É muito comum pais e mães ouvirem do filho que não foi ele que quebrou o brinquedo, que não tinha lição de casa ou que não bateu no irmão menor. A mentira faz parte do universo infantil. Até por volta dos cinco anos, a falta da verdade mistura-se, muitas vezes, à fantasia. É o caso de inventar, por exemplo, que se tem um amigo imaginário. Nestes casos, a criança não está querendo enganar o outro com suas histórias, já que não intencionalidade da mentira.
Mesmo que a mentira esteja relacionada com a fantasia nos primeiros anos da criança é preciso que os pais combatam esta prática desde cedo. O diálogo é mesmo a melhor opção para lidar com as mentiras da infância. Explicar que uma determinada atitude não é correta e mostrar as consequências que a falta da verdade pode acarretar é a postura que deve ser adotada pelos pais, seja qual for a idade da criança.
Para evitar problemas maiores, veja três lições indicadas por especialistas para lidar com as mentiras que as crianças contam.
1. Evite punições severas
Se a criança seguir mentindo após os seis anos de idade, o problema precisa ser observado com cautela. Nesta idade, a criança já consegue ter pensamentos mais elaborados e também já formula desculpas mais bem construídas. A mentira mais comum é a do tipo protetora, ou seja, aquela que a criança conta para evitar ser punida ou por medo de desagradar. Neste caso, os adultos devem controlar a irritabilidade e simplesmente pedir que a criança tome mais cuidado da próxima vez. Não é preciso brigar, se exaltar, dar respostas abruptas nem castigos severos. Se você punir o seu filho nestes casos ele vai entender a mensagem de que tem de elaborar melhor a mentira da próxima vez, e não a de que não pode mentir.
2. Explique as consequências
Ao constatar a mentira do filho, o ideal é dialogar, explicar porque é errado mentir. Mas nada de longos sermões. Repreenda a criança e mostre que a mentira pode ser perigosa ou prejudicar outras pessoas. É em casa que a criança deve aprender que mentir não é legal para que não siga com esta prática na adolescência e na idade adulta.
3. Dê você mesmo o exemplo
Sabe aquela mentirinha social, quando você não quer atender a um vendedor ao telefone e manda dizer que não está ou sai atrasado de casa e coloca a culpa no trânsito? Apesar de parecerem inofensivas estas mentiras servem de (mau) exemplo para as crianças. Mas se mesmo com atitudes verdadeiras perante os filhos a mentira permanecer, evite colocá-los em choque. Observe de perto, oriente e fique atento aos sinais.