A rápida evolução da medicina, nos últimos anos, ajudou a tornar o momento do parto – considerado a hora mais delicada para mãe e bebê – muito mais confortável e seguro. Ficaram no passado aquelas cenas de novela em que, na hora do parto, a mulher sofre, grita e chora de dor até ter seu bebezinho nos braços. Hoje em dia, a cena é totalmente diferente, independente da escolha por parto normal ou cesariana.
Mas, por qual tipo de parto deve-se optar? Cada caso é um caso e as condições de saúde da mãe e do bebê influenciam diretamente nesta escolha. Há situações em que a cesariana é necessária, como quando há descolamento prematuro de placenta ou quando a gestante tem problemas de dilatação, hipertensão arterial ou que já passou por duas ou mais cesarianas – que torna maior o risco de rompimento do útero. É importante que a gestante saiba as diferenças entre os dois tipos de parto.
O parto normal, que sempre é o mais recomendado por acreditar-se ser o mais apropriado para a mulher e a criança, tem recuperação muito mais rápida, mas a mulher pode ter flacidez na musculatura do períneo. A mulher é preparada fisicamente e psicologicamente para este momento, assim como o bebê – que ao ser expelido de forma natural para fora da mãe ganha uma massagem nos órgãos internos que ajuda à limpá-los. Além disso, acontece na hora exata, quando mãe e filho estão preparados. As inconvenientes dores podem ser amenizadas com uma anestesia especial que não atrapalha as contrações.
Já a cesariana possibilita que a família programe a hora da chegada do bebê, mas há o risco de infecção cirúrgica, por exemplo. Em hospitais públicos, de 30 a 40% dos partos são cesarianas; já nas maternidades particulares, esse número sobe para 80%. Isso acontece porque muitas mães com poder aquisitivo maior querem programar o nascimento do bebê e fugir das possíveis dores do parto normal. Entre as vantagens da cesariana destaca-se o controle maior do processo de parto. Entretanto, o incômodo maior está no pós-parto, pois a recuperação e cicatrização pode durar de uma semana a dez dias. A anestesia usada atualmente
retarda dores pós-operatórias por até dois dias.
Há ainda mulheres que optam por partos naturais, de cócoras, dentro d’água ou até em casas de parto. São alternativas benéficas se tiverem permissão médica e atendimento adequado.
A escolha entre cesariana e parto normal pode ser complicada, mas os médicos garantem que o mais importante é que haja interação e confiança entre a gestante e o médico. Na hora de decidir, o diálogo aberto é a atitude mais apropriada. Afinal, o médico precisa conhecer bem o estado da gestante, que deve confiar na indicação do profissional ou ser orientada para a melhor escolha.