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As meninas são realmente mais apegadas aos pais?

Mães de menina, algumas vezes, acabam com um pouco de ciúme com a cumplicidade que pode existir entre pai e filha.

Mas o que estaria por trás dessa relação? Estudiosos acreditam que à medida que a criança cresce ela começa a ter outras relações, além da materna, e o pai é uma figura importante neste momento.

Enquanto o menino se identifica com o pai, a menina se espelha na mãe – o que faz parte da construção da identidade masculina e feminina, respectivamente. Entre o terceiro e o quinto ano de vida, no entanto, com o desenvolvimento da sexualidade, surgiria também uma atração pelo genitor do sexo oposto e, ao mesmo tempo, uma disputa com o do mesmo sexo. Essa teoria, que foi descrita por Freud no século passado, é conhecida por Complexo de Édipo – uma alusão à história da mitologia grega em que o filho se apaixona pela mãe.

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Vale lembrar que a relação não tem nenhuma conotação sexual. Trata-se apenas da necessidade de atenção da criança de todos que a cercam. Os pais devem intervir explicando à criança que o casal tem outro tipo de relacionamento – e isso não significa que ela seja menos amada. Mas e no caso de arranjos familiares onde um dos pais não está presente? É possível que a identificação ocorra com outras figuras paternas e maternas, até mesmo fora do ambiente familiar.

O problema é quando tanto o pai quanto a mãe reforçam o sentimento inconscientemente, em vez de combatê-lo de maneira positiva. Assim, a menina vira a “filhinha do papai” e o menino, o “filhinho da mamãe”. Este comportamento pode interferir no amadurecimento da criança e, por consequência, nos futuros relacionamentos dela. Mas é claro que, teorias à parte, a ligação mais forte com um dos pais pode se perpetuar sem qualquer motivação psicológica, indicando apenas uma questão de afinidade.