Crianças expostas ao fumo dos pais podem ter um maior risco de desenvolver doenças cardíacas durante a idade adulta em comparação com aquelas cujos pais não fumam, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Circulation.
Os resultados, dizem os cientistas, reforçam que a exposição ao fumo tem um efeito duradouro sobre a saúde cardiovascular de crianças. No estudo, foram acompanhados jovens finlandeses expostos ao fumo dos pais entre 1980 e 1983.
Em 2014, os pesquisadores mediram os níveis de cotinina — um biomarcador que indica fumo passivo — no sangue dos participantes.
A percentagem de níveis de cotinina não detectáveis foi mais elevada nas famílias em que nenhum dos pais fumava (84%). Onde um dos pais fumava foi de 62%. E nas quais ambos consumiam cigarros foi de 43%.
Independentemente de outros fatores, o risco de desenvolvimento de placa de carótida na fase adulta foi quase duas vezes maior em crianças expostas a um ou dois fumantes em comparação com as demais.
A gente sabe que o fumo é prejudicial para adultos e crianças. Mas também sabemos que muitos pais não conseguem superar o vício. Para estes, o ideal é reduzir a exposição das crianças à fumaça do cigarro, ou seja, o fumo passivo. Evite fumar em lugares fechados, como dentro de casa e no carro, principalmente quando seus filhos estiverem por perto.