Enquanto o bebê ainda fica no colo, é fácil controlá-lo. Mas quando começa a dar os primeiros passinhos, as preocupações aumentam!
Pensando nisso, a Revista Crescer preparou uma matéria que ensina como lidar com essa fase tão importante na vida do seu pequeno. Compartilharemos com vocês os pontos mais importantes!
É impossível não se preocupar, mas a revista alerta que devemos ter cuidado com a superproterção. Devemos, sim, ficar sempre por perto para evitar acidentes, mas sem alardes. Por exemplo, se estiver vendo seu filho subindo no sofá e perceber que ele vai cair de uma altura que não oferece risco e em uma superfície macia, segure seu instinto maternal e deixe. E se ele cair, “Não grite ‘Ai, coitadinho, se machucou?’, pois, se ele vir o seu rosto apavorado, vai se assustar e entender que tudo ao redor é muito perigoso”, diz a psicóloga Lídia Weber. Isso porque esse tipo de reação pode deixar a criança insegura e dependente.
A criança precisa vivenciar algumas situações para ganhar autoconfiança, até mesmo porque você não vai estar disponível o tempo todo para protegê-la. Mas isso não quer dizer que você pode deixar o pequeno totalmente solto. É necessário que ele tenha supervisão o tempo todo. A pedagoga Andréa Oliveira afirma que “a criança deve explorar o meio com segurança, testar e descobrir limites para desenvolver recursos próprios de autoproteção. Se for superprotegida, perde oportunidades de amadurecer, o que pode afetar sua autonomia”.
Assim, a melhor forma de se precaver sem podar demais seu filho é conversar! Perto de 1 ano, a criança começa a compreender ordens simples e também entende quando alguém explica que algo é arriscado. Mas temos que entender que ela se esquece disso muito rápido, e não adianta brigar: o que funciona é repetir os conselhos muitas e muitas vezes. E jamais acredite que segurança se aprende na prática. “É absurdo dizer que a criança tem que se queimar para saber que o fogo faz mal”, diz Renata.
Para ajudar você a ensinar o que é ou não arriscado, a revista listou as principais situações de perigo dentro e fora de casa e o que você pode fazer para proteger seu filho (mas sem pânico!):
Em casa
Zona de perigo: janelas e sacadas.
A criança pode escalá-las e cair.
Como prevenir: coloque grades e/ou redes específicas nesses locais. Também não deixe móveis (como sofás, cadeiras ou mesas) perto deles.
Infelizmente, todo cuidado é pouco!
Zona de perigo: escadas.
Basta um passo em falso para a criança escorregar e se machucar nos degraus.
Como prevenir: instale um portão ou grade de segurança na parte de cima e de baixo da escada, até ela completar no mínimo 6 anos. Vale também segurar a mão da criança e ensiná-la a subir e a descer se apoiando no corrimão ou sentando em cada degrau, por exemplo.
É neura: Só subir e descer com a criança no colo.
Zona de perigo: armários com produtos de limpeza ou medicamentos.
Seu filho pode engolir alguma substância e se intoxicar com ela.
Como prevenir: guarde esses itens em armários altos e trancados. E nunca coloque um produto de limpeza em garrafa de refrigerante ou suco, pois isso pode confundir ou, pior, atrair as crianças.
Todo cuidado é pouco!
Zona de perigo: tomadas e quinas.
Quando começar a dar os primeiros passos, seu filho vai explorar a casa ou se desequilibrar – nessa hora, você não vai querer uma quina ou tomada por perto.
Como prevenir: você pode até tampá-las com dispositivos específicos, que são encontrados em lojas para bebês. Mas também tem de explicar que ele não pode colocar a mão na tomada e que a quina machuca, porque nem todas as casas vão ter esses acessórios de segurança.
É neura: proteger absolutamente TODAS as quinas da sua casa (ou da dos avós!), até as de móveis altos ou de cômodos que seu filho não frequenta.
Zona de perigo: cozinha.
Os riscos são queimaduras, acidentes com eletrodomésticos (se a criança puxar um fio solto, por exemplo) e cortes com talheres.
Como prevenir: jamais cozinhe com ela no colo e mantenha as panelas nas bocas traseiras do fogão, com os cabos virados para dentro. Guarde facas e objetos cortantes em gavetas mais altas.
É neura: Trancar a porta.
Fora de casa
Zona de perigo: rua e estacionamento.
Seu filho não sabe que um carro é perigoso – e pode se posicionar no ponto cego do motorista, o que facilita os atropelamentos.
Como prevenir: ensine a criança que andar de mãos dadas com os adultos é obrigatório fora de casa até os 6 anos. Segure-a com firmeza, pois ela pode correr em disparada a qualquer hora.
É neura: Colocar a criança no carrinho sempre que vocês saem de casa.
Zona de perigo: elevador.
A lei é clara: menores de 10 anos não devem andar desacompanhados no elevador. Isso porque eles podem prender algum membro do corpo nas portas – e não conseguirão tirá-lo sem ajuda.
Como prevenir: explique, desde cedo, que o elevador pode pifar e parar a qualquer momento. Se isso acontecer e seu filho estiver só, não vai alcançar o botão de emergência. Ele deve saber, ainda, que é perigoso colocar a mão na porta.
É neura: Usar seu corpo para prender a criança entre você e o espelho do elevador.
Zona de perigo: escada rolante.
O pé da criança pode ficar preso se ela pisar na linha amarela – principalmente se estiver com chinelos e calçados frouxos.
Como prevenir: até os 2 anos, transporte-a no colo. Depois disso, oriente-a a não pisar na faixa amarela e a dar as mãos para os adultos. Aos 6 anos ela estará liberada para fazer isso sozinha.
É neura: Só usar a escada fixa ou o elevador.
Zona de perigo: parquinho.
Apesar de ser um ambiente (teoricamente) pensado para crianças, elas podem cair de brinquedos ou sofrer acidentes na área do balanço.
Como prevenir: escolha lugares com pisos que absorvam impactos (como os de grama, areia ou emborrachados). A área do balanço não pode ser corredor de passagem.
É neura: Tirar a criança do playground só porque viu um único parafuso à mostra.
Zona de perigo: multidão.
Em locais com grandes aglomerações, a criança pode se distrair e se perder dos pais.
Como prevenir: coloque roupas de cores chamativas nela e andem de mãos dadas. Em grandes eventos, escreva os dados dos pais em um papel e deixe-o no bolso dele. Em áreas mais vazias, permita que a criança ande sozinha – mas sem tirar os olhos dela. Isso vai ajudá-la a se sentir segura.
É neura: Usar coleiras especiais para crianças.
Zona de perigo: piscina.
Afogamentos são a segunda causa de morte e a oitava de internação entre os acidentes na faixa etária de 1 a 14 anos, segundo o Ministério da Saúde.
Como prevenir: alarmes e capas garantem proteção extra, mas devem ser usados em conjunto com as cercas e a supervisão dos adultos. Seu filho quer brincar perto da piscina? Coloque o colete salva-vidas nele.
É neura: Só deixar a criança entrar na água depois que aprender a nadar.
Cair é normal!
Quando começar a andar, seu filho vai cair diversas vezes. Afinal, ainda está aprendendo a se equilibrar. Então, respire: normalmente, as quedas não são graves. Se acontecerem, acalme-o com abraços e beijinhos – muitas vezes, só isso já basta! Se a criança tiver batido a cabeça, observe-a por 18 horas. Repare se houve algum afundamento ou galo muito grande e se ela está diferente (pálida, sonolenta, chorosa ou com a fala enrolada). Se não tiver nenhum desses sintomas, ela pode dormir, sim.