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Falando a verdade para as crianças

Muitas vezes, na intenção de tranquilizar as crianças, acabamos falando para elas coisas que não são verdade. Por mais que seja com boa intenção, é uma ilusão querer protegê-las de todas dores e dificuldades da vida.

 

O exemplo que melhor ilustra isso é a hora de fazer vacinas ou coletar sangue. O impulso dos pais e até enfermeiros é dizer à criança que não vai doer, que será só uma picadinha, quando sabemos que não é bem assim. Nesse caso, ao invés da ‘mentirinha’, os pais poderiam falar a verdade para a criança, dizendo que sim, vai doer um pouquinho, que pode ser incômodo, mas que é necessário, e logo passa. É importante, numa situação assim, mostrar-se presente para dar apoio e segurança à criança.

 

A dor da vacina é apenas uma das muitas dores da vida das quais os pais tentam proteger os filhos. Porém, melhor do que a ilusão de que não sentirão dor, é eles aprenderem a lidar com ela. Quanto mais cedo os pequenos entenderem que nem tudo na vida é bom, ou fácil ou possui uma “solução mágica”, melhor eles saberão lidar com as dificuldades e frustrações no futuro.

 

É importante deixar a criança falar sobre seus medos e dores de forma aberta e franca. Mais do que dar respostas, a função dos pais nessa hora é ouvir e dar suporte, seja contando alguma história sua similar, seja reconfortando a criança de que aquilo que ela está sentindo é normal e vai passar.

 

Além de preparar melhor as crianças para a vida, isto ajuda a construir uma relação de cumplicidade entre pais e filhos.

 

 

 

Fonte: Revista Donna

Perdas de animais de estimação

Os nossos melhores amigos, um dia, também se vão. Por mais difícil que possa ser, a aceitação de uma perda precoce tende a ser mais facilmente superada na fase adulta. Na infância, talvez não tanto. Exemplo comum: a perda de um animal de estimação. Tanto para pais quanto para filhos, isso pode se transformar em um longo período de tristeza. No entanto, embora nada agradável, esse tipo de situação, pode ajudar os pais, durante a infância dos filhos, a ensiná-los a conviver melhor com momentos como este.

Não minta, não omita, não invente historinhas que depois irão se desdobrar em verdades e, assim, irão decepcionar a criança. Se o bichinho morreu, conte o que de fato aconteceu, primeiramente introduzindo e depois deixando com que o pequeno instigue a sua imaginação a fim de saber e, desta forma, questionar a respeito, até descobrir por si só.

Outro ponto bastante interessante que deve ser levado em conta é o fato de você não ter a mínima necessidade de tentar esconder a sua própria tristeza (na frente das crianças). Demonstrar que você também está triste e sente a perda do animalzinho passa a sensação de que é natural sofrer com o falecimento de algo que todos gostavam muito. Isso acaba se tornando confortável para o pequeno, pois ele saberá que não está sofrendo sozinho.

Um álbum com fotografias e uma série de conversas com bons momentos, relembrando o animal, podem ser bastante importantes. As boas recordações duram para sempre e podem amenizar a dor, fazendo com que a criança se empolgue novamente. Tudo depende da idade e da relação que o seu filho tinha com o animalzinho. Mas, com o tempo, os diálogos podem chegar ao ponto em que você sugira à família ter um novo animal de estimação. E a criança gostar disso será uma felicidade e tanto! Tanto para ela quanto para toda a família!