante aumento na classe C tem feito com que mais famílias busquem esse serviço. Esse aumento na demanda tem tornado essas profissionais cada vez mais escassas e caras. Embora essa seja uma mudança positiva para o país, que se torna mais próspero e igualitário, muitos de nós temos dificuldades de nos adaptar a esse novo estilo de vida ao qual nossas famílias terão que aderir. Culturalmente, as mulheres foram criadas para cuidar do lar, enquanto os maridos trazem o sustento e as crianças apenas brincam e estudam. Nos dias de hoje, entretanto, nós mulheres também estamos no mercado de trabalho, e agora vemos o fim de nossas funcionárias do lar se aproximando. Com tudo isso, precisamos educar nossas famílias para que as tarefas domésticas sejam igualitariamente distribuídas e que nossos pequenos se adaptem desde já a essa nova realidade brasileira, que já é comum em países mais desenvolvidos.

Algumas atitudes simples e práticas podem nos ajudar a transformar a realidade do nosso dia-a-dia e a adaptar-nos a essas mudanças:

• Delegue tarefas fixas para cada membro da família e fixe a lista em algum local visível até que todos se acostumem com a nova rotina;
• Mantenha apenas um prato, um copo e um jogo de talheres por morador da casa. Após cada uso, cada um deverá se responsabilizar por lavar. Caso contrário, terá que lavar quando precisar usar novamente;
• Organize-se para, aos domingos, cozinhar uma série de pratos e congelá-los para a semana toda;
• Algumas peças, como toalhas, roupas de cama e panos de prato, não precisam ser passados se foram secados em uma secadora ou pendurados no varal sem amassar;
• Para tirar leves amassados das roupas do dia-a-dia, pendura-as em um cabide no banheiro enquanto tomar banho. O vapor quente tirará o amarrotado;
• Um edredom ou colcha sobre a cama, a falta de tempo ou falta de talento para estender a cama são facilmente disfarçadas.

Mais idéias para as férias escolares

Quando os pais não podem tirar férias, as férias escolares parecem intermináveis. Um mês já se passou, muitas idéias já foram utilizadas, mas ainda há tempo e não se sabe o que fazer com as crianças. Separamos mais algumas idéias que podem divertir e distrair as crianças nesse período.

Casa dos avós e tios

Muitas das boas lembranças da infância costumam vir das férias na casa dos avós e dos primos queridos. Se alguns desses morarem no interior, então, melhor ainda! As crianças que estão acostumadas com a vida urbana costumam ficar encantadas ao descobrirem as belezas da natureza. Além de divertido, pode ser um ótimo aprendizado. E ainda proporciona momentos de vida mais saudável!

Casa dos amiguinhos

Outra ideia é ir à casa dos vizinhos e colegas, que em outros dias retribuem a visita. Uma sessão de filme com pipoca ou videogame pode distrair os maiores. Já os menores precisam de brincadeiras com maior participação dos adultos ou de outras crianças.

Área de lazer dos condomínios

Quem mora em condomínios tem ainda outras opções de lazer, como quadras, playgrounds, piscinas e salas de jogos. Converse com os seus vizinhos que tenham filhos na mesma idade e combinem brincadeiras nos mesmos horários. Assim, as crianças sentirão menos falta das brincadeiras com os coleguinhas da escola.

Acampamentos e colônias e férias

Para crianças de a partir de 5 anos de idade, as colônias de férias e acampamentos infantis são uma boa opção. Além  de serem divertidos, nesses locais as crianças aprendem a serem mais independentes dos pais, além de conhecerem uma série de novos amiguinhos.

Cursos de férias

Muitas escolas abrem nas férias para darem cursos temáticos de áreas como artes, música, culinária, esportes, línguas, danças e brincadeiras, destinados aos pequenos. Além de ser um ambiente onde as crianças estarão bem cuidadas e supervisionadas, elas estarão tendo bons aprendizados, se divertindo, e adquirindo cultura e gosto pelos estudos. Vale o investimento!

Viagens rápidas

Por que não aproveitar o fato de que você não está de férias para agendar pequenas viagens nos finais de semana? Praia, serra e campo são locais que podem render bons divertimentos para toda a família, sem grandes custos e necessidade de programação antecipada. Acampamentos, ecoturismo e esportes ao ar livre podem ser agradáveis para toda a família!

Museus e cinemas

Outra opção para os finais de semana são os museus e cinema. Além de gerarem cultura e aprendizado, são bons programas para integrarem a família toda.

Clubes esportivos e parques aquáticos

Alguns clubes privados e parques oferecem opções para as férias, onde recreacionistas tomam conta das crianças e promovem atividades de lazer e diversão.