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Higiene: quando o excesso não faz bem

Todos sabemos da necessidade da higiene – seja pessoal ou do ambiente em que vivemos. Mas quando os cuidados com a limpeza são excessivos, a saúde das crianças pode sair prejudicada. Essa informação, dada pelo site Guia Bebê, soa muito estranha, mas foi apontada por um estudo americano publicado pela revista online Nature Medicine.

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia (EUA) descobriram que uma bactéria na pele humana ajuda a impedir que a inflamação de um ferimento seja muito grande. O detalhe é que essa bactéria é eliminada por produtos de limpeza, como sabonetes, sabão e desinfetante. Por isso, o excesso de limpeza pode acabar com essas bactérias na pele das crianças. Assim, um simples ferimento pode inflamar mais do que se essas bactérias tivessem atuado.

Mas isso não é motivo para deixar as crianças sujas, sem cuidados. Banho diário é fundamental e necessário, mas não há motivo para dar vários banhos no mesmo dia e nem usar esponja em todos eles. Richard Gallo, da equipe da pesquisa, comenta que os estafilococos (as tais bactérias) podem causar infecções se entrarem no organismo das pessoas. Mas, se elas ficarem na pele, serão benéficas em caso de ferimentos leves.

O tal estudo reforça a teoria da higiene, que é defendida por muitos pais – que acreditam que o contato com germes na primeira infância ajuda as crianças a fortalecerem o corpo contra alergias. Não há muitos estudos feitos nessa área, mas os realizados apontam que o contato com germes ajuda a saúde do organismo.

Por isso, não se estressem quando os pequenos estiverem engatinhando fora do tapetinho, colocando a mão suja na boca ou mexendo onde não devem. Tenham cuidados básicos e mantenham a criança limpa – mas não muito e nem necessariamente o tempo todo!

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