Blog :: Xalingo

Ronco: de olho no sono das crianças

Mais um motivo para dar aquela espiadinha de noite no sono de seu filho: estudo revela que crianças que roncam podem ter problemas de comportamento. A pesquisa foi feita com mais de 11 mil voluntários que foram acompanhados por mais de seis anos, e descobriu que as crianças com problemas para respirar durante o período em que estão dormindo tendem a desenvolver dificuldades de comportamento, como hiperatividade e agressividade, além de sintomas emocionais e dificuldade de relacionamento.

A autoria do estudo é do Colégio de Medicina Albert Einstein, da Yeshiva University de Nova Iorque. De acordo com a coordenadora da pesquisa, crianças que roncam, respiram pela boca e sofrem de apneia podem ter sérias consequências emocionais e comportamentais, e devem ter o sono observado desde o primeiro ano de vida.

Vale a pena ficar atento: não somente o ronco, mas todas as dificuldades respiratórias ocorridas durante a noite merecem atenção especial, principalmente de dois a seis anos de idade. A pesquisa revela ainda que cerca de uma em cada dez crianças roncam regularmente. Para identificar os problemas de comportamento, os responsáveis ficaram alertas ainda a 15 potenciais variáveis como nível socioeconômico, tabagismo durante a gravidez das crianças e baixo peso ao nascer.

Crianças com distúrbios respiratórios durante o sono tiveram entre 40% e 100% propensão maior a desenvolver problemas comportamentais por volta dos sete anos de idade em comparação às demais. Já crianças mais novas, de seis aos 18 meses, eram até 50% mais propensas.

Mas o que o ronco tem a ver com o comportamento? Os pesquisadores acreditam que os problemas de respiração podem afetar o cérebro diminuindo os níveis de oxigênio e aumentando os níveis de dióxido de carbono no córtex pré-frontal, interrompendo os processos restaurativos do sono e perturbando o equilíbrio dos diversos sistemas celulares e químicos.

A solução para estes casos é a cirurgia para corrigir desvios de septo, aumento anormal de amígdalas e adenoides ampliadas, ou ainda, a perda de peso para crianças com sobrepeso.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *