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Seu filho não está se adaptando à creche? Temos dicas

Os primeiros dias de separação do seu filho, para que ele vá na creche, não são fáceis para você e nem para a criança. Mas trazemos dicas que podem tem ajudar nesse momento.

 

Por mais que seja doloroso deixar seu filho pela primeira vez na creche, a separação é uma etapa importante no desenvolvimento do bebê. Apesar do sofrimento, é possível encarar com mais naturalidade esse período tão complicado. Veja algumas dicas:

 

1) Fortalecer os vínculos afetivos desde o nascimento

 

O melhor jeito de que a separação seja mais tranquila é fortalecendo os vínculos com o bebê desde o seu nascimento, pois garante assim o que os médicos chamam de “apego seguro”. É o que dá à criança a segurança de que o afastamento não é um abandono. Isso garante um equilíbrio saudável entre o trabalho e a maternidade.

Ou seja: a mãe precisa de um período para estreitar os laços com o filho sem se preocupar com sua estabilidade profissional. Nesse sentido, a licença-maternidade cumpre um papel decisivo, especialmente a de seis meses. Um sinal de que esses vínculos ainda estão indefinidos é o choro intenso e desesperado do bebê, a apatia, o desvio de olhar ou a recusa em se alimentar. Nesses casos, vale a pena reavaliar a situação.

 

2) Escolher bem para poder confiar

 

Sem confiança, a separação tende a se complicar. Por isso, a escolha do berçário é tão importante. Além dos pré-requisitos evidentes, como limpeza e higiene, é fundamental levar em conta outras questões. Observe se o lugar é organizado, se as cuidadoras pegam o bebê no colo na hora de oferecer a mamadeira, se conversam com os bebês em tom confortante. Pergunte também se há música para as crianças e, finalmente, certifique-se de que existe uma rotina para atender às necessidades físicas e emocionais do bebê. Isso significa tanto uma alimentação e segurança contra acidentes como a preparação dos adultos para lidar com os pequenos. Importante: até 1,5 ano, é preciso um cuidador para cada cinco a oito crianças.

 

3) Introduzir alimentos sólidos com antecedência

 

Dependendo da idade do bebê, é aconselhável que os pais não deixem para introduzir sucos naturais e papinhas somente quando ele entrar no berçário. O ideal é que isso aconteça com a antecedência de pelo menos 15 dias. Normalmente, os bebês deixam de mamar exclusivamente no peito da mãe aos 6 meses, idade adequada para deixá-lo no berçário e voltar ao trabalho. Não por acaso, existe hoje a lei de licença-maternidade de 180 dias, que prevê o incentivo fiscal às empresas privadas que concedem seis meses de afastamento às suas funcionárias.

 

4)  Depois dos 9 meses, o bebê vai dar mais trabalho

 

A memória de uma criança, com menos de 9 meses de idade, ainda não retém informações por muito tempo, mesmo que seja a imagem da mãe. Essa condição diminui o sofrimento na hora da separação. Por isso, vale a pena planejar o ingresso no berçário para o período em que o pequeno tem entre 6 e 9 meses. Antes ou depois disso, a situação tende a ser mais difícil.

 

5) Administrar a emoção na hora de ir embora

 

O adulto sente mais a separação do que a criança. E esse é um desafio a ser superado. Os problemas normalmente acontecem quando o bebê percebe o estado de estresse da mãe e também se agita. O segredo é manter a tranquilidade, transmitindo segurança ao pequeno, e não se frustrar quando constatar que seu filho se adaptou facilmente ao berçário sem a sua presença. Deixe para chorar no banheiro ou no carro.

 

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Fonte:
https://bebe.abril.com.br/familia/7-dicas-para-adaptar-a-crianca-a-creche/

 

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Frequentar a creche na primeira infância ajuda no desenvolvimento de melhores habilidades sociais e evita problemas comportamentais e de relacionamento com os coleguinhas.

 

Estudo realizado por franceses e publicado no Journal of Epidemiology & Community Health, analisou o desenvolvimento emocional de 1428 crianças, desde o nascimento até os 8 anos. Os pais precisaram responder questionários com 25 questões envolvendo problemas emocionais e comportamentais, como a dificuldade em fazer amigos, hiperatividade, conduta e habilidades sociais.

 

Os pais também foram questionados sobre quais cuidados as crianças tinham até os 3 anos: se os pequenos iam à creche (formal) ou se ficavam sob os cuidados de algum familiar ou amigo (informal); ou ficavam com babás.

 

A conclusão do estudo é que, aqueles que receberam cuidados formais, tiveram menor probabilidade de terem problemas comportamentais e emocionais, e maior probabilidade de terem melhores habilidades sociais. Além disso, crianças que frequentavam creches por um ano ou mais tinham chances ainda mais baixas de sofrer com problemas emocionais, dificuldades de fazer amigos e habilidades sociais precárias.

 

Todavia, as crianças cuidadas por babás tinham mais propensão a problemas comportamentais. Os cientistas acreditam que os resultados podem refletir uma combinação do estímulo mental derivado do brincar, de elogios e de leitura, juntamente a regras e interações de qualidade com o cuidador.

 

Eles concluem que o acesso a cuidados infantis de alta qualidade nos primeiros anos de vida pode melhorar o desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças, prevenir dificuldades emocionais posteriores e promover comportamentos pró-sociais.

 

Fonte: https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2018/10/criancas-que-frequentam-creches-podem-ter-melhor-desenvolvimento-psicologico.html