Algumas mulheres podem não estar preparadas para uma gravidez tardia. Outras, no entanto, preferem esperar um pouco mais e planejar a gravidez para depois dos 30 anos. Mas será que existem riscos em uma gestação após os 35 anos de idade?
Pesquisas mostram que é crescente o número de pessoas que têm filhos após os 35 anos. Nos Estados Unidos, a cada 1.000 mulheres entre 35 e 39 anos, 11 delas deram à luz pela primeira vez em 2012 – em 1973, eram somente 1,4 nascimentos nessa faixa etária. Entre 40 e 44, o índice quadriplicou: saltou de 0,5 para 2,3, entre 1985 e 2012. Aqui no Brasil, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 9,18% dos bebês que nasceram em 2003 são filhos de mulheres com mais de 35 anos. Em 2012, a taxa foi maior: 11,32%.
Mas, quais os ricos?
O principal é o envelhecimento dos óvulos. A mulher já nasce com todas as células no ovário. Só que com o tempo, elas envelhecem. Consequentemente, há um aumento progressivo de embriões que se formam com alterações genéticas, como síndrome de Down.
Outro fator que pode prejudicar a gestação é a maior chance de desenvolver diabetes e hipertensão – que podem ocasionar o parto prematuro. Manter uma alimentação correta, praticar exercícios físicos liberados pelo médico, não fumar nem tomar bebida alcóolica são importantes para uma gestação tranquila.
Quando a gravidez é resultado de fertilização assistida, as normas do procedimento devem ser respeitadas: em mulheres acima de 35 anos, só podem ser implantados até 3 embriões, e após os 40 anos, até 4.
E os benefícios?
Engravidar mais tarde não é o ideal, do ponto de vista biológico – entre 18 e 35 anos, o organismo da mulher está mais preparado para a gestação. Por outro lado, após essa idade, a grávida tende a estar em um emprego estável, com salário mais alto, tem maturidade emocional para lidar com a criança e já formou um núcleo familiar sólido.