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Conheça nova técnica para ajudar o bebê a pegar no sono mais fácil

Você sabia que até 67% das crianças entre 18 meses e 4 anos de idade demoram mais do que 30 minutos para pegar no sono? Pois é, essa informação, que você sente ou sentiu na pele em casa, foi destacado por pesquisadores australianos, que ainda vão além no relato: esse período pode se prolongar por mais de uma hora, sem contar os ataques de birra antes de deitar as acordadas no meio da noite.

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Esse estudo australiano, publicado no periódico Sleep Medicine, apresenta também o bed fading, método que pode ser um novo jeito de melhorar o sono dos pequenos, evitando recursos negativos que alguns pais acabam usando, na hora do desespero, como medicamentos ou punições.

Como funciona o bedtime fading?

No bedtime fading, os pais adiam um pouco o horário de deitar, fazendo com que a criança vá para na cama bem mais sonolenta. Parece simples, né? Mas o método foi testado pelos pesquisadores, que acompanharam 21 crianças com idades entre 1,5 e 4 anos durante dois anos. Os pais receberam dicas sobre os mecanismos do sono e instruções para aplicar a técnica em casa.

A dinâmica teve duas sessões de treinamento ao vivo e duas semanas de exercício em casa. Segundo os relatos dos pais, percebeu-se melhoras imediatas no descanso dos pequenos: o tempo para pegar no sono, por exemplo, que ficava entre 23 e 11 minutos, caiu para 13 e 7 minutos. Ao mesmo tempo, os episódios de birra semanais caíram de até 3 para menos de 1. E o melhor: esses benefícios se mantiveram nos dois anos após o treino que foram acompanhados pelos especialistas.

O método funciona porque, ao aumentar o tempo acordado e restringir um pouco a oportunidade de dormir, o sono vem mais fácil. Além disso, o relógio biológico da criança entre nos eixos. Michael Gradisar, psicólogo da Universidade de Flinders e autor principal do trabalho, salienta que “os pais frequentemente chegam no seu limite quando procuram profissionais para resolver distúrbios de sono, mas as soluções comportamentais tendem a ser mais eficazes do que ajuda médica”.

Como fazer o bedtime fading:

  • Escolha um horário para seu filho acordar. Ele deve ser o mesmo em todos os dias da semana;
  • Por algumas noites, atrase o horário de ir deitar em 15 minutos (se ele vai pra cama às 20h, espere até 20h15);
  • Mantenha-o acordado com atividades leves, não estimulante (como TVs e jogos eletrônicos ou brincadeiras intensas);
  • Caso ele ainda demore para dormir, reveja novamente a hora de deitar (no exemplo, ao invés de 20h15 ele deitaria às 20h30);
  • Mantenha o processo até que ele adormeça mais facilmente e durma a a noite toda. Depois, ajude o relógio biológico mantendo horários regulares para dormir e acordar.

Uma dica importante – pras crianças e pra você! – há outros fatores que ajudam a ter um descanso mais saudável e de qualidade, como não ter aparelhos eletrônicos, luzes ou barulho no quarto, não mexer no tablet antes de dormir e estabelecer um ritual do sono — vale um banho quente, um chá, o leite morno…

Fonte: Bebê Abril

Descobrindo o prazer de ler e ouvir histórias

A leitura é essencial para o desenvolvimento humano e cultural das crianças. Ela desempenha um papel fundamental no aprimoramento do raciocínio, da capacidade de interpretação, além de promover um melhor desenvolvimento da fala e da escrita.

Com o avanço da tecnologia e o crescente interesse dos pequenos por celulares e tablets, os pais têm o papel crucial de estimular o hábito da leitura desde cedo nas crianças. E isso pode ser feito a partir de muito cedo, até mesmo antes do nascimento. A partir da 25ª semana de gestação, o bebê já consegue sentir a vibração do som e ouvir a voz da mãe. Nessa fase, o bebê é muito sensível à entonação da voz e é graças a ela que começa a construir significado e formar memórias.

Ler histórias para bebês desde cedo aumenta sua conexão com os pais, pois constitui um contato afetivo e visual, muito importante desde os primeiros meses de vida. Ainda que ela não compreenda o significado das palavras, a criança começa a assimilar expressões faciais, gestos, tons de voz.

Conforme a criança vai crescendo, ela vai descobrindo que as histórias contadas pelos pais vêm através de letras, palavras e imagens e que elas contêm significados. E isso passa a despertar o interesse delas, estimulando o gosto pela leitura.

No entanto, para que a leitura se torne um hábito e contribua efetivamente para o desenvolvimento da criança, ela deve fazer parte da rotina (ainda que com textos curtos), assim como a alimentação e os rituais da hora de dormir. Além disso, o momento da leitura deve ser prazeroso tanto para as crianças quanto para os adultos. Por isso, é importante escolher histórias de que eles também gostem e que remetam a experiências agradáveis que eles tiveram na infância. A ideia é que seja uma atividade lúdica e afetiva, e não com finalidade pedagógica.

Para aumentar a familiaridade, é bom deixar a criança manipular os livros, ganhar intimidade com eles. Já existem livros de borracha, plástico e tecido, próprios para o manuseio infantil. Aos poucos, a criança vai compreendendo que os livros têm significado e vão despertando para esse universo, apontando figuras que vêem no livro, ajudando a virar as páginas, imitando os sons. Enfim, em cada fase de desenvolvimento, a criança vai participando mais ativamente da leitura, fazendo perguntas, pedindo para reler histórias, etc.

Oferecer o estímulo à leitura desde cedo, instiga a imaginação e faz com que as crianças cresçam  ávidas pela alfabetização, pois assim elas mesmas poderão ler e reler seus livros e descobrir novas histórias.