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Até que ponto “proteger” os filhos faz bem?

Um dos maiores dramas das mães é saber até que ponto proteger os filhos é bom e onde isso começa a ser exagero. Essa é realmente uma linha tênue…

Quase todos nós sabemos que superproteger os filhos pode torná-los pouco independentes, mas você sabia que não é só isso? Novas pesquisas apontam que um excesso de proteção também pode deixar as crianças ansiosas.

De acordo com a Revista Crescer, pesquisadores analisaram o comportamento de 200 crianças com idades entre 3 e 4 anos, e também o das suas mães. Questões como a liberdade dada em situações cotidianas, como escolha das roupas e dos amiguinhos, foram analisadas. Cinco anos depois, todos voltaram a ser analisados.

A conclusão a que os cientistas chegaram é de que os filhos de mães superprotetoras se tornavam mais ansiosos do que as outras crianças. A terapeuta Vivien Bonazer Ponzoni disse à Crescer que “a insegurança da mãe em relação ao futuro do filho e aos perigos inerentes à vida gera (…) ansiedade na criança”.

A Revista diz que logicamente é normal as mães sentirem insegurança e terem preocupações em relação aos seus filhos e aos perigos do dia-a-dia, mas que isso “se torna um problema quando os (…) medos passam a interferir diretamente na vida da criança. Se deixá-lo brincar no parquinho do prédio ou ir à festa de um amigo, por exemplo, é um problema” para a mãe, é recomendado que se procure ajuda, para evitar prejudicar o amadurecimento dos filhos.

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Quer saber que tipo de liberdade você deve dar a cada etapa da vida da criança? Dá só uma olhada nessas dicas, publicadas no site da Revista:

* Até 3 anos: Se ele não quiser emprestar os brinquedos a um amigo, converse com seu filho, mas não entregue o brinquedo para a outra a criança. Ele precisa tomar a iniciativa de oferecê-lo e, assim, aprender desde cedo a negociar. A ideia pode ser aplicada em várias situações.

* 4 a 5 anos: Ele guarda os brinquedos, escolhe as roupas, escova os dentes, toma banho sozinho – mas você precisa checar se tudo ficou bem limpinho. Ele ainda pode ajudar você em pequenas tarefas domésticas, mas não vale fazer por ele.

* A partir de 6 anos: Ele já pode separar o material escolar e arrumar a mochila. Você só supervisiona, ok?

Quer conferir a matéria completa? Clique aqui.

E mais: confira nos próximos dois posts algumas ideias para tornar os seus pequenos mais independentes!

A forma que você elogia as crianças pode influenciar no seu desenvolvimento

Quem não morre de orgulho ao ver um filho, sobrinho ou afilhado indo bem na escola, nos esportes ou até apresentando uma facilidade incrível para montar um quebra-cabeça? Nessas horas, a nossa reação automática é nos rasgar de elogios! Mas será que essa postura é boa para o desenvolvimento dos pequenos?

Pesquisas atuais mostram que elogios podem, sim, ser engrandecedores. Mas apenas se forem feitos da forma correta!

O site UpdateOrDie conta uma historinha para começarmos a entender a história…

Gabriel é um menino esperto. Cresceu ouvindo isso. Andou, leu e escreveu cedo. Vai bem nos esportes. É popular na escola e as provas confirmam, numericamente e por escrito, sua capacidade.

“Esse menino é inteligente demais”, repetem orgulhosos os pais, parentes e professores. “Tudo é fácil pra esse malandrinho”.

Porém, ao contrário do que poderíamos esperar, essa consciência da própria inteligência não tem ajudado muito o Gabriel nas lições de casa.

“Ah, eu não sou bom para soletrar, vou fazer o próximo exercício”.

Rapidamente Gabriel está aprendendo a dividir o mundo em coisas em que ele é bom, e coisas em que ele não é bom.

O site afirma que a estratégia, inconsciente, faz parte do comportamento humano: buscamos prazer e tentamos evitar a dor. Assim, evitamos as tarefas em que não obtemos tanto sucesso e concentramos todas as nossas forças naquelas que já dominamos. Mas, infelizmente, tanto na vida quanto nas lições de casa, precisamos realizar todas as tarefas, não só as que dominamos bem. E quando nos vemos obrigados a realizar tarefas em que toda essa genialidade não se manifesta, nossa auto-estima colapsa. Em suma, como afirma o UpdateOrDie, “acreditar cegamente na inteligência a prova de balas” provoca “um efeito colateral inesperado”: uma desconfiança quanto as reais habilidades.

De uma forma inconsciente, a criança se assusta com a possibilidade de “ser uma fraude” e para se proteger dessa ideia, o cérebro cria “uma medida evasiva de emergência”: abraça o rótulo de sucesso, “subestima a importância do esforço e superestima a necessidade de ajuda dos pais”. Isso porque, inconscientemente, a imagem da super criança, que tem facilidade em tudo e uma inteligência excepcional precisa ser mantida.

O site afirma que esses casos se prodígios que tornam-se vítimas de suas próprias habilidades de infância e dos bem-intencionados elogios dos adultos são mais comuns do que pensamos. Ao longo da última década, inclusive, inúmeros assuntos foram realizados a respeito do assunto.

Um estudo norte-americano realizado por uma Ph.D. em Psicologia do Desenvolvimento testou mais de 400 crianças após a montagem de um quebra-cabeças relativamente fácil. Alguns eram elogiados por sua inteligência (“você foi bem esperto, hein?”) e outros, pelo seu esforço (“puxa, você se empenhou para valer, hein?”). Em uma etapa seguinte, mais complexa, eles podiam escolher entre um novo desafio, semelhante ou diferente. A maior parte dos que haviam sido elogiados pela sua inteligência escolheram o desafio semelhante. Já os elogiados pelo esforço escolheram o desafio diferente.

Esse diagrama sintetiza o que acontece, ao longo da vida:

Ou seja: na hora que seus pequenos forem bem na escola, lembre-se de elogiá-los pelo seu empenho e esforço e não pela sua inteligência!