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Seis dicas de como fazer a validação emocional das crianças

Saber lidar com as emoções é uma tarefa que parece simples, mas não é. Precisamos aprender a entender que as emoções, os sentimentos, fazem parte do nosso dia a dia, que há situações que precisam ser enfrentadas.

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Com as crianças, é importante não invalidar as emoções, não desvalorizar os sentimentos ou fazer pouco caso. Segundo a psicóloga Raquel Barboza Lhullier, essa invalidação pode deixar as crianças inseguras, com a auto-estima abalada e, inclusive, causar desregulação de várias emoções.

Por outro lado, a profissional destaca que crianças validadas emocionalmente se sentem mais confiantes em si, nos outros e mais empáticas. Aprendem a se fortalecer com os desafios da vida.

 

Como fazer a validação emocional na infância

 

A criança está com raiva?

? – Não podes sentir raiva, que feio!

? – Entendo a tua raiva, mas não pode bater!

 

A criança está triste?

? – Engole o choro e para de bobagem!

?- Vem cá, dá um abraço, estou aqui para ajudar!

 

A criança está ansiosa?

? – De novo, quando vais parar com isso?

?- Sei como é, vamos aprender a lidar com ela? Eu te ajudo!

 

A criança está orgulhosa?

? – Não fez mais do que a tua obrigação!

?- Muito bem! Parabéns pela dedicação!

 

A criança está com medo?

? – Que bobagem esse medo!

?- Está com medo de dormir? Vamos te ajudar a enfrentar!

 

A criança vai tomar vacina?

? – Não dói nada, não faz fiasco!

?- Pode doer um pouco, sim, mas logo passa!

 

Fonte: recomendações da psicóloga Raquel Barboza Lhullier

 

A importância do desenho

A maioria das crianças adora desenhar. E essa atividade, além de lúdica e divertida, também é uma importante forma de expressão. Através de uma observação atenta dos desenhos da criança, os pais conseguem se aproximar mais delas e entender melhor o que se passa em seu mundo.

 

Por mais falantes que algumas crianças sejam, nem sempre elas expressam tudo o que sentem através da fala. Às vezes podem acontecer situações que, por alterar os sentimentos delas, acaba inibindo a expressão direta.

 

Porém, por meio dos desenhos, elas podem revelar o que se passa em sua mente e seu coração. Daí a importância de os pais estarem atentos aos desenhos das crianças e, melhor ainda, sentarem periodicamente para desenhar com elas e estreitar esses laços. O próprio fato de a criança preferir desenhar isolada, por exemplo, pode sinalizar que algo não vai bem.

 

Quando os pais desenham com os filhos, estão criando um momento importante de integração familiar, no qual podem entender os sinais que as crianças passam através dos seus desenhos e pinturas. Aproveitando o uso de cores e formas escolhidos pela criança, os pais podem puxar assunto, perguntar o que significa um determinado desenho ou até mesmo o porquê de uma sequência de páginas em branco, por exemplo. Caso os pais percebam algo estranho no comportamento ou através dos desenhos da criança, o ideal é procurar avaliação de um profissional.

 

Na maioria dos casos, desenhar com as crianças será uma ótima terapia para pais e filhos, um momento de descontração e diversão, no qual se deixa um pouco de lado os eletrônicos, para criar momentos reais de proximidade que serão lembrados para toda a vida.

 

Que tal pegar papel, lápis e canetinhas e começar a diversão com os pequenos? 😉

 

 

 

 

Fonte: Pais e Filhos

Motivos para não engolir o choro

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Qual pai ou mãe nunca disse – ou ouviu dos seus próprios pais – frases como “Isso não é motivo para chorar”, “Não seja chorona”, “Engole esse choro”, entre outras variações. Mas será que precisa ser assim mesmo?

 

Para que as crianças aprendam a se relacionar consigo mesmas e seus sentimentos, é importante permitir que elas sintam essas emoções, para poder entende-las. Simplesmente tentar estancar um sentimento, não ajuda a compreender o quê e porquê estão se sentindo assim.

 

Se uma criança chora, ela tem o seu motivo. Talvez ele não seja um motivo que faria um adulto ou outra criança chorar, mas para ela é. Menosprezar isto afeta os sentimentos da criança como um todo. Ao invés disso, tente oferecer conforto a ela. Um simples ‘Vai passar’, acompanhado de um abraço ou carinho pode ter um efeito positivo e calmante muito maior na criança.

 

Pode chorar, sim. E isto vale para os pais também. Permita a si mesmo e ao seu filho chorar quando sentirem necessidade. Isto faz parte da natureza humana e da expressão dos sentimentos. Nesse contexto, é importante tentar identificar – ou questionar a criança sobre – o que ela está sentindo. Quando você chorar e seu filho vir, explique o motivo, seja tristeza, saudade, preocupações, etc. Isso ajuda a criança a compreender que, às vezes, os sentimentos se tornam grandes demais para suportamos e tudo bem chorar um pouco em função disso. Além disso, agindo desta forma, você consegue ajudar seu filho a dar nome para seus próprios sentimentos e aceitar ajuda de quem o ama.

 

 

 

Fonte: Just Real Moms

Ajudando seu filho a lidar com a raiva

 

Muitas vezes, os próprios adultos não sabem lidar com a raiva, pois ela desperta um componente explosivo, que pode fugir ao controle. Nas crianças, a raiva costuma ser consequência de alguma perda – seja um brinquedo, o colo ou uma vontade que não foi satisfeita.

 

Para ajudar a lidar com a raiva, os pais precisam, primeiro, ensinar a criança a identificar a emoção, para que  ela perceba o que está sentindo. Depois, então, buscar formas de exercitar algum controle.

 

Vale lembrar que não adianta tentar explicar sobre a raiva quando o ataque já está acontecendo. Menos produtivo ainda é dizer para a criança engolir o choro na hora da crise. São erros comuns dos pais, querendo ajudar, mas que acabam apenas reprimindo.

 

O ideal seria evitar entrar num estado incontrolável. Como o leite, que ferve, sobre e esparrama, se desligarmos o fogo na hora certa, o leite baixa. Não é fácil, mas os pais precisam perceber esse ponto nos filhos, para reverter a situação antes da crise de raiva.

 

Se você nota que seu filho está à beira de uma tempestade emocional, tente usar coisas que ele goste para acalmá-lo. Isso varia de acordo com a natureza da criança e deve ser identificado pelos pais, mas vale convidar para ouvir uma música, rolar no chão, correr, fazer uma massagem…

 

Depois que a poeira baixar, é o momento de sentar e conversar. O adulto pode propor uma análise, questionando as ações e reações da criança. Por exemplo: ‘Você precisava ter gritado e quebrado aquele brinquedo? Como poderia ter resolvido a situação de outra forma?’

 

A ideia é dar ferramentas para que seu filho, numa próxima vez, consiga identificar o sentimento e saber fazer algo para a raiva passar, antes de  explodir. É uma questão de autocontrole que, assim como nos adultos, vai sendo treinado ao longo da vida.

 

 

Fonte: Revista Crescer