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Mães, avós e uma relação saudável

Convivência familiar nem sempre é fácil. Mães e avós costumam se acertar na maioria das vezes, mas unanimidade não existe. Conflitos, sim. No fim das contas, o que melhor pode ser feito para que uma relação entre mãe e filha ou mesmo entre mãe e sogra seja repleta de harmonia e aprendizado é manter a comunicação apurada.

O que é considerado correto hoje poderia não ser há 20 ou 30 anos, mas o mundo mudou e, com ele, mudaram as mães e também os filhos. São conceitos e manias que talvez não “fecham” mais. No entanto, o grande negócio para criar o neto/filho em um ambiente pacífico e menos abrupto possível é conversar abertamente. Ainda que isso seja bastante difícil, às vezes, tenha paciência e tente. Coloque em prática o poder da comunicação. E isso vale bastante para as críticas, que podem ser repassadas de maneira mais sutil – mesmo que diretas – umas às outras.

Pouco tende a adiantar alguma pessoa tentar mudar alguém. Cada um (ou uma, neste caso) tem o seu jeito. A melhor dica é ambas se ouvirem sem preconceito. Diferenças são naturais e aparecem corriqueiramente em meio à convivência. As avós podem ter sonhado uma vida para suas filhas que seguiram caminhos diferentes. E o mesmo pode ocorrer com a mãe em relação à avó. O mais importante é tornar a série de diferenças em uma vantagem. O fato de duas pessoas serem bastante distantes no jeito de ser e de agir não significa que elas não tenham o que aprender entre si. Pelo contrário!

Conjuntivite: ela pode e deve ser evitada de maneira simples

Mudança no tempo e os vírus começam a se espalhar. Em pelo menos boa parte do Brasil, com a queda das temperaturas, o ar frio causa desconforto em pais e filhos em virtude dos resfriados e gripes. Também, devido a uma doença que você deve ter ouvido falar que tem se espalhado – embora esteja longe de ser considerada uma epidemia – pelo país desde o final de março, início de abril: a conjuntivite. Nada grave. Ela pode ser evitada com alguns cuidados básicos.

O primeiro deles é lavar as mãos com água e sabão (sabonete) sempre que possível. O segundo é evitar coçar os olhos. O terceiro, manter fronhas, travesseiros, lençois e toalhas sob uso individual. E nada de compartilhar objetos com quem esteja infectado.

Há dois tipos de conjuntivite: a viral e a bacteriana. A primeira dura em média 20 dias. Começa em um olho e, normalmente, atinge o outro, sendo tratada com o alívio dos sintomas por meio de colírios e compressas geladas para reduzir o inchaço. A segunda é mais curta, dura em média dez dias e é tratada por meio de antibióticos. Importante: nunca tente adivinhar o que o seu filho tem, medicando-o por conta própria. Leve-o a um especialista. Só ele poderá dizer o que o seu pequeno de fato tem.

Os sintomas consistem em olho vermelho e lacrimejamento, sensação de sujeira no olho, pálpebras inchadas, secreção e sensibilidade à luz. Caso isso esteja ocorrendo, é bom levar seu filho a um médico e, nesse período, evitar contatos muito próximos via abraços e beijos (infelizmente!).

Acidentes domésticos devem e podem ser evitados

Os acidentes domésticos são a terceira maior causa de mortes de crianças no Brasil. Nove em cada dez acontecem em casa. Por isso, quem tem criança em casa, sabe: é uma questão de segundos para que os pequenos provoquem um estrago que pode se transformar em um problemão.

Evitar álcool líquido e guardar arma de fogo em local seguro, sempre travada e sem munição são duas dicas. É preciso ainda atenção redobrada quando estiverem próximas ao mar, lagos ou piscinas. Dizer que o remédio é “docinho” apenas para facilitar a ingestão pode não ser uma boa forma de fazer a criança tomá-lo, visto que isso poderá fazer com que ela queira experimentar outros medicamentos. Orientação é a primeira das precauções, mas algumas observações devem ser levadas em conta. Vamos a algumas:

Banheiro: nunca deixe a criança sozinha e mantenha a tampa do vaso sanitário sempre abaixada – ou mesmo o próprio banheiro chaveado. Jamais coloque-a para tomar banho na banheira sem antes testar a água. E mantenha produtos de limpeza e higiene longe do seu alcance.

Cozinha: procure utilizar as bocas traseiras do fogão e mantenha os cabos das panelas voltados para dentro. Não segure criança e líquidos quentes ao mesmo tempo. Evite as toalhas grandes, uma vez que elas podem ser facilmente puxadas pelos pequenos.

Sala: instale protetores nas tomadas e nas quinas dos móveis. Grades e telas de proteção são extremamente indicadas para janelas e sacadas.

Quarto: importante não deixar o bebê sozinho em móveis diversos, mas também em camas ou berços, pois ele pode cair. Beliches não são indicados assim como objetos que possam provocar sufocamento.

Internet: limites e aprendizado

O uso da internet pelos filhos pode ser um problemão para muitos pais. Mas só porque eles querem, o grande segredo está em acompanhar de perto as atividades do seu filho na rede. Em pleno século XXI é impossível proibí-los de explorá-la. Em um mundo cada vez mais digitalizado, a utilização do computador – e da internet – por parte das crianças tornou-se tão corriqueira que até trabalhos escolares são feitos nas máquinas, não mais à mão.

Neste caso, o ideal é estar próximo, observar e conversar com os filhos em relação ao que acessam e usam. Jogos, sites, salas de bate-papo, tudo pode ser muito bem utilizado, desde que com a devida restrição e consciência. É normalmente a partir dos seis anos que a criança já quer iniciar a explorar o computador sozinha. Bate com o período em que ela começa a ter vontade de experimentar habilidades motoras e a leitura. Monitorar e ajudar são preceitos fundamentais.

Antes dos dez anos, é importante que os pais estejam sempre por perto, visto que assim é possível controlar e ensinar o que é correto e o que não deve ser acessado pelas crianças. Colocar o computador em um cômodo comum da casa é uma boa dica. Para maior tranquilidade, é interessante instalar filtros que protejam seus filhos de sites que contenham violência, apologia a drogas ou pornografia.

A internet é um mundo. Livre, extenso, informativo, rico, com muito conhecimento e também por vezes perigoso. Fazer seus pequenos terem consciência disso é fundamental para que depois, na adolescência, saibam navegar sem extrapolar os limites do bom senso.

Medo do escuro: como lidar?

Todo mundo tem medo de alguma coisa, mesmo na fase adulta. E crianças entre os três e quatro anos comumente dividem um pânico por vezes enorme: do escuro. Este medo por vezes exagerado provém da própria imaginação dos pequenos, que, na faixa etária citada, criam personagens, fantasias e situações que os colocam em xeque na hora de dormir, principalmente quando a luz se apaga. Como lidar com isso? Conversando.

Conversar com a criança e compreender o porquê do medo são as melhores maneiras para explicá-la que os barulhos da cama ou as sombras da parede não caracterizam monstros, nem fantasmas. Dialogue tranquilamente com ela e explane, seja claro e contundente de que não há nada errado com uma sombra externa ou interna. Um erro crasso é forçar a criança a enfrentar o problema (o medo) contra a sua vontade. Sugerir que seu filho expresse o medo faz com que ele se sinta mais seguro para encarar suas próprias fantasias.

Brincadeiras também podem ajudar! Ficar ao lado do seu pequeno e tentar adivinhar, junto com ele, as sombras e barulhos que têm no quarto, são duas delas.

Quando o medo aparecer, outra boa dica é deixar um pequeno foco de luz aceso para a criança se sentir mais confortável e, consequentemente, mais segura. Ao lado de bichinhos de pelúcia, travesseiros e brinquedos preferidos – que também geram mais segurança -, uma lanterna sempre no mesmo lugar igualmente pode ajudar na hora do problema, uma vez que a criança irá acendê-la e sentir-se mais tranquila. A conversa, no entanto, é sempre a melhor forma de resolver aos poucos um empecilho que pode durar até por volta dos cinco, seis anos de idade.

Crianças e música: uma ótima combinação

Pode começar ainda na gestação e se estender pela infância toda: elementos sonoros como cantar ou assobiar tornam-se atos afetivos quando são a comunicação entre pais e filhos. Passa, por meio da entonação, da inflexão da voz e da intensidade do som, a evolução do bebê nas questões auditivas, linguísticas, emocionais e cognitivas.

Depois de um pouco mais crescidinhos, os pequenos estimulam, através dos sons, o desenvolvimento da concentração, memorização, consciência corporal e coordenação motora, por exemplo, principalmente quando cantam, ou seja, quando acompanham uma música. Cantar ainda incentiva a criança a se mexer em meio a um ritmo, o que, no fim das contas, faz com que ela crie novas maneiras de expressão corporal (por meio da dança).

Bach, Beethoven e Mozart são três músicos históricos – e geniais – que tomaram conhecimento das primeiras notas ainda na infância. O importante é ter ciência de que os ritmos e notas estimulam a cognição, o que torna a criança mais apta tanto para criar como para entender raciocínios lógicos.

Interessante é compreender a diferença entre “musicalidade” e “musicalização”. Musicalidade é quase o talento por si só. É a tendência que o indivíduo tem para a música, isto é, quanto maior a musicalidade, mais veloz será o seu desenvolvimento. É revelada na infância e não depende de formação acadêmica.

Já a musicalização é o próprio contato com o mundo dos sons por conta do processo cognitivo e sensorial. Envolve a proximidade com a percepção rítmica, melódica e harmônica. Acontece de maneira intuitiva ou por intermédio de um profissional, um professor de música, neste caso.

Incentive o seu filho a ouvir e a apreciar música, portanto. Isso pode gerar facilidades em uma série de processos futuros de aprendizagem.

Crianças e os animais de estimação

Ter ou não ter um animal? Melhor: adquirir ou não um animal de estimação para o seu pequeno, que insiste, que pede, que quer porque quer um bicho que nem você, nem ele sabem se conseguirão lidar, tratar, cuidar? A dica é conversar com o seu filho e pedir comprometimento de ambos, tanto seu quanto dele. Seu, por estar comprando (ou adotando) um animal. E dele, por ter de agir com responsabilidade com seu mais novo amigo.

Cães, gatos e pássaros são os mais comuns, sem dúvidas. Importante saber, neste caso, as restrições de cada um em relação à idade do seu filho. Pássaros, por exemplo, não contêm restrições. Podem ser adquiridos independentemente da idade da criança. Já gatos e cachorros devem ser comprados para os que já têm três anos ou mais.

Antes dos três anos, a maioria das crianças não tem maturidade suficiente para lidar com seus impulsos de agressividade e irritabilidade. Assim, podem maltratar o bichinho ou mesmo praticar atos como montar no animal ou puxar suas orelhas e rabos. Peixes também são indicados para crianças acima dos três anos, enquanto que os roedores, para as que têm quatro ou mais.

É fundamental que as crianças sejam ensinadas a tratar os animais tal qual uma pessoa, que necessita de comida, água, exercício, carinho e atenção. Importantíssimo, também, orientar sobre as diferenças que há entre animais e seres humanos, visto que os bichinhos, obviamente, muitas vezes não sabem exatamente o que estão fazendo, enfatizando que o ideal é tratá-lo sempre com respeito e dedicação, e não com irritação quando o animal não faz algo que ela quer.

Lembre-se: os pais são sempre o melhor exemplo, e as crianças aprendem a cuidar do seu animal de estimação tal qual seus pais o fazem.

Afetividade, autonomia, responsabilidade, preocupação com a natureza, relacionamento e interação social. Essas são algumas das características que podem ser desenvolvidas com mais facilidade em uma criança que possui um animal em casa.

Cinema para mamães e bebês

Notícia interessantíssima que vem do Canadá. Em Toronto, algumas salas de cinema oportunizam sessões especiais para mamães que não querem ficar longe de seus pequenos. Não se engane: não são filmes infantis, mas sim produções mais tranquilas, tais como comédias ou dramas, nas quais os pais podem assistir juntamente com seus filhos. Nada de terror ou ação, portanto.

A ideia partiu de uma jovem mãe chamada Robyn Green-Ruskin, que, no início da década passada, foi ao cinema com seu filho pequeno e, assim que as luzes se apagaram, a criança deu início a um berreiro de tempo indeterminado. Daqueles que pais e mães conhecem muito bem.

Foi em junho de 2001 que aconteceu a primeira sessão “Movies For Mommies”, o que em bom português quer dizer “Filmes Para Mamães”.

Recomendados para mães e pais com bebês entre 0 e 18 meses, os filmes da “Movies For Mommies” não têm contraindicações a pais que queiram levar seus filhos mais crescidinhos também – mas uma vez que os filmes não são para eles, há o risco de não se distraírem. O legal dessas sessões é que as mamães estão cientes da presença de bebês na sala. Amamentá-los durante os filmes, portanto, é totalmente permitido.

Além de Toronto, as sessões especiais dos “Movies For Mommies” também são exibidas em Oakville e em Waterloo, além das províncias de Quebéc, British Columbia, Saskatchewan e Alberta. Cinemas norte-americanos igualmente devem adotar a medida – se já não adotaram. Normalmente, os filmes vão ao ar em horários alternativos e o ingresso inclui lenços umedecidos e outros itens promocionais de cortesia.

Crianças no cinema

Crianças são capazes de compreender muito mais do que os adultos pensam. Imagens e sons chamam a atenção desde muito cedo e, encarando desta maneira, elas podem ir ao cinema com seus pais desde muito cedo também. Cores, percepções e fantasia levam os pequenos a um mundo próprio, cheio de novidades e descobertas.

Os questionamentos em relação a levar crianças ao cinema ocorrem tanto em virtude do comportamento quanto ao fato de elas realmente assistirem ao filme ou não terem paciência para tal. A dica, neste caso, é conhecer seu filho, algo que ninguém sabe melhor do que você. Ou seja: é ter consciência de como ele se comporta em público ou em lugares fechados como o cinema.

Nada impede de levá-lo a sessões que contenham filmes apropriados para crianças. Em voga, nos últimos anos, estão as animações. A verdade é que tudo depende de criança para criança. Mãe de uma menina de oito anos, por exemplo, Nathalia Silva diz que a filha, entre os quatro e cinco anos, tinha dificuldade para ficar concentrada, na cadeira, enquanto o filme era exibido. E, quando ficava, dormia. “Agora é muito tranquilo, mas, na época, a saída foi alugar DVDs e olhar em casa, até porque nem valia a pena pagar pelo cinema para ela não assistir”, lembra.

Já Maya Ruschel, mãe de uma menina de dois anos e nove meses, conta que leva a filha ao cinema há pelo menos três meses. Ela fala que uma boa dica talvez seja não levar os filhos logo de cara, para assistirem a filmes 3D. “Minha filha reclamava de coceira nos olhos em filmes 3D. Outra boa pedida é levá-los ao teatro infantil, uma vez que é interativo. Dá para levantar, se mexer, sem ficar totalmente parado”, comenta.

Ciúme entre irmãos


Uma das dificuldades enfrentadas pelos pais que têm mais de um filho é o ciúme entre os irmãos. É comum que ele comece a aparecer a partir da chegada de um novo membro à família, quando o primogênito tem que aprender a compartilhar a atenção que, até então, era exclusivamente sua.

Para enfrentar o problema, é importante que os pais integrem a criança aos preparativos para a chegada do novo bebê e, posteriormente, às rotinas do recém-nascido. Essa interação é fundamental para que a criança se sinta importante, trazendo, assim, mais segurança afetiva e ajudando a reprimir o sentimento de rivalidade.

Segundo especialistas, o ciúme é um sentimento próprio do ser humano e deve ser encarado de forma natural. A melhor maneira de lidar com ele é mostrar à criança que ela tem seu lugar garantido na família, e que continuará sendo amada mesmo com a chegada de um irmão.

Quando o ciúme é demonstrado na prática, os pais devem sentar com o filho e conversar sobre a situação, ajudando a criança a expressar seus sentimentos e entender o que está acontecendo.

Algumas dicas importantes para ajudar a lidar com o ciúme entre irmãos:
– Destacar as qualidades da criança para que ela fortaleça sua autoestima.
– Evidenciar para o filho a importância que ele tem para a família.
– Demonstrar carinho e afeto para com a criança, não somente com palavras, mas também com atitudes.
– Evitar comparações entre irmãos. É importante evidenciar os progressos de cada um em separado.
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