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Timidez e inibição com outras crianças

Durante o último mês, foi realiza a seguinte enquete no blog – “Qual a maior dificuldade que você encontra com relação ao seu filho?” A resposta que teve mais opções foi Timidez e inibição com outras crianças (53%), seguida por Relacionamento com os irmãos (24%) e Aprendizagem na escola (23%). Esse post falará sobre o tópico vencedor da enquete, abordando a timidez e inibição com outras crianças.

A timidez nas crianças pode ser percebida desde cedo. Bebês que demoram mais para interagir com pessoas estranhas e se adaptar a novas situações – como frequentar a escolinha – tendem a se tornar crianças mais tímidas.

É importante que os pais compreendam que ser tímido não é doença, nem uma indisposição grave ou incurável. Muitos nascem com esta predisposição, mas aprendem a lidar com ela ao longo da vida.

Todas as crianças, independentemente de serem ou não tímidas, passam por fases de retraimento que são absolutamente normais. Por volta dos seis meses, o bebê aprende a diferenciar as pessoas e o ambiente em que vive do mundo exterior. É nessa fase que aparece o primeiro sinal de isolamento, que passa após alguns meses. Com pouco mais de um ano, a criança se descobre independente dos pais e novamente tende a passar por uma fase de retraimento e medo do contato com estranhos. São fases normais que fazem parte do desenvolvimento do bebê.

A timidez excessiva, e que pode vir a ser um problema, começa a se tornar realmente visível por volta dos cinco anos, quando os pequenos passam a frequentar a escola e precisam se relacionar mais com os outros. Nessa fase, a timidez excessiva torna o convívio com outras crianças penoso.

Na hora de interagir com as outras crianças as mãos suam, a voz falha, o coração acelera. A vergonha e insegurança acabam afastando-a dos coleguinhas e causando isolamento. É nesse momento que se diferencia uma simples vergonha de um problema para criança.

O papel dos pais é fundamental para reverter o problema da timidez. A criança deve ser estimulada frequentemente a sentir-se mais segura e capaz, para superar seu medo de interagir com outras crianças.

Confira algumas dicas para ajudar seu filho a superar o problema:

– Não superproteja seu filho. Deixe-o brincar, experimentar, errar e aprender com seus erros.

– Estimule o convívio social e a interação com outras crianças, mas nunca force situações. Se seu filho não quiser ir à festinha da escola, por exemplo, estimule-o a participar e tente convencê-lo a ir. Mas, na festa, não o obrigue a conversar ou participar de brincadeiras se ele não quiser. Respeite os limites e o tempo da criança.

– Fale com seu filho e estimule-o a contar suas angústias. Elogie sempre suas pequenas conquistas e seu potencial, isso ajuda a criança a sentir-se mais segura.

– Leve seu filho a parques e lugares onde tenha mais crianças, oportunizando o convívio social sempre que possível. Mas sempre de forma natural, sem forçar situações. A pressão só vai deixar a criança mais quieta e angustiada.

                        

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