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Distúrbios alimentares – um mal cada vez mais comum entre crianças

Atualmente, uma em cada dez adolescentes britânicas possui distúrbio alimentar. Mas engana-se quem pensa que o mal é exclusivo das jovens. Nos Estados Unidos, os distúrbios em crianças mais do que dobraram nos últimos anos. Em um país em que a obesidade atingiu níveis altíssimos e que, ao mesmo tempo, exibe garotas magérrimas em capas de revista e programas de TV, era de se esperar que as jovens viessem a distorcer seus ideais e imagens de beleza. O que vemos são crianças e adolescentes adoecendo para serem aquelas garotas magrinhas que vêem por todos os lados, enquanto passaram a vida inteira se alimentando das junkie food hipercalóricas que também vêem por todos os lados.

E o mal não acomete apenas os jovens que querem ser como os seus ídolos. Até mesmo as jovens celebridades, que inspiram as crianças e os adolescentes, lutam contra esse mal! Um exemplo é a atriz e cantora Demi Lovato, que luta contra os transtornos alimentares, e chegou a cantar em uma canção ”Eu não sou uma supermodelo, e ainda como no Mcdonald’s. Essa sou eu.”. Ao sair de uma internação, a celebridade, na época com 19 anos, disse que “Há muita pressão por aí para alcançar padrões impossíveis…”.

E é exatamente esse tipo de sensação que costuma ocasionar esse tipo de transtorno: a pressão social para ser aceito, para ser bonito, para estar em forma, para buscar o sucesso. As crianças e adolescentes que possuem distúrbios alimentares não só buscam uma “perfeição” como também costumam ter uma imagem distorcida de si.

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É importante se estar atento a isso, uma vez que, por não se ter muito conhecimento e tratamento desse tipo de transtorno para os pequenos, as doenças possam se tornar graves e duradouras. Um dos motivos que torna mais difícil identificar os transtornos em crianças é o fato de ser normal “as crianças se esconderem, não entendendo seu comportamento como doença, pela vorgonha dos pais, dos familiares e escola”, afirma a psicóloga especialista em transtornos alimentares e obesidade, Talita Lopes Marques.

Para identificar o transtorno alimentar em crianças, os pais devem estar atentos ao comportamento dos seus filhos: é comum que eles apresentem baixa auto-estima, comportamentos obsessivos compulsivos, ansiedade, depressão… Além disso, “crianças anoréxicas costumam ter um vasto conhecimento sobre as calorias dos alimentos, têm muito medo de engordar ou parecerem gordas, e podem apresentar dores abdominais, náuseas, perda de apetite e dificuldade de engolir”, afirma Talita.

Além da pressão da mídia e da sociedade, pais que dão uma excessiva importância à estética também podem contribuir para o desenvolvimento desse tipo de doença. O importante, nesse caso, não é apontar culpados, mas sim ajudar na identificação e no tratamento do distúrbio.

Quer saber mais sobre como identificar e tratar o problema? Confira essa matéria, esse site e o vídeo abaixo:

 

Está pensando em engravidar? Deixe a tecnologia te ajudar a controlar o seu ciclo!

Quem está pensando em engravidar, deve estar sempre atenta ao seu ciclo menstrual, para determinar os dias com maiores chances de engravidar. Para isso, você pode abandonar as anotações no calendário da sua agenda e contar com a ajuda de um aplicativo super prático!

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O LoveCycles, disponível para Android e iOS, é um calendário menstrual que permite que você insira todas as informações sobre o seu ciclo. Usando dados como o peso e a temperatura do seu corpo, o app calcula o próximo dia esperado para a sua menstruação e informa quais serão os seus dias férteis.

Ideias para anunciar a feliz chegada

Celebrar uma nova vida – e uma boa notícia – tem sido cada vez mais comum, seja através da Internet ou dos meios físicos conhecidos, já que as famílias modernas tem optado, geralmente, por ter menos filhos (ou nenhum).
Muitas mães, pais, avós, tios e amigos gostam de participar e compartilhar esse momento, por isso muitos fotógrafos (amadores ou profissionais) tem se especializado em criar anúncios de gravidez em forma de fotos. O principal é soltar a criatividade e interpretar cada família conforme seu estilo e gostos. Animais de estimação, ilustração e muito bom humor são ingredientes chave.

Acompanhe algumas sugestões divertidas e, se for o seu caso, use-as como inspiração para criar o seu próprio anúncio – lembrando que importa é a emoção do momento e não a qualidade do retrato…

Via http://www.rashoodz.com.au/

Os problemas reais da vida virtual – parte 2

Reconhecer se o filho está com problemas na internet pode ser uma tarefa difícil para os pais. Especialmente os jovens, que acessam redes sociais e sites sem monitoramento dos adultos, podem ser alvos fáceis de pedófilos e outras pessoas que podem querer se aproveitar da situação.

Os principais sinais de que algo está errado são:

– perda de interesse por assuntos que antes chamavam a atenção do jovem;

– queda no desempenho escolar;

– comportamentos estranhos, alienados à realidade;

– novos compromissos em horários estranhos ou fora da rotina;

– fica muito tempo no computador e esconde dos pais o que está fazendo online.

Claro que a internet não é só maldades: há sites que incentivam e colaboram com o aprendizado, promovem atitudes saudáveis e que divertem. Sabendo disso, a melhor dica é: oriente e acompanhe seus filhos. Além disso, é fundamental manter-se aberto para o diálogo, sobre qualquer assunto: sexo, drogas, doenças… É para os pais (e professores, também) que os filhos devem fazer perguntas e não para estranhos que conhece online.

Os problemas reais da vida virtual – parte 1

Como a internet é tema constante na vida de todos nós, nada mais oportuno do que trazer à pauta, aqui no blog, assuntos que sejam do interesse dos pais e professores em relação ao mundo virtual. Até porque de exclusivamente virtual o mundo online não tem nada: muitos dos problemas são reais e podem ser constatados em casas de todo o mundo. Hoje e amanhã vamos falar um pouco sobre este assunto polêmico.

Especialistas percebem que há jovens assumindo múltiplas personalidades: enquanto mantém um perfil em sala de aula, na internet assumem personalidades diversas – o que pode causar problemas maiores a estes futuros adultos.

Mas se seu filho usa a internet, não precisa entrar em desespero e proibir, achar que tudo o que acontece online e ruim. O problema pode ser grave entre pessoas que passam a maior parte do tempo conectadas E que já têm maior propensão a apresentar distúrbios.

A professora Sueli Darmegian (USP) aponta que apesar desta predisposição é necessária atenção. Como os jovens estão em fase de transição, podem ser desencaminhados.

Além disso, a internet é um potencializador de comportamento, para o bem e para o mal. Professor na UFGRS, Alex Primo lembra que um comentário maldoso feito em um grupo de amigos, se publicado em uma rede social, ganha uma divulgação muito maior, o que pode gerar transtorno aos envolvidos.

Dicas para quem opta pela maternidade e o home office

Autora do blog Vida Organizada, Thais Godinho é uma das colaboradoras do Vida Materna. Recentemente, ela abordou um tema super interessante: a rotina das mães que trabalham de casa (e não em casa, porque isso todas trabalham).

Ou seja, montou o home office e está com dificuldade de colocar o trabalho em dia? Confere as dicas da personal organizer:

– Trabalhe quando seu filho estiver dormindo. Cada soneca é tempo para fazer algo do trabalho.

– Mantenha os pequenos ocupados quando estiverem acordados, com livros, brinquedos, irmãos e até a tv. Mas isso não signifca fazer o dia todo a mesma coisa: evite o tédio. E tente sair ao menos uma vez com eles para respirar ao ar livre e dar uma volta.

– Tenha uma área de brincadeiras no home office. Pode ser uma caixa com os brinquedos preferidos, um tapete quentinho… Assim, você trabalha com eles por perto.

– Quando tiver uma tarefa que demanda atenção total ou uma reunião fora, peça para alguém (babá, marido, amiga ou parente) olhar seu filho.

– Evite trabalhar à noite, quando todos estiverem dormindo. Estabeleça horários e dias em que isso ocorrerá.

-Opte pela portabilidade: notebook, pastas, blocos. Use material que você pode levar para qualquer lugar. Assim você não se limita ao escritório.

– Quando sentar para trabalhar, minimize as distrações. Desligue celular, alerta de e-mails, a tv…

– Gerencie as interrupções. Se você estiver no meio de um texto e precisar trocar uma fralda (acontece), escreva rapidamente uma ideia geral para não perder o ponto de onde parou.

– Vista-se como se fosse sair para trabalhar. Além de estar pronta caso precise sair, também não será pega desprevenida por visitas.

– Planeje-se, e não pense somente nos projetos profissionais. Inclua a rotina da casa.

– Organize o home office, deixando-o sempre limpo e pronto para o trabalho.

– Seja multi-tarefas. Sempre se recomenda trabalhar em uma só tarefa, para ter foco; mas tarefas que não demandam atenção exclusiva podem ser intercaladas. Exemplo: responder e-mails enquanto o arroz está no fogo.

– Mantenha a casa organizada. Cuidar um pouco todos os dias é a melhor maneira de deixar sempre tudo certo.  Divida as tarefas com seu marido e as crianças, de acordo com cada idade.

– Recompense a si mesma. Afinal, você é mãe e ainda precisa trabalhar. Dê a si mesma pelo menos um momento no dia de presente ou algo que você realmente queira após atingir algumas metas estabelecidas por você.

Especial educando e ensinando, apesar das diferenças – parte 2

Hoje, vamos falar mais um pouco sobre a relação entre pais, filhos e a vida digital. A educação e o  aprendizado são a base das relações e devem iniciar em casa, o que inclui nesse processo outros familiares, como tios e irmãos. Afinal, todos percebem as diferenças no estilo de vida e  nas formas de comunicação e relação com o outro. Segundo pais e tios, a falta de segurança acabou promovendo outras mudanças nos hábitos das famílias, especialmente em cidades maiores – onde o brincar na rua foi deixado de lado em detrimento dos jogos eletrônicos.

Tamara Campos, de Santa Cruz do Sul (RS), é mãe de Vitor e Valentina, de 7 e 3 anos. Ao analisar a realidade que seus filhos vivem hoje, ela destaca a violência como um dos fatores que influenciam as diferenças. “Na minha infância, brincávamos muito na rua, mas era diferente. Não existia essa violência louca de hoje. As casas tinham pátio e as mães não superprotegiam os filhos como agora”, comenta. Para enfrentar o problema da falta de segurança, ela entende que os pais acabam permitindo que os filhos conversem com os amigos via internet, por ser mais seguro. Além disso, mandar um e-mail é mais simples do que usar o telefone. Apesar destas facilidades, ela considera a comunicação pessoal muito importante, pois permite um troca muito rica de informações quando as pessoas estão frente a frente .

O acesso às novas ferramentas de comunicação é apontado por Tamara como uma grande vantagem para os pequenos. Ela percebe que eles nascem sabendo mexer no notebook, no Facebook, enquanto sua geração passou por curso de digitação ou datilografia. “Eles não precisaram conhecer o meio digital, já nasceram nele. Mexer na internet e suas plataformas é tão normal quanto a TV é pra nós e não era para nossos pais. Meu filho mexe no tablet melhor do que eu, pois tenho medo de estragar. Já, para ele, é uma ferramenta usual”, salienta.

Apesar deste acesso facilitado às informações, de forma digital, Tamara incentiva os filhos a terem contato com livros de papel. Já as brincadeiras não são as mesmas, o que às vezes deixa a mãe assustada. “Outro dia, convidei eles pra brincar de ovo choco e eles não sabiam o que era. Fiquei me sentindo um ET, pensando ‘como assim? Toda criança sabe o que é ovo choco!’. Mas logo me dei conta de como as coisas mudaram as brincadeiras hoje são outras”, conclui.

Moradora de Novo Hamburgo (RS), Aline de Negri Silva ainda não tem filhos, mas participa da criação do sobrinho Henrique, de 3 anos. Como Tamara, ela também percebe as diferenças em relação à falta de segurança. “Comparando a infância da década de 80 com a atual, a grande diferença são as brincadeiras. Crescemos em um tempo em que ainda podíamos brincar no parque, andar de bicicleta nas ruas de paralelepípedo, em um tempo em que subir em árvores e brincar de esconde-esconde e pega-pega eram mais comum”, recorda.

Aline frisa que na sua infância já havia brinquedos eletrônicos, mas as brincadeiras se misturavam, facilitando o desenvolvimento enquanto grupo. Hoje, ela percebe que as crianças vivem mais como ‘crianças de apartamento’, em que a TV e o DVD viraram atrativos por questões de segurança, assim como os brinquedos  eletrônicos são cada vez mais sofisticados e com menos interação entre os amigos e coleguinhas.

Para Aline, que é psicóloga e professora, as famílias devem incentivar os pequenos pelo bom exemplo, seja em comportamento ou hábitos. Como exemplo, ela cita a dedicação aos livros. “Certo dia estava digitando algo e consultando um livro. Quando olhei para o lado, meu sobrinho, que estava brincando, buscou um livro e brincou de leitura, mostrando suas novas descobertas. Ele repetia a leitura que tínhamos feito na noite anterior antes de dormir”, conta, emocionada, frisando o quanto as crianças aprendem pelos exemplos.

Pai do Theo, de 3 anos, Sérgio Baccaro Júnior teve claro em sua mente desde o nascimento do filho que ele nascera no mundo digital. “Por me observar mexendo num iPhone, por exemplo, ao invés de tentar pegar os objetos (como botões de camisa) com a mão, ele começou a tocar com o dedo indicador”, relata. E o digital também fez parte da comunicação em família, desde cedo: como Baccaro sempre viajou bastante a trabalho, ao invés de falar com o pequeno por telefone, usava videochats para interagirem.

Baccaro percebe, no dia a dia com Theo, que ele já nasceu em um mundo que o deixará muito mais preparado para o futuro do que os nascidos em gerações anteriores. “A facilidade com que lida com a tecnologia com pouco mais de 3 anos é tremendamente maior do que a minha, com 39”, salienta. Por outro lado, ele ainda considera difícil mensurar as desvantagens, pois o mundo mudou muito e a diferença entre as gerações surgiram de forma muito rápida. “Pensávamos, por exemplo, que a internet nos deixaria cada vez mais isolados mas hoje percebo o contrário: estamos cada vez mais sociáveis. Acho que só no futuro perceberemos mudanças mais claras e suas consequências“, reflete.

Enquanto esse futuro vai se desenhando, Baccaro estimula Theo a brincar com as tradicionais brincadeiras, desde esconde-esconde até amarelinha. O pai tenta dividir as atividades do filho entre “analíticas” e digitais, assim como incentiva a leitura em papel. Mas aí ele encontra um problema:  os livros digitais, por serem mais coloridos e mais interativos, estimulam e atraem muito mais as crianças.

Especial Educando e ensinando, apesar das diferenças – parte 1

O mundo viveu diversas mudanças nos últimos 20 anos. Mudanças que certamente marcaram aquelas pessoas que viveram e sentiram, no seu dia a dia, as transformações: globalização, comunicação móvel, internet, redução das distâncias e das fronteiras. Qual leitor imaginaria, em sua infância, conversar em tempo real com o amigo que mora na China, sem gastar uma fortuna em conta de telefone? Ou que teria ao alcance dos dedos todos os melhores momentos que vive, registrados em imagens? Ou, ainda, que poderia contar para o mundo sua indignação pelo mau atendimento de uma empresa e que, ainda por cima, encontraria pessoas solidárias a milhares de quilômetros de distância?

Pois bem, amigos, o tempo passou e o nosso planeta se transformou. E essa frase, simples, pode se tornar um problema para alguns jovens pais. Como ensinar, educar uma criança, que tem todas as informações a sua disposição a um clique de mouse (ou de dedos em um touch)? Como brincar de jogar bola na rua com um menino apaixonado pelo Fifa Soccer ou brincar de bonecas com a menina que curte The Sims?

Pois a Xalingo decidiu ouvir pais, nascidos nas décadas de 1970 e 1980, para saber como eles estão educando e criando seus filhos. Porque, nestas famílias, não existem baby boomers nem geração X, Y ou nativos digitais. O que existe é amor, compreensão e exemplos a serem seguidos.

Uma das principais mudanças no estilo de vida apontada pela mãe Nathalia Silva, de Novo Hamburgo (RS), é o controle. “Eu brincava na rua da minha casa, não tinha medo, não tinha perigo. Hoje moro com a minha filha Giovana, de 9 anos, no mesmo local, e ela só vai para a rua se tiver algum adulto junto”, comenta. Ela frisa que a maioria dos colegas da filha mora em apartamento, condomínios, fechados e com segurança. “Não lembro de, na minha infância, ter um coleguinha que não morasse em uma casa e tivesse um pátio para correr”, recorda. Apesar disso, as duas divertem-se com brincadeiras tradicionais, como andar de bicicleta, jogar bola, pular amarelinha, mesmo que para isso recorram a áreas abertas em um clube.

Outra diferença citada por Nathalia é a forma de comunicação: enquanto a Gi se comunica com as amigas pelo MSN, raramente por telefone, eu vivia pendurada no telefone. “Elas se falam de manhã pela webcam, trocando ideias e dúvidas sobre o tema da aula, à tarde”, detalha.

O fato de Giovanna ter nascido na era digital tem prós e contras, segundo a mãe Nathalia. É positivo devido ao acesso a informação, o que fará com que as crianças não sejam bitoladas e fechadas perante o que acontece no mundo. “Mas isso só é bom se ensinarmos sobre como lidar com isso”, poderá. Já, como desvantagem, Nathalia cita que as crianças podem ficar muitas horas no computador ao invés de brincar com algo mais educativo e construtivo. Ela frisa que é preciso ficar de olho e dar o exemplo, tentando não ficar grudados na tela do notebook.

E apesar do acesso digital a livros, Nathalia e Giovanna mantém o hábito do livro de papel. “Antes de dormir, eu pego algum da faculdade e ela um dos vários que ela tem. Já nas pesquisas para escola, ela sempre pede para usar o Google, principalmente quando o tema é de Inglês, mas sempre ressalto que ela precisa aprender a consultar o dicionário de papel também”, explica.

Moradora de Campinas (SP), Elisa de Azevedo Pimenta é mãe da Marcela, de 2 anos e meio. Para ela, a grande diferença entre as duas gerações é o acesso à informação e a cultura. “Eu amava ver filmes da Disney, mas só os via em aniversários na casa de um vizinho, que tinha um daqueles projetores de filme. Aquilo para mim era o máximo e eu vivia sonhando com aquele ‘cinema’”, recorda. Em compensação, a pequena Marcela pode ver todos os filmes que quer, seja no seu próprio DVD ou no Youtube – que ela conhece muito bem. Da mesma forma, Elisa recorda que Marcela já foi ao teatro, enquanto ela só assistiu a uma peça aos 15 anos. “Essa é a principal diferença: o que eu conheci jovem, minha filha nasceu conhecendo”, afirma.

Elisa ainda destaca a facilidade em lidar com as novas tecnologias que as crianças adquirem atualmente. Segundo a mãe, é impressionante como a Marcela manuseia um I-Phone e como ficou impressionada quando descobriu o I-Pad, onde tudo ficou ainda maior. “As crianças são ávidas por informação e assimilam rapidamente as novidades, que nós demorávamos anos para receber e armazenar. A desvantagem é que muitas vezes o lazer gira muito em torno do computador, do I-phone, do DVD”, cita. Para evitar o foco somente em elementos digitais, a família de Elisa incentiva Marcela com brincadeiras tradicionais, como bolhas de sabão, picnic no parque, motoca, zoológico, bichinhos, passeio a cavalo. “Tentamos fazer com que ela tenha uma infância saudável, sem exageros tecnológicos”, frisa.

Também de Novo Hamburgo (RS), o pai Bernardo Guedes entende que as crianças nativas digitais somente têm vantagens em relação à infância que ele viveu. “Vejo que Isadora, minha filha, tem a tecnologia a favor dela, que oferece facilidade de comunicação e conforto”, diz. Ele recorda que, quando era criança, o Atari era o videogame mais moderno, sua casa não tinha videocassete e o computador dava seus primeiros. Em oposição àquele tempo, hoje o computador faz parte da vida dos pequenos que, por tentativa e erro, aprendem a mexer nos programas e sites.

Ao pensar sobre a comunicação, Bernardo percebe que Isadora, que tem 6 anos, pensa que é muito mais fácil falar com a Xuxa, a Barbie ou outros ídolos, porque basta mandar um e-mail pelo site. E ele se diverte ao relatar a descoberta moderna da filha: “Esses dias ela me disse ‘ ‘pai, você sabia que existe uma coisa chamada Correios e que você pode colocar uma cartinha e me mandar?’”, relata.

Apesar da modernidade fazer parte da vida da pequena, Bernardo tenta mostrar que é ótimo ter amigos e criar brincadeiras, como roupinhas para as bonecas, comidinhas… O importante, para ele, é saber dosar as atividades. Ao mesmo tempo, ele incentiva o hábito da leitura, especialmente agora que a Isa aprendeu a ler. “E minha filha adora! compro gibis da Turma da Monica e livros. Chega a ser uma briga, pois sempre que passamos em uma livraria ela quer um livro novo e nem sempre tenho dinheiro pra isso”, conta.

A relação das crianças com a internet.

No dia de hoje, 15 de agosto, se comemora o Dia da Informática. No espírito da data, vamos contar para vocês um pouco sobre como anda a relação dos nossos pequenos com a internet.

De acordo com a revista Veja, cerca de setenta por cento do tempo que crianças e adolescentes de 6 a 14 anos passam na internet são dedicados a navegação em redes sociais, sites de entretenimento e instant messengers, como o MSN. Essa faixa etária já soma quase doze por cento dos internautas brasileiros.

Para aqueles que pensam que a interação das crianças com a internet apenas causa riscos, dados de uma pesquisa da National Literacy Trust apresentados pela BBC afirmam que crianças que utilizam redes sociais e escrevem em blogs são mais confiantes nas suas habilidades e interagem socialmente melhor. Da mesma forma que jogos e brincadeiras, se usada corretamente, a internet pode estimular potencialidades como a inteligência cognitiva.

Além disso, as crianças têm se mostrado mais inteligentes e atentas aos riscos da internet do que podíamos imaginar. Embora seja bom que mantenhamos um certo nível de preocupação e supervisão, vemos que muitas vezes os pequenos têm mais consciência dos riscos que o uso indevido da web pode ocasionar do que muitos de nós. O que pode tornar isso mais claro é o provérbio de Douglas Adams, autor do Guia do Mochileiro das Galáxias, sobre mudanças, citado em matéria da revista Super Interessante em matéria sobre a relação das crianças com a internet: “Tudo o que já existia no mundo antes de nascermos é absolutamente normal; tudo o que surge enquanto somos jovens é uma oportunidade e, com sorte, pode até ser uma carreira a seguir; mas o que aparece depois dos 30 é anormal, o fim do mundo como conhecemos… até que tenha estado aí por uma década, quando começa a parecer normal”. Sendo assim, os pequenos que nasceram após a revolução digital vêem a internet como algo profundamente normal, sem o que eles nem podem imaginar que o mundo já tenha existido!

Internet: limites e aprendizado

O uso da internet pelos filhos pode ser um problemão para muitos pais. Mas só porque eles querem, o grande segredo está em acompanhar de perto as atividades do seu filho na rede. Em pleno século XXI é impossível proibí-los de explorá-la. Em um mundo cada vez mais digitalizado, a utilização do computador – e da internet – por parte das crianças tornou-se tão corriqueira que até trabalhos escolares são feitos nas máquinas, não mais à mão.

Neste caso, o ideal é estar próximo, observar e conversar com os filhos em relação ao que acessam e usam. Jogos, sites, salas de bate-papo, tudo pode ser muito bem utilizado, desde que com a devida restrição e consciência. É normalmente a partir dos seis anos que a criança já quer iniciar a explorar o computador sozinha. Bate com o período em que ela começa a ter vontade de experimentar habilidades motoras e a leitura. Monitorar e ajudar são preceitos fundamentais.

Antes dos dez anos, é importante que os pais estejam sempre por perto, visto que assim é possível controlar e ensinar o que é correto e o que não deve ser acessado pelas crianças. Colocar o computador em um cômodo comum da casa é uma boa dica. Para maior tranquilidade, é interessante instalar filtros que protejam seus filhos de sites que contenham violência, apologia a drogas ou pornografia.

A internet é um mundo. Livre, extenso, informativo, rico, com muito conhecimento e também por vezes perigoso. Fazer seus pequenos terem consciência disso é fundamental para que depois, na adolescência, saibam navegar sem extrapolar os limites do bom senso.