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Você é uma mãe super protetora? Então talvez seja a hora de rever isso

Segundo polêmica pesquisa realizada no Canadá, os pais precisam dar mais oportunidade de seus filhos se desenvolverem em ambientes que podem ter “riscos”.

 

Nós sabemos: todo pai e mãe querem seu filho seguro e sem machucados. Mas pesquisas têm mostrado que o desenvolvimento infantil é melhor quando as crianças se expõem a riscos.

 

Claro que não se trata de deixar seu filho fazer coisas absurdas como se pendurar na janela de um apartamento no terceiro ano, ou atravessar a rua sozinha, mas sim encorajar a sua vontade de escalar brinquedos altos, subir em árvores e descer de cabeça para baixo no escorregador. Isso forma pessoas seguras, com mais resiliência, habilidades sociais e até com melhor aprendizado.

 

Uma grande pesquisa feita no Canadá, que analisou 21 estudos sobre o assunto, concluiu que não há relação entre aumento de quedas e machucados e altura dos brinquedos. E que crianças que se arriscam mais, na verdade, se machucam menos. Elas acabam desenvolvendo habilidades físicas e compreendendo seus limites. “Hoje se entende que cuidar bem é super proteger, mas na verdade os pais estão tirando a oportunidade dos filhos se desenvolverem”, diz Laís Fleury, coordenadora do programa Criança e Natureza do Instituo Alana.

 

“Que mensagem estão passando às crianças ao dizer “pare” ou “cuidado”? De que elas não são capazes de se cuidar, de tomar decisões e que o mundo é mundo perigoso para elas”, disse ao Estado a pesquisadora Mariana Brussoni, da Universidade de British Columbia, autora do estudo. Segundo ela, os pais precisam aprender a lidar com a própria ansiedade e insegurança para saber avaliar o que é um perigo real.

 

Na Nova Zelândia, uma outra pesquisa incentivou que oito escolas deixassem os parquinhos “mais perigosos” e acabassem com regras como a de não poder brincar na chuva, por exemplo. Elas foram comparadas com outras que não mudaram nada. Depois de dois anos, os alunos das escolas com intervenções se diziam mais felizes, brincavam com mais colegas e tiveram menos problemas com bullying. “Crianças precisam ir experimentando um pouco de risco de acordo com a idade. Ou, no futuro, podem tomar decisões terríveis quando estiverem no controle das suas vidas, diante de bebidas alcoólicas ou dirigindo um carro”, afirmou ao Estado uma das responsáveis pela pesquisa, a professora Rachael Taylor, da Universidade de Otago.

 

Natureza ajuda na exposição a riscos

 

Uma boa maneira de expor as crianças a riscos benéficos, segundo especialistas, é deixá-las brincar na natureza. A Sociedade Brasileira de Pediatria passou a recomendar que crianças tenham “acesso diário, no mínimo por uma hora” a ambientes como parques, praças e praias para “se desenvolver com plena saúde física, mental, emocional e social”.

 

O manual, elaborado com apoio do Instituto Alana, também pede a pais e escolas que permitam que as crianças se engajem em atividades com riscos. “O desafio é intrínseco à natureza, o terreno não é nivelado, têm várias diferenças de altura, de textura”, diz a coordenadora do programa Criança e Natureza do Alana, Laís Fleury. O documento tem a intenção de combater a exposição excessiva a telas e o confinamento das crianças, que só brincam em espaços fechados.

 

 

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Fonte:
https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,estudos-contrariam-pais-superprotetores-e-sugerem-parquinhos-perigosos-para-criancas,70002852707

 

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