Qual a primeira coisa que vem à sua cabeça quando o assunto é bebê? Se você pensou mamadeira, acaba de comprovar a tese de que ela é uma companheira quase inseparável da infância. Quase.
A polêmica em torno do objeto não é nova. Recentemente, um livro publicado por uma designer reacendeu a discussão (Amamentação e o design da mamadeira – Por uma avaliação da produção industrial). Diversos estudos comprovam que o uso de bicos de borracha pode trazer inúmeros prejuízos à saúde. Em alguns casos, os efeitos negativos se arrastam até a fase adulta.
O primeiro grande problema da mamadeira é que ela pode levar à disfunção motora oral, ou à chamada confusão de bicos. O bebê que usa mamadeira fica com preguiça de pegar o peito, o que é uma das principais causas do desmame precoce.
Se o bebê não mama, a mãe para de produzir leite. Sem amamentação, a criança corre mais risco de ter infecções, alergias, desnutrição ou obesidade, caso ela passe a ser alimentada com leite em pó, normalmente, muito mais calórico que o materno. Inclusive a introdução do uso do copo, da colher, da papinha fica atrasada porque a criança vicia na mamadeira.
Do ponto de vista higiênico, a mamadeira também é imperfeita. Ela pode ser uma fonte de infecções, por isso é necessário higienizar muito bem o material antes e após o uso. Além disso, existe a discussão da influência do bico na formação da personalidade. O uso intenso do objeto na infância resultaria em um adulto com a fase oral do desenvolvimento não resolvida, mais propenso a fumar, beber e roer as unhas.
Por isso, é preciso ter muita atenção ao usar a mamadeira. Amamente seu filho no peito o máximo tempo possível. Além de criar um vinculo ainda maior com a criança, o leite materno é o alimento ideal para os bebês, já que ajudam no combate às doenças e também agem no crescimento de uma maneira mais natural.
As escolhas devem acontecer naturalmente e de acordo com o crescimento do seu filho.