Ao voltar às aulas, é natural que as crianças queiram comprar novos materiais escolares ou levar livrinhos ou brinquedos novos para mostrar para os seus coleguinhas. A atitude é natural, mas pode acabar comprometendo a saúde! Isso porque peso demais na mochila pode acabar comprometendo o desenvolvimento da coluna dos pequenos.
De acordo com o ortopedista Cristiano Rajão, “as mochilas pesadas submetem o esqueleto ainda em desenvolvimento a um esforço que ele não está preparado para suportar. Com isso, alterações posturais e degenerativas estão mais propensas a ocorrer mais precocemente”. Com o transporte inadequado e excesso de peso, alterações posturais no crescimento ósseo podem ocorrem, desenvolvendo doenças como escolioses, hiperlordoses, hérnias de disco, tendinite, dores no pescoço e ombros, entre outras.
O assunto é tão preocupante que um projeto de lei que define a quantidade de material que deve ser carregada na mochila escolar está sendo analisado pelo Senado brasileiro! E a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) tem uma recomendação oficial para isso: o peso transportado nas costas não deve ultrapassar 10% do peso corporal da criança ou adolescente. Ou seja, se seu filho pesa 30 kilos, a mochila não deve pesar mais de 3 kilos!
O ideal é que diariamente se cheque se os materiais que a criança leva são realmente essenciais para aula daquele dia e sempre eliminar os excessos. Além de cuidar do peso, levando apenas o necessário, é ideal que a mochila possua alças largas e acolchoadas e vários compartimentos, para que o peso se distribua melhor. Se ela possuir uma tira para apoio pela cintura, melhor ainda. E todas as tiras devem ser ajustadas de modo que a mochila fique mais próxima ao corpo, na altura da lombar. Rajão diz para observar sempre a postura da criança: “Se ela alterar a postura normal – ereta – para transportar a mochila, é sinônimo de que ela está muito pesada”.
As mochilas de rodinhas são uma boa opção, mas se a escola possuir muitas escadas, é melhor ficar com a mochila de carregar nas costas mesmo. E se a criança for para a escola caminhando, é melhor reduzir esse peso o máximo que possível.
Fontes: Blog “A Vida Como A Vida Quer” e Jornal “O Povo”
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