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Cientistas italianos criam roupa que monitora funções vitais de recém-nascidos

Ter um bebê prematuro é mesmo um grande desafio. Sabemos que a criança tem pouco minutos por dia para estar com os pais e que vivem em uma rotina desgastante com muitos exames e atendimento médico 24 horas.

Para amenizar o sofrimento de pais, mães e também do bebê, três italianos (um engenheiro, um médico e uma empresária do ramo têxtil) criaram uma roupa com tecido especial capaz de monitorar dados cardíacos, respiratórios e de movimentos dos bebês.

Na verdade, os cabos e sensores ainda estão lá, mas integrados ao tecido. É como se os recém-nascidos “vestissem” os eletrodos. Feitos de prata, os fios inteligentes são bons condutores de eletricidade.

Um modem preso à roupa transmite por rede sem fio os dados captados por sensores. As informações podem ser, então, analisadas por computador, tablet ou celular.

O uso do tecido inteligente diminui o impacto psicológico na mãe, que já está sensível pela gravidez encerrada antes da hora. Também evita uma terapia incômoda, em que os eletrodos presos à pele do bebê devem ser trocados diariamente.

Nos testes, os bebês eram duplamente monitorados, pelo método tradicional e pela roupa. Cientificamente os dois bebês apresentaram os mesmos resultados, porém aquele que usou a roupa especial teve menos estresse e a mãe acabou tendo a descida do leite materno de uma forma mais rápida.

Segundos dados oficiais, nascem cerca de 40 mil bebês prematuros a cada ano na Itália, o que representa cerca de 7% do total de partos. Nestes casos, a roupa oferece um tratamento mais humanizado.

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Mais de 11% dos nascimentos no Brasil são prematuros

Uma pesquisa realizada por mais de dez universidades em parceria com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e com o Ministério da Saúde, revelou que 11,7% dos nascimentos no Brasil são prematuros, acontecem antes de 37 semanas de gestação. Estes dados colocam o Brasil no décimo lugar do ranking mundial de prematuridade, atrás de países como Índia, China, Nigéria e Estados Unidos.

De acordo com os 10 objetivos do milênio, estabelecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) para melhorar a saúde mundial, um dos tópicos é referente à gestante, levando em conta a mortalidade materna e infantil. E hoje, no Brasil, as principais causas da mortalidade infantil estão ligadas a problemas neonatais. A prematuridade é a maior responsável, representando 70%, excluindo os casos de malformação fetal.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o índice de prematuridade é alto. A incidência é de 12%, mas são casos de prematuridade tardia (entre 34 e 36 semanas) decorrentes da intervenção médica com a cesariana por causa de problemas da saúde materna, como hipertensão. Além disso, estão ligados às gestações de múltiplos ocasionadas pela quantidade alta de fertilização in vitro.

Quanto mais precoce for o nascimento, maiores os risco à saúde do bebê. A sobrevida de um bebê de 25 semanas no Brasil está em torno de 10%, enquanto quem nasce a partir de 36 semanas sobrevive em 98% dos casos.

Na maioria dos casos, é possível prevenir a prematuridade pelo pré-natal. Por isso, o acompanhamento médico desde o início da gravidez é muito importante para a saúde do bebê e também da mãe.

A prematuridade é reconhecida quando o nascimento acontece antes de 37 semanas de gestação. Ela pode ser classificada como leve, moderada e grave.

Leve: nascimento entre 32 e 36 semanas e seis dias.
Moderada: entre 28 e 31 semanas e seis dias.
Grave: Inferior a 28 semanas.

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