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Crianças formam hábitos alimentares nos primeiros anos de vida

Segundo um levantamento do Ministério da Saúde realizado todos os anos sobre os hábitos alimentares e estilos de vida apontou que a obesidade e o excesso de peso têm crescido entre os brasileiros. O estudo apontou que 50,8% da população sofre com algum destes problemas, sendo que 17,5% são obesos.

Para evitar que se tornem adultos obesos ou com excesso de peso, os pais devem ficar alerta e combater a obesidade infantil, principalmente nos primeiros anos de vida. A publicação do Ministério da Saúde “Dez Passos para uma Alimentação Saudável” recomenda que os pais evitem dar às crianças de até dois anos alimentos industrializados, enlatados, embutidos e frituras, com gordura e sal em excesso, aditivos e conservantes artificiais, como já falamos em outro post aqui.

A família tem parte fundamental já que os hábitos alimentares são formados nos primeiros anos de vida. O consumo de alimentos industrializados faz com que as crianças se desinteressem pelos alimentos saudáveis, como frutas e verduras e formem os hábitos não saudáveis que podem se perdurar na idade escolar e na adolescência.

A obesidade deve ser combatida porque ela é um forte fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Pessoas obesas têm mais chance de sofrer infarto, AVC, trombose, embolia e arteriosclerose, além de problemas ortopédicos, apneia do sono e alguns tipos de câncer.

Dez passos para uma alimentação saudável:
1 – Dê somente leite materno até os seis meses de vida da criança, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento. O leite materno contém tudo que a criança precisa nesta fase, inclusive água.

2 – Ao completar seis meses, introduza de forma lenta e gradual outros alimentos, como papa de frutas e papa “salgada”, preparada com vegetais e com carne na consistência de purê. Manter o leite materno até os dois anos de vida ou mais.

3 – Ao completar seis meses, os pais podem dar alimentos complementares, como cereais, tubérculos, carnesm leguminosas, frutas e legumes três vezes ao dia, composto também por grãos e everduras.

4 – A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários das refeições da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança (2 a 3 horas).

5 – A consistência da alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher. Gradativamente pastosa (papas/purês), aumentando a consistência aos poucos até chegar à alimentação da família.

6 – Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.

7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições, principais fontes de vitaminas, minerais e fibras. É importante não substituir o almoço e jantar por refeições lácteas ou lanches.

8 – Evite açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Também utilizar o sal com moderação.

9 – Cuide da higiene no preparo e manuseio dos alimentos para evitar a contaminação e doenças como diarreia. Os alimentos devem ser guardados em recipientes limpos e secos, em local fresco, tampados e longe do contato de moscas ou outros insetos, animais e poeira. As mãos devem ser bem lavadas com água e sabão.

10 – Estimule a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo alimentação saudável e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. A criança doente precisa comer mais para não perder peso e recuperar-se mais rapidamente.

Boy (6-7) eating healthy dinner, mother in background

Como ajudar as crianças a perderem peso – Parte I

Se você conferiu o post de ontem, viu que mostramos o quanto o problema da obesidade infantil é preocupante e como você deve iniciar a criança em uma dieta (conversando e dando o exemplo).

Hoje, compartilharemos com vocês algumas dicas dadas pela Revista Crescer, que mostram como colocar isso em prática no dia-a-dia.

* Assuma a responsabilidade: “É comum receber no consultório pais que falam que a criança não coopera, não come o que eles compram e não querem fazer dieta. Ou seja, eles transferem para o filho uma responsabilidade que é deles, de fazer escolhas saudáveis e ter uma alimentação mais regrada”, afirma a nutricionista Claudia Lobo. É por isso que vocês precisam estar juntos nessa empreitada.

*Aposte na autoestima do seu filho: Crianças que estão acima do peso têm mais problemas sociais e sofrem mais bullying, de acordo com estudos. Aproveite para falar das coisas positivas, como o sorriso lindo que ele tem.

* Comece com pequenos ajustes: A infância não é idade para se fazer regime, segundo os especialistas. Como as crianças estão em fase de crescimento e desenvolvimento, não podem deixar de receber os nutrientes e calorias necessários. A ideia, então, é reorganizar a alimentaçã. Ou seja, regular os horários, estipular dias específicos para comer as chamadas “bobagens” (por exemplo, doces e refrigerantes só aos finais de semana, ou duas vezes por semana) e diminuir a quantidade de alimento ingerida.

* Aprecie a comida: Um estudo mostrou que, quando os pais comem vegetais e sorriem, as crianças ficam mais estimuladas a comê-los também. Quando estiverem almoçando juntos, por exemplo, elogie os alimentos saudáveis e faça cara de quem está gostando muito. Vale até dizer: “hummmm!”.

* Fale sobre o que ele vai comer a mais: Em vez de dizer que seu filho não vai poder comer isso e aquilo, mostre a enorme quantidade de alimentos novos (e saudáveis) que estarão à disposição dele. Mostre que ele vai comer tudo o que comia antes, mas de um outro jeito, em horários e dias diferentes. Inclua legumes, frutas e verduras que até então ele não conhecia e comece um trabalho para deixar esses alimentos em evidência, colocando os outros, menos saudáveis, em segundo plano.

* Proponha atividades físicas divertidas: Nada de obrigar seu filho a fazer um exercício só porque ele precisa perder peso. Opte por atividades mais lúdicas e que você possa fazer junto com ele. “O ideal é que a criança se movimente 30 minutos por dia, e pode ser brincando, jogando bola, correndo, pulando corda, subindo e descendo escada, dançando na frente da televisão. Tem que ser algo de que a criança goste e, de preferência, que os pais estejam presentes, nem que seja ao lado, incentivando a atividade”, conta Claudia Lobo.

* Não proíba os doces e salgadinhos: Se ele vai à uma festa de criança, por exemplo, dê algo saudável para ele comer antes de saírem, sem falar nada sobre a restrição. Com o estômago cheio, ele vai ter menos apetite. Você também pode oferecer alternativas menos gordurosas, como os salgados assados no lugar dos fritos.

Fonte: Revista Crescer