Você engravidou, curtiu esse momento, teve seu bebê e tirou a licença-maternidade. Agora, é hora de retomar a rotina e voltar ao trabalho. Aí começam as dúvidas: seria melhor fazer uma pausa na carreira e trabalhar em casa? E se essa experiência for um desastre? Mas, ela também pode ser um sucesso, não?
Muitas mulheres optaram pelo que se chama “work at home moms” (mães que trabalham em casa), tendência em alta na Inglaterra, Japão, Canadá e Estados Unidos e quem vem ganhando corpo no Brasil. Mas, se você está na dúvida, não se jogue em uma ou outra decisão. Reflita sobre os pontos abaixo e veja o que será melhor para sua família mas, especialmente, para você – que além de mãe, é mulher e profissional!
O orçamento familiar
Se o seu salário é indispensável na hora de pagar as contas, não é tão simples correr o risco de iniciar um novo projeto. Quem tem um parceiro com salário fixo pode encontrar mais facilidade em “ser mãe em tempo integral”, mesmo abrindo mão de algumas comodidades. Converse com seu marido sobre o que será melhor, financeiramente falando, e sobre como a situação pode ser conduzida.
O que pode ser negociado
Se você optou por dedicar-se mais à maternidade, converse com seus chefes antes de pedir demissão. Tente negociar uma licença maior, ainda que sem remuneração – pelo menos o vínculo empregatício ficará garantido. Você também pode propor trabalhar meio período ou ir à empresa uma ou duas vezes por semana e, nos outros dias, cumprir as tarefas profissionais em casa. Quanto mais especializada for a função e mais alto o cargo, maior a chance de encontrar uma alternativa para ficar com o bebê sem sair da empresa.
Enquanto pensa sobre o que fazer, responda sinceramente: “Qual é a minha relação com o trabalho?” Se gosta do que faz e considera o trabalho tão importante para o desenvolvimento pessoal quanto a realização como mãe, foque na conciliação dos papeis. Mas se você já não curtia muito o trabalho antes da licença-maternidade, aproveite o período para se reinventar.
O tempo do afastamento
Caso resolva parar e saia da empresa, lembre-se que, em algumas áreas, ficar mais de um ano fora do mercado pode diminuir a chance de recolocação. A pressão é menor para quem trabalha em áreas de suporte, como administração ou marketing, que não exigem um relacionamento tão contínuo com o cliente.
Para não ficar para trás
Estar em casa não significa parar com a vida profissional. Você pode cuidar do bebê e se manter atualizada, especialmente a partir do segundo mês, quando a rotina se estabiliza e os horários ficam mais estipulados. Você pode começar reservando meia hora pela manhã e meia hora à tarde (e depois vai aumentando o tempo, conforme for possível) para pesquisar sobre temas de sua área e se manter atualizada. Uma dica é aproveitar a pausa para iniciar uma especialização ou um curso de idiomas, que exigem menor tempo de dedicação. Cursos de extensão também podem ser incluídos nessa nova rotina. O importante é deixar o currículo em movimento mesmo enquanto você se dedica ao bebê e ao lar!