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Filhos tardios: quais são os riscos?

Cada vez mais, as mulheres colocam a carreira e o patrimônio –intelectual e financeiro – em primeiro lugar, deixando a formação de uma família para mais tarde. Elas até se casam, mas os filhos ficam para mais tarde. Chega-se aos 40 anos e vem a dúvida: posso ter filhos? A Medicina permite uma gravidez saudável aos 40. Entretanto, são recomendadas algumas precauções, tanto psicológicas quanto físicas.

O primeiro cuidado é manter a ansiedade sobre controle. Aos 40 anos, a mulher está no limite do período reprodutivo e, por ter esperado tanto tempo, tende a proteger excessivamente a criança. Passam de mães carinhosas a sufocantes. Essa ansiedade, além de prejudicar a relação entre mãe e filho, pode ser passada para a criança, que torna-se ansiosa também.

Já em relação a parte física, um problema que atinge parte das gestantes tardias é a endometriose – presença do endométrio (tecido que recobre o interior do útero e normalmente é eliminado na menstruação) em órgãos como ovários e trompas. O problema é que, na faixa dos 40 anos, a incidência de doenças é maior, por isso exige-se um acompanhamento médico mais completo.

Assim como em todas as gestações, o ácido fólico é recomendado a partir dos seis meses antes da gravidez, estendendo até a 14ª semana de gestação. O ácido fólico previne defeitos de fechamento do tubo neural fetal, garantindo a boa formação da medula espinhal e do cérebro do bebê.

A dica para quem chegou ou está chegando aos 40 e quer um bebê é: fique tranquila, pois ansiedade complica a situação. Já engravidou? Parabéns! Mas faça um bom pré-natal, com menor intervalo entre consultas. Medidas simples garantem nove meses de tranqüilidade e saúde para mãe e bebê.

Por que pode ser mais difícil?

Com o passar dos anos, engravidar torna-se mais difícil. Mas por quê? O relógio biológico da mulher anda em alta velocidade e , aos 27 anos, a chance de engravidar começa a diminuir. Estudos do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos indica que, a partir dos 42 anos a mulher tem menos de 10% de chance de engravidar com os próprios óvulos.

Além disso, médicos destacam que entre as mulheres que esperam muitos anos para engravidar, a chance de o bebê ter alguma anomalia genética é alta. Isto porque 90% dos óvulos da mulher de 42 anos têm anormalidades. Doenças como Síndrome de Down e outras podem ser diagnosticadas com a Ultra-sonografia Obstétrica Morfológica de Primeiro Trimestre com Translucência Nucal.  O exame mede a região da nuca do bebê para saber a espessura da pele; acima de 3mm pode indicar sintoma de anomalias genéticas.

Exercícios na gravidez, o que pode e o que não pode?

Mulheres grávidas não só podem como devem praticar atividades físicas. Conforme mostram alguns estudos, as mulheres que praticam algum exercício durante a gravidez têm maior probabilidade de ter um trabalho de parto mais rápido e tranqüilo, além de uma recuperação mais ágil.

Exercícios físicos, na dose certa, previnem a lombalgia e reduzem as dores nas costas e nas pernas, comuns durante a gestação. Também melhoram a circulação sangüínea, reduzindo o inchaço e as cãibras nas pernas e ajudam a fortalecer os músculos para a hora do parto. Além disso, auxiliam a prevenir à diabetes gestacional, que atinge em torno de 7% das mulheres durante esse período.

Dentro da intensidade adequada, a gestante pode realizar aulas de ioga, musculação, ginástica localizada e alongamentos. Atividades aeróbicas como caminhadas, natação e hidroginástica também são recomendadas. Esportes competitivos e atividades de alta intensidade devem ser evitados.

Independente da atividade escolhida, o ideal é sempre realizar exercícios com acompanhamento médico e de profissionais de educação física especializados. Eles saberão medir e respeitar a capacidade física de cada gestante e indicar a atividade certa para cada uma.

Além das atividades físicas, é importante também, que a gestante pratique exercícios de respiração. Durante a gravidez o útero da mulher fica elevado, podendo dificultar o processo respiratório e favorecendo quadros de ansiedade e dificuldade para dormir. Esses problemas podem ser amenizados através de sessões de exercícios respiratórios que devem ser realizados com respirações profundas na parte alta do tórax. Já a parte baixa do tórax, região próxima ao diafragma, deve ser exercitada no início da gestação.

Líquidos durante a gravidez: fundamental

Manter-se hidratado é importante em qualquer fase, idade ou etapa da vida. Mas na gravidez a importância que deve ser dada à injeção de líquidos deve ser redobrada. Água, sucos e chás (não todos os tipos de chá) podem ser consumidos deliberadamente. Café e refrigerantes, de maneira moderada. Alguns exemplos de chá: cidreira, camomila e erva-doce.

Tudo isso é ótimo porque melhora as condições nutricionais do bebê e ajuda na circulação sanguínea do útero e da placenta. O café não é indicado porque faz com que o organismo diminua a absorção de cálcio, assim como os refrigerantes, que contêm componentes artificiais.

Fora a hidratação natural, os líquidos também auxiliam no combate ao enjoo e às náuseas. Frutas e verduras que contêm bastante água são extremamente indicadas, pois hidratam muito. Se bateu o mal-estar, o que pode combater o problema são as bebidas frias e com sabor ácido ou amargo. Uma boa limonada ou mesmo uma água tônica podem ser um santo remédio.

Para fechar, bastante simples: álcool, nem pensar. Uma (apenas e tão somente uma) taça de vinho em ocasiões especiais e olhe lá.