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Como lidar com o dinheiro e a questão da mesada

A mesada pode se tornar uma ótima aliada na educação financeira das crianças. Através dela, os pequenos podem aprender a tomar decisões, lidar com recursos limitados, entender os benefícios de poupar e aos poucos adquirir noções de administração de dinheiro.

Segundo alguns especialistas, até os cinco anos as crianças não são capazes de entender a função do dinheiro. Após essa idade os pequenos começam a assimilar a funcionalidade de “troca” do dinheiro, quando vêem seus pais comprando coisas, por exemplo. Portanto, a idade ideal para começar a dar mesada aos filhos é por volta dos seis ou sete anos. Nessa fase as crianças já sabem contar e já são capazes de identificar notas e moedas.

Vale lembrar que, até os 12 anos, os pequenos ainda não têm a noção de tempo totalmente formada, ou seja, eles não sabem medir com precisão quanto é uma semana, um mês ou um ano. Por isso, nessa fase, é recomendado que os pais dêem semanada ao invés de mesada. Assim a criança não ficará muito tempo sem dinheiro se gastar tudo nos primeiros dias e, aos poucos, vai aprendendo a administrar o dinheiro para que dure o tempo necessário.

Em relação ao valor, antes de decidir quanto dinheiro dar à criança, os pais deve medir quanto ela vai gastar por semana. Isso vai depender se ela deve pagar diretamente seus gastos, como lanche da escola, cinema, brinquedos, ou se o dinheiro da mesada será encarado como um “extra”. Se optar que ela pague seus gastos, o dinheiro deve ser proporcional a eles.

Uma dica dos especialistas é não interferir nas decisões da criança. Se ela quer usar o dinheiro que poupou para comprar um brinquedo, permita que ela compre. Assim o pequeno aprenderá o valor de se esforçar para comprar o que deseja.  Também não complete o dinheiro que falta para a criança comprar algo que deseja.  É importante que ela junte até conseguir comprar sozinha, para adquirir noções de quantidade e esforço.

Crianças e videogames

As crianças, de uma forma geral, possuem adoração por videogames. Até ai nenhum problema, já que muitos de nós, adultos, também adoramos essa forma de diversão. O problema é com os excessos e quando a diversão passa a se tornar um vício. Mas, é importante frisar que, o videogame pode sim, se administrado de forma correta, trazer benefícios para os pequenos.

Vivemos rodeados de tecnologia e, quando falamos de videogames e crianças, existem muitas polêmicas. As pesquisas a respeito desse assunto são contraditórias, sendo que algumas condenam os jogos eletrônicos e outras indicam e apontam seus benefícios.

Realmente existem os dois lados e, é importante que os pais saibam impor os limites, para que os pequenos possam usufruir das vantagens que os jogos eletrônicos têm a oferecer. Não é preciso proibir, afinal todas as crianças jogam. Proibindo, você estará privando seu filho dessa atividade social.

O equilíbrio é a melhor saída. Quando bem dosados, os jogos de videogame auxiliam no desenvolvimento emocional, aprimoram o raciocínio lógico e matemático e ajudam a desenvolver a concentração e o foco.

Mas, como todo excesso faz mal, passar horas na frente do videogame estimula o sedentarismo nas crianças e pode gerar problemas com socialização. Cuidado também com os jogos muito violentos, que podem incitar comportamentos agressivos e intolerantes que tendem a se refletir na adolescência e na fase adulta.

A dica é escolher bem os jogos aos quais seu filho terá acesso. Fique atento ao conteúdo e às indicações de idade de cada game. É importante levar em conta o grau de dificuldade e as habilidades para cada faixa etária, para evitar que a criança se frustre.

Superproteção: cuidado com os excessos

É normal que os pais se preocupem com a segurança e o bem-estar de seus filhos. Entretanto, há um limite entre a proteção natural e a superproteção. Pais que se preocupam demais e tentam evitar que os filhos enfrentem problemas podem não perceber que estão comprometendo o desenvolvimento da criança e sua capacidade de lidar com as situações difíceis.

Nenhum pai quer que seu filho sofra algum mal, mas é preciso deixar as crianças viverem suas vidas e enfrentar as experiências. O excesso de zelo e preocupação impede a criança de desenvolver autonomia, lidar com frustrações e aprender limites.

Ao superproteger os filhos, os pais, inconscientemente, os desencorajam a tentar lidar sozinhos com determinadas situações. Assim, surgem os sentimentos de insegurança, medo e despreparo que, na idade adulta, podem resultar em dificuldades de se relacionar, fazer escolhas e lidar com frustrações, além de baixa auto-estima e dependência excessiva.

O ideal é que os pais conversem, orientem, mostrem os limites, mas deixem a criança agir sozinha e fazer certas escolhas. É através do erro que se aprende as melhores lições. Permita que seu filho explore ambientes, conviva, brinque, acerte e erre.

Mostre sua preocupação e os perigos que certas atividades envolvem, sempre ensinando o que fazer se algo der errado. Permitir que a criança realize certas atividades sozinha e, assim, assuma pequenas responsabilidades – como arrumar seu quarto – também são ótimos estímulos para um desenvolvimento saudável.

Os pais devem proteger seus filhos, sim, mas, ao mesmo tempo, prepará-los para o mundo, pois certamente algum dia eles precisarão ir em busca de sua própria vida e nessa hora é preciso que estejam prontos para fazer suas escolhas e enfrentar seus obstáculos.

Internet: limites e aprendizado

O uso da internet pelos filhos pode ser um problemão para muitos pais. Mas só porque eles querem, o grande segredo está em acompanhar de perto as atividades do seu filho na rede. Em pleno século XXI é impossível proibí-los de explorá-la. Em um mundo cada vez mais digitalizado, a utilização do computador – e da internet – por parte das crianças tornou-se tão corriqueira que até trabalhos escolares são feitos nas máquinas, não mais à mão.

Neste caso, o ideal é estar próximo, observar e conversar com os filhos em relação ao que acessam e usam. Jogos, sites, salas de bate-papo, tudo pode ser muito bem utilizado, desde que com a devida restrição e consciência. É normalmente a partir dos seis anos que a criança já quer iniciar a explorar o computador sozinha. Bate com o período em que ela começa a ter vontade de experimentar habilidades motoras e a leitura. Monitorar e ajudar são preceitos fundamentais.

Antes dos dez anos, é importante que os pais estejam sempre por perto, visto que assim é possível controlar e ensinar o que é correto e o que não deve ser acessado pelas crianças. Colocar o computador em um cômodo comum da casa é uma boa dica. Para maior tranquilidade, é interessante instalar filtros que protejam seus filhos de sites que contenham violência, apologia a drogas ou pornografia.

A internet é um mundo. Livre, extenso, informativo, rico, com muito conhecimento e também por vezes perigoso. Fazer seus pequenos terem consciência disso é fundamental para que depois, na adolescência, saibam navegar sem extrapolar os limites do bom senso.