Sabe aquele problema na coluna que você ou alguma pessoa próxima tem? Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), é grande a chance do problema ter ocorrido por carregar muito peso na infância.
Conforme a OMS, 70% dos problemas de coluna nos adultos são resultado de carregar peso em excesso quando crianças. Se o seu filho se locomove à escola com uma mochila que chega a ser pesada até para você carregar, então é necessário rever se realmente há necessidade dele apoiar tanto peso sobre o corpo, especialmente na região das costas.
O fisioterapeuta Santiago Munhos, diretor da clínica Santibras Fisioterapia, pós-graduado em Fisiologia Biomecânica do Exercício e Esporte pelo IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) da Faculdade de Medicina da USP, alerta que a mochila não deve ultrapassar 10% do peso corporal. “É que o sobrepeso pode resultar em dores e alterações posturais, que são levadas para a fase adulta”, diz.
Ainda segundo a OMS, 85% da população mundial adulta sente ou já sentiu dores nas costas. “A mochila muito pesada leva a criança a se inclinar para a frente, pois faz mudar o ponto de equilíbrio do corpo. E essa mudança de postura afeta não só os ombros, mas os quadris, joelhos e tornozelos”, diz o traumatologista Sandro da Silva Reginaldo, responsável pelas campanhas públicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Segundo o especialista, uma criança de 7 anos, que geralmente pesa em torno de 20 quilos, caso leve uma mochila carregada demais passa a submeter seu organismo à mesma carga que teria se fosse obesa.
Lei para limitar o peso das mochilas
O problema é tão grave que tramita no Congresso o projeto 3.673/15, da Câmara dos Deputados, que tem como objetivo limitar por lei o peso que uma criança pode carregar nas costas. Segundo informações do site do SBOT, durante a discussão na Câmara Federal, foi citado o fato de que o estudante universitário, cujo organismo já está formado, proporcionalmente leva para a Faculdade menos livros e material que o estudante de Ensino Fundamental.
Mas o que fazer sobre a situação?
Escolha mochilas com alças acolchoadas, de preferência com uma alça extra para a linha da cintura. Evite ao máximo as mochilas com uma única alça na diagonal, já que sobrecarregam apenas um lado do corpo;
– Fiscalize a mochila para garantir que seu filho leva para a escola apenas os intens necessários para aquele dia. Certamente, você vai encontrar itens supérfluos, que podem ser deixados em casa;
– Para as mochilas de rodinha, veja se a acessibilidade do local por onde seu filho anda e o deslocamento até a escola/casa permite que ele arraste-a sem dificuldades. Na primeira opção, ajuste a alça para que o braço da criança fique sempre estendido. Também não esqueça de orientá-la para alternar o braço que puxa a mala.
Abaixo você pode observar como a saúde do seu filho é afetada pelo uso incorreto e o que você pode fazer para mudar isso. As informações são da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia:
E você: tem esses cuidados com a mochila do seu filho? As dicas foram importantes? Comente abaixo para sabermos! 😊
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