Para que o desejo de cultivar um corpo saudável (leia-se magro) está cada vez entrando mais cedo na vida das pessoas. Até mesmo entre as crianças esse sentimento vem sendo disseminado. Um estudo feito pelo Common Sense Media, uma organização norte-americana dedicada a auxiliar filhos e pais a lidar com a profunda influência da tecnologia e da mídia na sociedade.
Através de uma série de pesquisas, os pesquisadores reuniram estatísticas desconcertantes, que oferecem um panorama sobre o tipo de relação que as crianças estão construindo com sua autoimagem. De acordo com a pesquisa, nos Estados Unidos, um terço dos garotos e mais da metade das garotas com idades entre 6 e 8 anos acha que o corpo ideal é mais magro do que o seu. Outro dado revela que uma em cada quatro crianças já tentou fazer dieta depois dos 7 anos.
Preste atenção, pois você e sua família podem estar passando ao seu filho ensinamentos não muito saudáveis em relação ao corpo ideal. Se alguém na casa vive fazendo dieta e reclamando do peso na frente da criança ela pode já, desde cedo, criar uma barreira em relação à comida.
Fique atento ao comportamento do seu filho e verifique qualquer alteração. Além disso, mude de diálogo com o pequeno. No lugar de elogiar a roupa ou o penteado de uma criança, pergunte o que ela gosta de ler, diga que ela é esperta, engraçada, inteligente… Não se limite ao bonito ou feio. As qualidades das pessoas vão além daquilo que elas aparentam e você pode ensinar isso ao seu filho a não ficar só na superficialidade, tanto no trato com os outros como na relação consigo mesmo.
Mesmo dando bons exemplos dentro de casa, pais e mães devem prestar atenção no tipo de relação que as crianças nutrem com a própria imagem. Alguns sinais alertam que seu filho pode estar entrando na paranoia da magreza:
– adotar dietas restritivas, eliminando alimentos considerados “muito calóricos”
– manifestar preocupação constante com peso: usar a balança todos os dias, criticar o próprio corpo, ficar examinando o tamanho da barriga no espelho
– comparar-se com outras crianças, colocando-se em posição depreciativa (“Fulana é mais bonita e mais magra do que eu”)
– buscar atividades físicas de maneira exagerada ou querer praticar modalidades inadequadas à idade (Ex: meninos muito novinhos que querer fazer musculação)