Adotar uma criança é um ato de amor e uma atitude que envolve muita responsabilidade. A decisão, quando bem orientada e planejada, traz alegria para pais que não podem ter seus próprios filhos biológicos e para a criança que precisa de uma família. Mas passada essa fase que antecede a adoção, na qual o casal lida com suas dúvidas, incertezas, mitos e preconceitos, logo se deparam com uma difícil questão: quando a criança deverá saber que é adotada?
A primeira dica é: o quanto antes melhor. Mesmo que a criança aparentemente não compreenda o significado das palavras é importante ela estar familiarizada com termos como “adoção”, “adotado” e “adotivo. Assim quando ela ouvir estas palavras no futuro já estará habituada. Quando a criança perguntar de onde veio, os pais devem explicar que ela nasceu de um pai e de uma mãe que não puderam cuidar dela, e que esses são seus “pais de nascimento”.
Os pais precisam contar que são os “pais de criação” ou “pais de coração”. Eles devem sempre ser os primeiros a falar com os filhos sobre o assunto da adoção e tentar fazer isso de forma tranquila, segura e confiante, desde o momento que a criança chega a fazer parte da família.
Manter a adoção como segredo por toda vida é muito difícil e sofrido, especialmente para os pais. Além disso, existe sempre a possibilidade da criança ficar sabendo sem querer, por outras pessoas que não sejam os pais. Quando ela descobre dessa forma poderá surgir um sentimento de traição por achar que foi enganada, de tal modo que perca a confiança nos pais.
A opinião de terapeutas, psicólogos e especialistas no assunto é praticamente unânime: a criança tem o direito de conhecer a história de sua vida. O ideal é que o assunto seja tratado o mais cedo possível, de forma verdadeira e natural.