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Falando a verdade para as crianças

Muitas vezes, na intenção de tranquilizar as crianças, acabamos falando para elas coisas que não são verdade. Por mais que seja com boa intenção, é uma ilusão querer protegê-las de todas dores e dificuldades da vida.

 

O exemplo que melhor ilustra isso é a hora de fazer vacinas ou coletar sangue. O impulso dos pais e até enfermeiros é dizer à criança que não vai doer, que será só uma picadinha, quando sabemos que não é bem assim. Nesse caso, ao invés da ‘mentirinha’, os pais poderiam falar a verdade para a criança, dizendo que sim, vai doer um pouquinho, que pode ser incômodo, mas que é necessário, e logo passa. É importante, numa situação assim, mostrar-se presente para dar apoio e segurança à criança.

 

A dor da vacina é apenas uma das muitas dores da vida das quais os pais tentam proteger os filhos. Porém, melhor do que a ilusão de que não sentirão dor, é eles aprenderem a lidar com ela. Quanto mais cedo os pequenos entenderem que nem tudo na vida é bom, ou fácil ou possui uma “solução mágica”, melhor eles saberão lidar com as dificuldades e frustrações no futuro.

 

É importante deixar a criança falar sobre seus medos e dores de forma aberta e franca. Mais do que dar respostas, a função dos pais nessa hora é ouvir e dar suporte, seja contando alguma história sua similar, seja reconfortando a criança de que aquilo que ela está sentindo é normal e vai passar.

 

Além de preparar melhor as crianças para a vida, isto ajuda a construir uma relação de cumplicidade entre pais e filhos.

 

 

 

Fonte: Revista Donna

Quando contar a verdade sobre a adoção para o seu filho

Adotar uma criança é um ato de amor e uma atitude que envolve muita responsabilidade. A decisão, quando bem orientada e planejada, traz alegria para pais que não podem ter seus próprios filhos biológicos e para a criança que precisa de uma família. Mas passada essa fase que antecede a adoção, na qual o casal lida com suas dúvidas, incertezas, mitos e preconceitos, logo se deparam com uma difícil questão: quando a criança deverá saber que é adotada?

A primeira dica é: o quanto antes melhor. Mesmo que a criança aparentemente não compreenda o significado das palavras é importante ela estar familiarizada com termos como “adoção”, “adotado” e “adotivo. Assim quando ela ouvir estas palavras no futuro já estará habituada. Quando a criança perguntar de onde veio, os pais devem explicar que ela nasceu de um pai e de uma mãe que não puderam cuidar dela, e que esses são seus “pais de nascimento”.

Mother with adoptive daughter

Os pais precisam contar que são os “pais de criação” ou “pais de coração”. Eles devem sempre ser os primeiros a falar com os filhos sobre o assunto da adoção e tentar fazer isso de forma tranquila, segura e confiante, desde o momento que a criança chega a fazer parte da família.

Manter a adoção como segredo por toda vida é muito difícil e sofrido, especialmente para os pais. Além disso, existe sempre a possibilidade da criança ficar sabendo sem querer, por outras pessoas que não sejam os pais. Quando ela descobre dessa forma poderá surgir um sentimento de traição por achar que foi enganada, de tal modo que perca a confiança nos pais.

A opinião de terapeutas, psicólogos e especialistas no assunto é praticamente unânime: a criança tem o direito de conhecer a história de sua vida. O ideal é que o assunto seja tratado o mais cedo possível, de forma verdadeira e natural.