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Crianças e videogames

As crianças, de uma forma geral, possuem adoração por videogames. Até ai nenhum problema, já que muitos de nós, adultos, também adoramos essa forma de diversão. O problema é com os excessos e quando a diversão passa a se tornar um vício. Mas, é importante frisar que, o videogame pode sim, se administrado de forma correta, trazer benefícios para os pequenos.

Vivemos rodeados de tecnologia e, quando falamos de videogames e crianças, existem muitas polêmicas. As pesquisas a respeito desse assunto são contraditórias, sendo que algumas condenam os jogos eletrônicos e outras indicam e apontam seus benefícios.

Realmente existem os dois lados e, é importante que os pais saibam impor os limites, para que os pequenos possam usufruir das vantagens que os jogos eletrônicos têm a oferecer. Não é preciso proibir, afinal todas as crianças jogam. Proibindo, você estará privando seu filho dessa atividade social.

O equilíbrio é a melhor saída. Quando bem dosados, os jogos de videogame auxiliam no desenvolvimento emocional, aprimoram o raciocínio lógico e matemático e ajudam a desenvolver a concentração e o foco.

Mas, como todo excesso faz mal, passar horas na frente do videogame estimula o sedentarismo nas crianças e pode gerar problemas com socialização. Cuidado também com os jogos muito violentos, que podem incitar comportamentos agressivos e intolerantes que tendem a se refletir na adolescência e na fase adulta.

A dica é escolher bem os jogos aos quais seu filho terá acesso. Fique atento ao conteúdo e às indicações de idade de cada game. É importante levar em conta o grau de dificuldade e as habilidades para cada faixa etária, para evitar que a criança se frustre.

A difícil despedida da chupeta

A sucção da chupeta gera uma sensação de bem estar na criança, tornando o bebê mais calmo e cessando facilmente crises de choro.  Mas, como tudo, ela também tem seus pontos positivos e negativos, principalmente em relação ao período e frequência com que é utilizada.

A maioria dos pediatras e dentistas indicam os três anos como a idade limite para o uso da chupeta pelos pequenos. Após essa idade, o bico só tende a prejudicar a criança, podendo desencadear alterações na arcada dentária, dificuldades na fala e na mastigação.

Mas, depois que as crianças adquirem o hábito da chupeta, como fazer para convencer os pequenos a se desprender dela? Essa não é uma missão fácil, principalmente quando a criança é muito apegada a sua chupeta. Algumas dicas podem ajudar os pais nesse processo:

– Comece reduzindo o tempo que a criança fica com a chupeta, espaçando os intervalos. Dessa forma, ela começa a se acostumar a ficar sem o acessório.

– O próximo passo é deixar a criança usar a chupeta apenas na hora de dormir.  Alguns pais esperam o filho adormecer e depois tiram o bico de sua boquinha, para que se acostume a dormir sem ele. Aos poucos o pequeno vai deixando a chupeta e ficando mais independente.

– Outra estratégia é propor uma troca. Vale trocar por algum doce, um brinquedo ou dar a chupeta para o papai-noel ou para o coelhinho. Mas, uma vez feita à troca, é importante que os pais não voltem atrás e não devolvam mais a chupeta para a criança. Do contrário ela vai entender que, sempre que quiser, poderá pegá-la de volta.

A importância de contar histórias aos pequenos

Contar histórias para os pequenos é um hábito que deve ser cultivado. Mesmo que a criança ainda não esteja alfabetizada, é importante que os pais contem histórias, leiam livros e a incentivem a manusear e folhar as páginas das publicações.

Durante a infância, escutar histórias ajuda a criança a desenvolver a criatividade, o poder de imaginar, criar e produzir.  Pesquisas revelam que as crianças que escutam mais histórias, têm maior facilidade no período de alfabetização e se interessam mais pela leitura.

A hora da história deve ser um momento especial e prazeroso para os pequenos. É importante que nem você nem seu filho estejam envolvidos em outras atividades. Procure um lugar calmo e tranqüilo, onde vocês possam sentar confortavelmente, sem sofrerem interrupções.

Para decidir sobre o livro que será lido, deixe o pequeno opinar e escolher. Isso estimulará o interesse pelas obras e aos poucos vai criando vínculos com as histórias. Enquanto estiver lendo, pronuncie as palavras claramente e faça pausas.

É fundamental que ocorra interação da criança com a história. Pergunte a ela o que acha que vai acontecer em seguida, pois isso estimula a imaginação e a criatividade. Quando acabar a história, debata sobre ela com o pequeno. Fale dos personagens, estimule-o a falar sobre o que mais gostou e manifestar sua opinião a respeito de cada personagem.

Fantasiar, sim. Namorar, não.

Um dia, talvez, chega a fase da paquera inocente, digamos. Aquele momento em que o seu filho se aproxima de você e diz que está “namorando” alguém na escola, mas, na verdade, este alguém nem mesmo sabe que o seu pequeno ou pequena o namora, visto que nenhum dos dois tem idade suficiente para isso. Se ele mencionar o fato, fique tranquilo, pois tal atitude tende a não passar de uma fantasia infantil.

Em um primeiro momento, pode parecer uma situação delicada, vista com maus olhos pelos pais, que fazem longos questionamentos e instigam a criança a falar. Mas, no fim das contas, não recrimine e também não apoie. Por mais “bonitinho” ou “aterrorizante” que seja, crianças não são adultos em tamanho menor. Há idade para tudo.

Seu filho ou sua filha pode “namorar” tanto um colega bonito e popular na escola como um personagem de TV, um ator famoso, um ídolo do esporte e aí por diante. Mais do que não reprimir a fantasia, é preciso não incentivar esses “namoricos” infantis, principalmente os provindos do colégio. Insistir em perguntas e num “relacionamento” é um erro. Os exageros podem levar à erotização precoce. Apenas deixe seu filho falar e conversar.

Cuidado com os programas de TV e programas impróprios também. Novelas e filmes que contenham cenas não indicadas a menores de dez ou doze anos não devem ser assistidos pelos pequenos. Muita atenção ao conteúdo que o seu filho assiste!

Benefícios da dança na educação infantil

A dança, na educação infantil, deixou de ser apenas uma manifestação artística ou um divertimento. Sabe-se, hoje, que ela pode estimular e desenvolver capacidades positivas na criança, que a acompanharão pelo resto da vida.

Através dos movimentos, a criança estimula a coordenação motora, postura, flexibilidade, noções de espaço e lateralidade, fortalece a musculatura e adquire maior consciência corporal. Além disso, maior facilidade de integração social, musicalidade e ritmo também estão entre os benefícios.

Jean Piaget (1896-1980), um dos maiores teóricos do desenvolvimento infantil, defendia que a realidade das crianças é vivida e interpretada por meio das sensações físicas e não do pensamento. Seguindo essa linha, alguns pensadores acreditam que a dança, aliada à educação, favorece o aprendizado e o desenvolvimento da criança. Desta forma, crianças que frequentam aulas de dança no período pré-escolar, certamente, têm mais facilidade de ser alfabetizadas, afirmam os teóricos.

A dança pode e deve ser praticada desde cedo. A partir dos 18 meses o bebê já pode praticar os primeiros passos. Para começar, coloque estilos diferentes de música e incentive o pequeno a fazer movimentos simples. No início ele imitará os pais ou outros adultos e, aos poucos, irá criar seu próprio estilo. Oportunize o contato com diversos estilos, como rock, jazz, samba, pop… Com o passar do tempo a própria criança vai escolher seus ritmos preferidos.

Independente do estilo, nas primeiras aulas os elementos naturais de cada criança devem ser aproveitados e explorados. As aulas devem ter caráter lúdico e descontraído, respeitando as condições físicas de cada criança, sem esquecer as limitações psíquicas de cada idade.

Perdas de animais de estimação

Os nossos melhores amigos, um dia, também se vão. Por mais difícil que possa ser, a aceitação de uma perda precoce tende a ser mais facilmente superada na fase adulta. Na infância, talvez não tanto. Exemplo comum: a perda de um animal de estimação. Tanto para pais quanto para filhos, isso pode se transformar em um longo período de tristeza. No entanto, embora nada agradável, esse tipo de situação, pode ajudar os pais, durante a infância dos filhos, a ensiná-los a conviver melhor com momentos como este.

Não minta, não omita, não invente historinhas que depois irão se desdobrar em verdades e, assim, irão decepcionar a criança. Se o bichinho morreu, conte o que de fato aconteceu, primeiramente introduzindo e depois deixando com que o pequeno instigue a sua imaginação a fim de saber e, desta forma, questionar a respeito, até descobrir por si só.

Outro ponto bastante interessante que deve ser levado em conta é o fato de você não ter a mínima necessidade de tentar esconder a sua própria tristeza (na frente das crianças). Demonstrar que você também está triste e sente a perda do animalzinho passa a sensação de que é natural sofrer com o falecimento de algo que todos gostavam muito. Isso acaba se tornando confortável para o pequeno, pois ele saberá que não está sofrendo sozinho.

Um álbum com fotografias e uma série de conversas com bons momentos, relembrando o animal, podem ser bastante importantes. As boas recordações duram para sempre e podem amenizar a dor, fazendo com que a criança se empolgue novamente. Tudo depende da idade e da relação que o seu filho tinha com o animalzinho. Mas, com o tempo, os diálogos podem chegar ao ponto em que você sugira à família ter um novo animal de estimação. E a criança gostar disso será uma felicidade e tanto! Tanto para ela quanto para toda a família!

Pais separados e o processo para a criança

Nada nesta vida é fácil. Separação e o posterior término de um casamento, depois de anos, então, implica em diversos diálogos, que podem se transformar em sérios problemas, principalmente se o casal tem filhos. São as crianças as que mais sofrem com uma situação que não querem encarar de jeito algum. Se para um adulto (seja o homem, a mulher, os pais deles ou até mesmo os filhos já crescidos) o divórcio já é complicado, imagine para alguém que ainda curte o doce período da infância.

Mais do que qualquer outra alternativa, o melhor a fazer é manter a conversa em dia e agir com maturidade. Por mais difícil que possa ser, é preciso encarar a presença do ex-marido ou ex-esposa de frente, levando em conta que o seu filho gosta de vocês dois. Tal qual os pais em relação aos filhos, os pequenos também podem ter um preferido na relação, mas agir com naturalidade é a grande dica para deixar tudo sempre às claras, uma vez que a rotina muda.

Há uma série de fatos de cunho negativo que podem acontecer: os bebês, por exemplo, podem ficar bem mais agitados devido ao estresse, enquanto que as crianças pequenas podem voltar a fazer xixi na cama, e as mais crescidinhas podem ter problemas na escola. Conforme já citado, o mais importante é encarar com naturalidade esta nova realidade. A vida segue! Por mais difícil que seja para todo mundo, a decisão está tomada e é preciso viver a nova fase.

As atitudes sempre dependem muito da maneira como cada família encara a situação. No fim das contas, carinho, atenção, respeito e maturidade em meio ao diálogo, para demonstrar aos filhos o quanto ambos – pai e mãe -, gostam deles, são fundamentais.

Superproteção: cuidado com os excessos

É normal que os pais se preocupem com a segurança e o bem-estar de seus filhos. Entretanto, há um limite entre a proteção natural e a superproteção. Pais que se preocupam demais e tentam evitar que os filhos enfrentem problemas podem não perceber que estão comprometendo o desenvolvimento da criança e sua capacidade de lidar com as situações difíceis.

Nenhum pai quer que seu filho sofra algum mal, mas é preciso deixar as crianças viverem suas vidas e enfrentar as experiências. O excesso de zelo e preocupação impede a criança de desenvolver autonomia, lidar com frustrações e aprender limites.

Ao superproteger os filhos, os pais, inconscientemente, os desencorajam a tentar lidar sozinhos com determinadas situações. Assim, surgem os sentimentos de insegurança, medo e despreparo que, na idade adulta, podem resultar em dificuldades de se relacionar, fazer escolhas e lidar com frustrações, além de baixa auto-estima e dependência excessiva.

O ideal é que os pais conversem, orientem, mostrem os limites, mas deixem a criança agir sozinha e fazer certas escolhas. É através do erro que se aprende as melhores lições. Permita que seu filho explore ambientes, conviva, brinque, acerte e erre.

Mostre sua preocupação e os perigos que certas atividades envolvem, sempre ensinando o que fazer se algo der errado. Permitir que a criança realize certas atividades sozinha e, assim, assuma pequenas responsabilidades – como arrumar seu quarto – também são ótimos estímulos para um desenvolvimento saudável.

Os pais devem proteger seus filhos, sim, mas, ao mesmo tempo, prepará-los para o mundo, pois certamente algum dia eles precisarão ir em busca de sua própria vida e nessa hora é preciso que estejam prontos para fazer suas escolhas e enfrentar seus obstáculos.

Timidez e inibição com outras crianças

Durante o último mês, foi realiza a seguinte enquete no blog – “Qual a maior dificuldade que você encontra com relação ao seu filho?” A resposta que teve mais opções foi Timidez e inibição com outras crianças (53%), seguida por Relacionamento com os irmãos (24%) e Aprendizagem na escola (23%). Esse post falará sobre o tópico vencedor da enquete, abordando a timidez e inibição com outras crianças.

A timidez nas crianças pode ser percebida desde cedo. Bebês que demoram mais para interagir com pessoas estranhas e se adaptar a novas situações – como frequentar a escolinha – tendem a se tornar crianças mais tímidas.

É importante que os pais compreendam que ser tímido não é doença, nem uma indisposição grave ou incurável. Muitos nascem com esta predisposição, mas aprendem a lidar com ela ao longo da vida.

Todas as crianças, independentemente de serem ou não tímidas, passam por fases de retraimento que são absolutamente normais. Por volta dos seis meses, o bebê aprende a diferenciar as pessoas e o ambiente em que vive do mundo exterior. É nessa fase que aparece o primeiro sinal de isolamento, que passa após alguns meses. Com pouco mais de um ano, a criança se descobre independente dos pais e novamente tende a passar por uma fase de retraimento e medo do contato com estranhos. São fases normais que fazem parte do desenvolvimento do bebê.

A timidez excessiva, e que pode vir a ser um problema, começa a se tornar realmente visível por volta dos cinco anos, quando os pequenos passam a frequentar a escola e precisam se relacionar mais com os outros. Nessa fase, a timidez excessiva torna o convívio com outras crianças penoso.

Na hora de interagir com as outras crianças as mãos suam, a voz falha, o coração acelera. A vergonha e insegurança acabam afastando-a dos coleguinhas e causando isolamento. É nesse momento que se diferencia uma simples vergonha de um problema para criança.

O papel dos pais é fundamental para reverter o problema da timidez. A criança deve ser estimulada frequentemente a sentir-se mais segura e capaz, para superar seu medo de interagir com outras crianças.

Confira algumas dicas para ajudar seu filho a superar o problema:

– Não superproteja seu filho. Deixe-o brincar, experimentar, errar e aprender com seus erros.

– Estimule o convívio social e a interação com outras crianças, mas nunca force situações. Se seu filho não quiser ir à festinha da escola, por exemplo, estimule-o a participar e tente convencê-lo a ir. Mas, na festa, não o obrigue a conversar ou participar de brincadeiras se ele não quiser. Respeite os limites e o tempo da criança.

– Fale com seu filho e estimule-o a contar suas angústias. Elogie sempre suas pequenas conquistas e seu potencial, isso ajuda a criança a sentir-se mais segura.

– Leve seu filho a parques e lugares onde tenha mais crianças, oportunizando o convívio social sempre que possível. Mas sempre de forma natural, sem forçar situações. A pressão só vai deixar a criança mais quieta e angustiada.

Língua estrangeira para crianças

Difícil encontrar um currículo que não contenha pelo menos um ou dois idiomas disponíveis para fala, escrita, leitura e compreensão. Uma deles, normalmente o inglês, é fluente ou em estágio avançado. O currículo, no entanto, é montado e apresentado somente na fase adulta, quando muitos de nós apenas sonhamos em aprender de maneira adequada e condizente uma língua estrangeira. Então por que não começar desde cedo e incentivar o seu filho a estudar outra língua?

Especialistas dizem que quanto antes a criança tem contato com alguma língua estrangeira, melhor tende a ser a sua compreensão e, mais ainda, a sua facilidade/capacidade para pronunciar da maneira mais correta e próxima (dos nativos) possíveis os fonemas e vocábulos. Isso porque o ritmo de assimilação das crianças é muito mais rápido do que o dos adultos. Crianças até os 12 anos têm melhores condições de aprender uma língua estrangeira, por exemplo, do que quem tem 14 anos ou mais.

É uma responsabilidade grande tanto para pais quanto para instrutores devido a fatores biológicos, afetivos, cognitivos, além do ambiente e do input (a facilidade em si) linguístico. É preciso analisar o método de ensino e a maneira como os estudos serão repassados, visto que a criança precisa estar bem ambientada onde e com quem aprende, a fim de assimilar e apreender o conhecimento com gosto e vontade.

É uma questão de oportunidade também: por não terem a sua fonologia totalmente formada, os pequenos estão mais propensos a arriscar e a captar sons que depois poderão ser facilmente pronunciados na fase adulta.