“Pai, aquele ali é o meu namoradinho!” “Mãe, eu tenho uma namoradinha!” Quem não fica com o pé atrás esperando a hora que as crianças vão começar a manifestar esse tipo de “relacionamento” com alguém da escola? Todo mundo, claro! Mas por que usamos aspas no “relacionamento”? Porque, segundo a psicóloga Tereza Vecina, essa história é mais uma fantasia, assim como brincar de casinha ou de boneca. Ou melhor, é assim que a psicóloga orienta os pais a encararem as falas. Afinal, manter relacionamentos é coisa de adulto!
As crianças têm mais (ou menos) afinidade com alguns colegas de escola e, quando acontece de gostarem mais de uma pessoa, elas manifestam esse sentimento dizendo que namoram o amiguinho ou a amiguinha, mesmo que não haja qualquer conotação além da de ser o amigo mais legal. Muitas vezes, segundo Tereza Vecina, elas escolhem alguém que se destaca na turma – mais popular – mas, na maioria das vezes, o “namoro” é unilateral, ou seja, só a sua criança sabe.
Deixa quieto
Ok, você sabe que é brincadeira, que é fantasia… Mas e você estimula essa brincadeira? A psicóloga recomenda que não estimular esse tipo de comentário. “A família não deve ignorar nem proibir, pois a fantasia é saudável para o desenvolvimento da criança. Mas os exageros podem levar a uma erotização precoce”, afirma. Apenas deixe a criança falar, sem maiores estímulos.
Cada coisa na sua hora
Sempre lembre que crianças não são adultos em miniatura. Os pais têm de deixar claro que só adultos namoram de verdade. Tudo tem sua hora. E as crianças precisam entender isso”, resume a psicóloga. Ou seja, pode ser fofo ver as duas crianças trocando juras de amor, mas não é, pois estimula um comportamento precoce.
Fonte: Revista Crescer