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Saiba mais sobre o sarampo e como se prevenir

Na semana do dia 26 de agosto de 2019, foi registrado o primeiro caso de óbito por sarampo, em mais de 20 anos, na Grande São Paulo. O problema tem se intensificado e é importantíssimo entender melhor a doença e como podemos nos prevenir dela.

De acordo com o balanço da Secretaria da Saúde divulgado na semana passada, o estado de SP tem 2.457 casos da doença, sendo 66% na capital paulista, o que equivale a 1.637 pessoas contaminadas pela doença.

Mas o que faz essa doença ser tão preocupante? Precisamos primeiro entender o que é o sarampo.

O que é o sarampo?

Sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode ser fatal. Sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. A única maneira de evitar o sarampo é pela vacina.

Os sintomas do sarampo

Entre os primeiros sintomas da doença, estão: febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido, mal-estar intenso.

Em torno de 3 a 5 dias, podem aparecer outros sinais e sintomas, como manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que, em seguida, se espalham pelo corpo. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade.

Como prevenir o sarampo?

O sarampo é uma doença prevenível por vacinação. Os critérios de indicação da vacina são revisados periodicamente pelo Ministério da Saúde e levam em conta: características clínicas da doença, idade, ter adoecido por sarampo durante a vida, ocorrência de surtos, além de outros aspectos epidemiológicos.

Para mais informações sobre o sarampo e como previni-lo, acesse o site do Ministério da Saúde:

http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/sarampo

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Créditos da imagem: bilanol/Freepik

Fontes: Ministério da Saúde e G1

Vacinação infantil: saiba a opinião de especialistas

No final de maio de 2016, os casos de sarampo, nos Estados Unidos, atingiam o maior número já registrado em 20 anos. O por que disso? Devido a um número cada vez maior de pais que decidem não vacinar os seus filhos. O quadro é parecido também na Europa. Só em 2011, foram mais de 25 mil casos da doença, em decorrência das crianças não terem sido vacinadas.

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Segundo Jarbas Barbosa da Silva Jr., médico epidemiologista com doutorado em saúde coletiva e secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, “no caminho inverso a todas as evidências científicas, que demonstram a enorme importância das vacinas, há grupos que assumem essa posição contrária com base em boatos, teorias de conspiração e práticas filosóficas e religiosas. Infelizmente, alguns profissionais de saúde compartilham dessas crendices e orientam, de maneira equivocada, as famílias a não vacinarem seus filhos. No entanto, todo o conhecimento científico acumulado confirma que o risco de a pessoa desenvolver uma complicação séria em decorrência da vacina é bem menor do que o de contrair a doença que ela previne”.

 

Conforme Jarbas, ao optar por não vacinar os seus filhos, as famílias colocam em risco, além de seus filhos, também aqueles que têm contato com eles. Ele ainda salienta que, caso o calendário de vacinação adequado não for mantido, pode ocorrer o crescimento da incidência de doenças que trarão danos incalculáveis à saúde da população.

Pouco ou nenhum efeito colateral

Já Norman Baylor, ex-diretor do Departamento de Pesquisa em Vacinas da Food and Drug Admistration (FDA), entre 2005 e 2011, e atualmente presidente do Biologics Consulting Group, salienta que a vacinação é acessível e uma forma segura de proteger comunidades inteiras de doenças. Conforme ele destaca, “… as vacinas são desenvolvidas de acordo com os mais altos padrões de segurança e estão sujeitas a uma intensa fiscalização por parte das autoridades reguladoras e oficiais de saúde pública. Hoje, elas têm um excelente histórico de segurança, e a maior parte do medo em relação a elas tem se mostrado infundada. Preocupações equivocadas em alguns países têm levado àdiminuição da cobertura vacinal, causando o ressurgimento de algumas doenças infecciosas, como sarampo e coqueluche. Infelizmente, crianças que não foram imunizadas ainda morrem de enfermidades que podem ser prevenidas”.

 

Mesmo que (em suas palavras) nenhuma vacina previna 100% das doenças ou seja 100% segura em todos os indivíduos, Norman esclarece que milhões de doses são dadas em todo o mundo e, a esmagadora maioria, apresenta pouco ou nenhum efeito clateral: “reações vacinais graves são extremamente raras, mas, claro, podem ocorrer. Dito isso, os pais devem saber que o risco de ser prejudicado por uma vacina é muito menor do que o risco de ter uma doença grave e do que o risco de morte decorrente dela. A vacinação é um passo importante para que as crianças tenham um começo de vida saudável.”

 

Fonte: https://claudia.abril.com.br/sua-vida/especialistas-debatem-sobre-a-importancia-da-vacinacao-infantil/