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Como lidar com a birra dos pequenos

De acordo com a pedagoga Maria Angela Barbato Carneiro, em entrevista à revista Ana Maria, os pequenos cada vez mais parecem ter a necessidade de chamar a atenção dos pais. Entre as birras mais comuns dos pequenos estão os escândalos em público, a negação a comer e os palavrões. Angela ensina a evita-los:

Fazer escândalo em público

Quando os pequenos começam a berrar, espernear e até mesmo se arrastar no chão ou bater a cabeça, o melhor a ser feito é ignorar. A situação deve voltar a se repetir talvez uma, duas ou meia dúzia de vezes. Mas logo a criança vai ser dar conta de que essa atitude não leva a nada. Quanto mais se der atenção a atitudes ruins, mais será reforçada essa situação.

Ficar sem comer

As crianças rejeitam a comida porque sabem que isso chama a atenção dos pais. Essa percepção vem do fato de que os adultos costumam comemorar e parabenizar quando a criança come tudo. Mas a pedagoga alerta que se deve dar mais atenção ao caráter nutricional do que ao emocional: a criança deve comer porque isso vai fazê-la crescer forte, e não porque a mamãe vai ficar feliz. E fique tranquila: se a fome apertar, a criança vai comer!

Falar palavrão

A regra aqui é a mesma do primeiro caso: ignorar. Se você já explicou que isso é feio, já colocou a criança de castigo e nada disso adiantou, fazer de conta que não ouviu é a solução. Da mesma forma que no caso anterior, ele logo verá que isso não levará a nada.

Conversa para combater egocentrismo infantil

Manha, birra, necessidade de chamar a atenção desgovernadamente, choro, lamento, gritaria e um pouco de drama. Eis aí alguns ingredientes que podem ser facilmente encontrados na receita das crianças egocêntricas. Como resolver e lidar com isso? Educando-as. Até parece fácil falar, mas a melhor dica é de fato educar os pequenos com a imposição de limites e regras.

É aquela velha história de colocar em prática as convenções sociais, alertando as crianças quanto à importância que há em respeitar os amigos e os familiares, e também que não podem fazer tudo o que e quando querem. Apresentar-lhes os conceitos de solidariedade – e reforçar que isso é algo que deixa tanto aos pais quanto aos beneficiados contentes – é outra grande pedida. Assim, ela saberá identificar que, do contrário, os pais e outras pessoas ficarão tristes e chateados.

Freud classificou como normal o egocentrismo encontrado no comportamento da criança até os três anos de idade. A partir daí, o interessante é que os pais se atentem para observar e concluir se as atitudes egocêntricas não fazem parte de um traço de personalidade do pequeno.

A linha tênue entre narcisismo e autoestima tende a ser bastante complicada de identificar. Os pais não podem rebaixar os seus filhos ao mesmo tempo em que não podem elevar demais sua autoconfiança. Educação é uma tarefa árdua, e tomar as devidas precauções e cuidados na hora de conversar é muito importante. Erros e acertos, no fim das contas, acontecem.