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Você está preparada para os terríveis 2 anos?

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A rebeldia está tomando conta próximo dos 2 anos? Não se preocupe, vocês não estão sozinhos, a “adolescência do bebê” é uma fase normal que acontece de 1 ano e meio até os 4 anos de idade. Saiba o porque dessa mudança de comportamento nessa idade:

 

A “adolescência do bebê”

É a fase que o bebê começa a contrariar os pais em quase tudo. De repente, a criança que era comportada e tranquila, começa a berrar e espernear sempre que for contrariada. Bate nas pessoas, se debate, atira o que estiver na mão e choraminga sempre que quiser alguma coisa.

O que causa essa fase?

O próprio desenvolvimento natural da criança faz com que ela entre nessa fase. É um período de grandes mudanças, pois agora o bebê começa a ter as suas próprias vontades, mas ainda não sabe como lidar com elas ou quando são adequadas. Nesse período também surge uma necessidade maior de mais movimento e de uma rotina bem estabelecida. É um período em que ela tem uma capacidade parcial de obedecer, mas ainda não domina essa habilidade por completo. Não é um comportamento 100% consciente do pequeno, mas sim uma vontade interior de atender as suas próprias vontades. Nós já passamos por isso, logo, não adianta tentar evitar que isso aconteça. Temos que lidar de maneira construtiva para que a criança se desenvolva e atravesse essa fase bem.

 

Conheça alguma dicas que podem ajudar você a passar por essa fase de maneira mais tranquila:

 

Dar opções antes do “não”

A criança começa a perceber que toda a vez que ela diz um “não”, muitas opções surgem para ela. O exemplo do banho com a patinho de borracha ou o sabonete novo que o Gabriel Salomão dá no vídeo no final do post (Assista). Ao invés de darmos as opções após o não, já apresentamos elas de maneira afirmativa. Logo, a criança poderá escolher como irá obedecer ao invés de se negar a todos os pedidos feita à ela.

 

Não utilizar prêmios e castigos

Eles fazem com que a criança obedeça por medo da punição ou por interesse em ganhar o prêmio. A ideia é que a criança aprenda a ter discernimento de o que é um pedido coerente e respeite/obedeça por vontade própria e não imposição.

 

Ter uma rotina clara e ordens coerentes

Uma rotina previsível e exemplos consistentes, podem auxiliar muito na sensação de segurança e tranquilidade da criança.

 

Quer saber um pouco mais sobre o assunto? Confira as dicas do pesquisador Gabriel Salomão, sobre como passar pelos “terríveis dois anos”:

 

 

 

E você, está passando por essa fase? Conte pra gente como está lidando com o seu pequeno.

 

Como controlar os “chiliques” das crianças

Também conhecido como acesso de ira, algumas crianças são mais propensas a “chiliques” do que outras e parecem ter o pavio mais curto. Talvez isso seja apenas um traço da personalidade.

O acesso de ira ocorre quando a criança investe contra o mundo sem que esse reaja. Pode ser disparado por várias coisas, mas sua origem é sempre algum tipo de frustação.

São várias as hipóteses: a criança descobriu que não pode fazer alguma coisa desejada, pois ainda não obteve as habilidades necessárias, ou obteve um resultado diferente do esperado. Ou alguém a impediu de fazer algo que ela queira fazer, ou você tentou fazer uma coisa contra a vontade dela, ou simplesmente ela atingiu o limite emocional. Seja qual for o motivo, o pavio chega ao fim e ocorre a explosão.

Já é bastante chato quando o chilique acontece no chão da sua sala de jantar, imagine então no supermercado, no carro, na casa de um amigo e isso pode acontecer em qualquer lugar.

Os pais podem minimizar as frustações dos filhos nessa idade, mas não poderá eliminá-la por completo. É importante saber que a ira é inerente ao processo de aprendizado e as técnicas para definir limites podem acabar com um ataque logo no inicio, mas nem sempre isso é possível. A única coisa que os pais devem fazer diante de um acesso de ira é não ceder.

Confira algumas dicas da babá Jo Frost, a Super Nanny inglesa, e saiba como lidar com um ataque de raiva:

– Cuide para que a criança não se machuque, nem machuque os outros
– Mantenha a calma. Raiva apenas piora a situação. Se não conseguir controlar, afaste-se da cena
– Nem tente argumentar com a criança nesse momento
– Algumas crianças cessam o ataque de raiva mais rápido quando um adulto as segura com firmeza
– Retire-se da sala, se puder, assim que estiver certa de que ela não irá se machucar, nem quebrar nada

15 Month Old Baby Boy Crying in Crib

Entenda a Lei da Palmada, ou Lei Menino Bernardo, aprovada pela Câmara dos Deputados

Conhecida como Lei da Palmada, o Projeto de Lei nº 7.672/10 agora será chamada de Lei Menino Bernardo, em homenagem ao menino morto no Rio Grande do Sul com uma injeção letal pelo pai, a madrasta e uma amiga do casal.

A Lei da Palmada, foi aprovada há poucas semanas pela Câmara dos Deputados e muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proibindo a aplicação de castigos físicos a crianças e adolescentes. O texto veda o “uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto”.

Segundo o projeto de lei, o Conselho Tutelar, “sem prejuízo de outras providências legais”, deverá aplicar as seguintes medidas aos pais ou responsáveis que aplicarem castigos físicos a menores:

– encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;

– encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

– encaminhamento a cursos ou programas de orientação, advertência;

– obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado

O texto também diz que profissionais da saúde e da assistência social ou outra função pública devem informar casos de suspeita de castigo físico à autoridade competente.

O objetivo da legislação é proteger crianças e adolescentes contra graves tipo de violência. O texto segue agora para a apreciação do Senado Federal e só começa a valer após sanção presidencial.

Joe Murphy, Fay Tincher and Jackie Morgan as the Gumps

É certo punir a criança com o castigo?

Educar a criança é uma tarefa muito difícil. Cabe aos pais saber qual a melhor punição quando o pequeno quebra alguma regra, faz alguma travessura ou desrespeita os mais velhos. Pode ser uma bronca ou um castigo.

Mas segundo a psicóloga Elizabeth Monteiro, autora do livro “Criando filhos em tempos difíceis – Atitudes e brincadeiras para uma infância feliz”, os pais precisam entender as etapas do desenvolvimento do filho e como funciona sua cabeça antes de puni-lo.

Até os cinco anos de idade, aproximadamente, a criança é egocêntrica e acha que todos estão lá para satisfazer suas vontades, o que a torna teimosa quando é contrariada. Além disso, ela ainda não entende o valor moral das regras e, por isso, não tem capacidade para compreender o que fez de errado quando toma uma bronca.

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De acordo com ela, a maneira correta de lidar com o filho nesta etapa é mudar o foco de atenção. “Muitos pais dizem que a criança não escuta, e não escuta mesmo. Se a criança está fazendo algo que não pode, como subir na janela, ao invés de dizer que ela vai apanhar se continuar fazendo aquilo, tire-a de lá sem falar nada e leve-a ao banheiro para espalhar pasta de dente no box. Desta forma, você está economizando um ‘não’”, ensina.

A partir dos cinco anos, a criança já compreende o sentido das regras e, portanto, é possível explicar a ela por que ela pode ou não ter determinado comportamento, perguntar como ela se sentiria se alguém agisse daquela maneira com ela, etc. A partir desta fase, ela também é capaz de compreender o castigo e poderá aprender com ele.

O modo e o momento em que a bronca é dada também devem seguir algumas regras. Elizabeth explica que o tempo e a memória das crianças são diferentes dos nossos e, por isso, os pais devem chamar a atenção do filho na mesma hora em que ele fez algo errado.