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Longe, mas perto através da tecnologia

Não adianta, sabemos que em algum momento, mais cedo ou mais tarde, teremos que deixar nossos pequenos sozinhos. Seja para ir trabalhar, fazer compras, viajar, enfim, os pais precisam se preparar para viver esses instantes longe da criança. E claro, que ela também precisa estar segura para ficar com a babá, na casa dos avós ou na escolinha.

Mas existem várias formas de você manter-se conectada com o seu filhote. Nos dias de hoje, a tecnologia é amiga dos pais que precisam trabalhar e opções não faltam para você ficar sempre ligada no que seu pequeno está fazendo.

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Alô, mamãe? – Programe um momento onde seu filho possa ligar para você. Ele pode querer contar algum episódio da escola ou mesmo só para bater um papo.

Bilhetinhos – Se o seu filho já sabe ler, deixe bilhetinhos carinhosos na lancheira ou na mochila dele.

Marque um horário para o almoço – Quando possível marque um almoço com o seu filho e escolha um lugar que combine com vocês. A mudança na rotina será boa para os dois!

Mande uma mensagem – Se seu filho tem celular, mande para ele uma mensagem de texto quando ele menos esperar.

Faça um mapa – Se seu filho ainda for pequeno, desenhe um mapa bem colorido explicando para ele onde fica seu escritório e onde fica sua casa.

Traga um presente – Se você esteve fora por um tempo, numa viagem de negócios ou num evento, traga algumas lembrancinhas para seu filho. Não precisa ser nada extravagante, mas que tenha algum significado para você e para ele.

A melhor mãe do mundo

No dia 5 de junho, o caderno Equilíbrio da Folha de Sâo Paulo publicou uma super entrevista feita por Déborah de Paula Souza com o psicanalista Leopoldo Fulgêncio sobre a função materna atual, baseando-se na teoria de Donald Winnicott – psicanalista inglês que criou o conceito de “mãe suficientemente boa”.

Vamos compartilhar, hoje, os melhores trechos da entrevista, que destaca ensinamentos como a melhor forma de criar filhos saudáveis em um mundo em que a tecnologia substitui o contato humano e as famílias têm novas configurações, com separações e recasamentos.

A mãe suficientemente boa é…

“… aquela que, ao suprir as necessidades do filho, cria a possibilidade de ele ter fé na vida, nas pessoas. A função materna sempre foi cuidar. A matriz do amor é o cuidado, não ficar dizendo que ama e dando explicações sobre como as coisas devem ser.”

Medo de errar

“É melhor uma mãe que erre porque está empenhada em descobrir o seu jeito de fazer as coisas do que uma que acerte por causa de um manual. […] O melhor jeito de saber como agir não é com uma cartilha. A mãe deve ser incentivada a ficar em contato com seus filhos e a agir de acordo com seus próprios sentimentos.”

A tecnologia e as relações familiares

“O problema é a medida: quando a tecnologia se sobrepõe, ela mata as relações. Os pais podem usar recursos tecnológicos [como mensagem de celular] para falar com seus filhos, mas isso não substitui a presença.”

Os desafios das novas famílias

“Casais héteros ou homossexuais têm que lidar com as próprias ambiguidades para não passar os seus dilemas para os filhos. Seja qual for o problema a enfrentar, fingir que ele não existe não é a solução. Recomendo sempre a comunicação verdadeira.”

A presença e os jovens

“É preciso manter-se disponível para uma fase de intensas negociações -se vai ou não vai, a que horas sai, com quem etc. -, suportar brigas decorrentes disso e mostrar que, apesar delas, você continua ali. É normal que adolescentes se oponham aos pais. É uma questão de identidade.”