Competição e discussões entre irmãos acontecem, é praticamente inevitável. E haja paciência para remediar esses conflitos, que podem acontecer por qualquer motivo – um brinquedo, um lugar no carro ou até um elogio. Porém, com algumas atitudes, é possível amenizar a situação.
Na verdade, as crianças brigam é pela atenção dos pais, o motivo é só uma desculpa. E, nesse contexto, muitos pais e cuidadores acabam se sentindo culpados por não conseguirem evitar ou solucionar as brigas entre as crianças. Porém, os irmãos têm de ajustar suas necessidades ao convívio social e então, mesmo recebendo atenção, as brigas podem acontecer. E isto faz parte do desenvolvimento deles, desde que haja também momentos de parceria e cumplicidade entre os irmãos.
Para lhe ajudar na tarefa de colocar panos quentes nas discussões dos pequenos, confira estas dicas.
1. Converse e ofereça soluções
Os pais devem conversar com os filhos, utilizando conceitos sobre ética, compreensão e respeito. A partir disso, podem fazer acordos com os filhos, estipulando consequências que serão aplicadas em caso de brigas e mau comportamento. As crianças mesmas devem ajudar a criar as regras e restrições a que serão impostas.
2. Saiba quando intervir
Resista ao impulso de botar ordem logo que as crianças começarem a discutir. Aguarde, para dar chance a elas de tentarem resolver as dificuldades por conta própria e a negociar entre elas. É muito importante que os pais sejam justos nas intervenções e nas punições, ouvindo todos os lados e ponderando o ocorrido. Muitos pais caem na armadilha de privilegiar os caçulas, mesmo quando os maiores têm razão.
3. Controle o tom
Mais uma vez, é necessário controlar os impulsos e exercitar a paciência. Levantar a voz tende a intimidar ao invés de educar. Gritar não desperta respeito nem inspira a criança a tentar resolver os conflitos de forma mais pacífica.
4. Ensine a dividir
Como muitas disputas entre as crianças começa em função de algum brinquedo, muitos pais pensam que tirando o objeto de circulação estarão resolvendo a situação. Mas, quando tiramos um brinquedo, eles vão competir por outro. Por isso, a tarefa dos pais é ensinar a dividir e incentivá-los a decidir juntos como compartilhar.
5. Impondo limites sem ofender
Seja durante ou depois do conflito, em algum momento os pais precisarão repreender os filhos pela briga, para estabelecer limites. Nessa hora é muito importante cuidar para que fique claro que o que está sendo reprovado é o comportamento, e não a criança. Usar adjetivos que possam agredir a autoestima da criança também não é recomendável. Uma boa estratégia é despertar a empatia na criança, questionando como ela se sentiria no lugar do irmão, para que um entenda o ponto de vista do outro e saibam quando devem ceder.
Entretanto, se os desafetos entre os irmãos forem contínuos, com risco de se ferirem mutuamente física e psicologicamente, ou afetando o desempenho escolar, o ideal é procurar orientação de um especialista em comportamento infantil.
Fonte: Revista Crescer