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Seu filho não quer voltar à escola? Então confira estas dicas

Muitos estados e cidades do Brasil já estão voltando com as aulas presenciais ou então híbridas. Mas junto a isso vêm muitas crianças que não querem voltar à escola. Se você está passando por esse mesmo problema com o seu filho e não sabe o que fazer, confira estas dicas!

Depois de praticamente um ano inteiro em casa, ao lado de seus pais ou responsáveis, é normal que a criança não queira mais ir às aulas presenciais. Afinal, quem quer ficar longe das pessoas que ama, não é mesmo? Mas existem algumas atitudes que você pode tomar e que vão te ajudar nessa hora. Vamos ver?

1) Passe segurança para o seu filho

Se coloque no lugar dele: depois de meses do seu lado, uma mudança brusca, onde ficará longe de seu pai ou sua mãe. Por isso é muito importante incentivá-lo a aproveitar o ambiente da escola o máximo possível. Uma forma de fazer é perguntando para ele sobre os colegas de sala, por exemplo.

Mesmo que não pareça, as crianças sempre percebem quando algo está nos incomodando ou trazendo insegurança e, para diminuir essa impressão ao pequeno, busque oferecer o máximo de segurança que puder, seja no professor, de que a escola é tranquila pra ir mesmo com a pandemia e fale que os colegas serão legais.

2) Seja criativa

Jordana Soares tem uma filha de 7 anos e quando a pequena mostrou resistência para ir à escola, ela resolveu agir criativamente: criou um calendário onde eram colocadas carinhas felizes naqueles dias em que a filha ia para escolar sem chorar. Deu certo: após um mês de sucesso, a pequena ganhou um kit de maquiagem que queria muito e foi feliz e estimulada para a aula.

3) Ouça a criança

Observe se o seu filho está com sentimentos de medo, de tristeza, chorando ou com ansiedade quando é abordado o assunto “escola”. Se sim, converse com o professou ou coordenador, pois isso pode estar acontecendo por falta de acolhimento no colégio ou até bullying.

4) Não deixe sua casa mais atraente do que a escola

Faça com que seu filho entenda que, se ficar doente, por exemplo, vai ter de ir ao médico, ficar na cama e descansar, e não assistir TV ou ficar brincando.

Caso você fique em casa com seu filho, tente não dar mais atenção do que o normal. Se a criança entender que ficar em casa é mais divertido e ali ela recebe mais atenção, por quais motivos ela irá querer ir pra escola?

5) Peça ajuda a um especialista

Se mesmo com essas dicas ele continuar muito resistente, não tenha medo de procurar um psicólogo infantil. Ele pode te ajudar a encontrar respostas e principalmente poupar a criança de sofrimento desnecessário.

Outra atitude que pode ajudar a criança é não alongar as despedidas no portão da escola. Tente também criar rotinas mais leves e descontraídas antes da ida à escola.

As dicas te ajudaram ou você tem mais para outras mães? Então comente abaixo!

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Sugestão de imagem: Freepik
Fontes: Revista Crescer | Escola da Inteligência | Dentro da História

É preciso cuidar mais do que da higiene das crianças durante a pandemia

Lavar as mãos, utilizar máscaras, passar álcool em gel… todas essas medidas você já sabe que devem ser adotadas com os pequenos. Mas mais do que esses cuidados, também devemos nos ater a outro, muito importante: com a saúde mental das crianças.

Se antes os nossos pequenos podiam ir e vir para a escola, para a casa dos amiguinhos, para os parques, hoje isso não está sendo possível. E essa mudança, aliada ao isolamento social necessário, pode trazer problemas para a saúde mental de crianças e adolescentes.

“Um evento traumático massivo (que pode ser uma pandemia, mas também atentados e grandes catástrofes naturais) provoca um trauma agudo, que pode atingir crianças e adultos. O fato de não apresentarem sintomas agora não significa que não apareçam nos próximos meses. As crianças estão sujeitas a um perigo invisível que provoca mortes, em uma situação de extrema gravidade, inesperada, chocante, que provoca uma reação normal do organismo no nível psicológico, e isso já está sendo registrado pelas pesquisas dos primeiros estudos que tentam medir como a pandemia está afetando a saúde mental”, assinala Abigail Huertas, psiquiatra do Hospital Gregorio Marañón de Madri e porta-voz da Associação Espanhola de Psiquiatria da Criança e do Adolescente. “A essa ameaça invisível se somam outros fatores estressantes, como a perda da rotina escolar e do relacionamento social com os amigos. Também é possível que algum familiar tenha passado a doença isolado em um quarto da casa, ou que tenha sido levado de ambulância para o hospital. Talvez a criança tenha sofrido alguma perda e não tenha podido assimilar o luto, nem se despedir, ou talvez seus pais tenham ficado desempregados, com tudo o que isso implica. Sempre assinalamos que o ambiente da criança é fundamental para sua saúde mental: se os pais não estiverem bem, as crianças não estarão bem”, acrescenta.

Um dos primeiros estudos sobre o impacto psicológico do coronavírus, feito com 1.210 pessoas em 194 províncias da China, incluindo 344 jovens de 12 a 21 anos, revelou que 53,8% dos pesquisados consideravam moderado ou grave esse impacto, 16,5% relataram sintomas depressivos moderados a graves e 28,8%, sintomas de ansiedade moderada a grave. O principal medo (75,2% dos pesquisados) era que algum parente contraísse a doença. Outra pesquisa, feita com 4.872 pessoas na China, alertou para o perigo da “infodemia”, o excesso de informações sobre o coronavírus através das redes sociais, que aumentou significativamente a prevalência da depressão, da ansiedade e da combinação das duas. Por isso, psicólogos e psiquiatras recomendam limitar a exposição das crianças às notícias.

Confinamento e depressão

Os problemas de saúde mental têm a ver não só com o medo de um vírus invisível, mas também com o distanciamento social. Vários estudos preliminares apontam a relação entre longas quarentenas e maior angustia psicológica, que pode se manifestar como pesadelos, terrores noturnos, medo de sair de casa de que seus pais voltem ao trabalho, irritabilidade, hipersensibilidade emocional, apatia, nervosismo, dificuldade de concentração e até um leve atraso no desenvolvimento cognitivo da criança.

Em 2013, a Universidade de Kentucky publicou uma análise do impacto das medidas de isolamento como controle de doenças, segundo a qual 30% das crianças confinadas e 25% de seus pais atendiam aos critérios para diagnosticar transtorno de estresse pós-traumático. Uma pesquisa recente, realizada na província chinesa de Hubei, destacou o aumento de sintomas depressivos e de ansiedade em uma amostra de 2.330 estudantes, depois de apenas 34 dias de confinamento devido ao coronavírus.

Na Espanha, um dos países com medidas mais rígidas de confinamento, os menores de 14 anos não saíram de casa entre 15 de março e 26 de abril, quando foram autorizados os primeiros passeios. O Grupo de Pesquisa, Análise, Intervenção e Terapia Aplicada com Crianças e Adolescentes da Universidade Miguel Hernández iniciou um estudo pioneiro, que analisa o impacto emocional do confinamento em crianças italianas e espanholas, através de 1.143 pesquisas com pais que têm filhos de 3 a 18 anos.

“Nosso objetivo é examinar como o confinamento afeta crianças e adolescentes, a fim de que os resultados sirvam de guia para que pais e profissionais detectem e previnam esses possíveis problemas. Os resultados indicam que a quarentena imposta devido à Covid-19 afeta psicologicamente as crianças. Embora tenham grande capacidade de adaptação a novas situações, parece que não têm habilidades suficientes para enfrentar a situação de confinamento vivida na Espanha sem se afetar emocionalmente”, afirma Mireia Orgilés, uma das autoras do estudo, que posteriormente incluirá também dados de Portugal.

Nove de cada dez pais relataram mudanças no estado emocional e comportamental de seus filhos, em comparação com antes da quarentena. “Além disso, os hábitos também mudaram: 25% das crianças passaram a comer mais do que o habitual, 73% usaram dispositivos eletrônicos mais de 90 minutos por dia, em comparação com 15% que faziam isso antes da quarentena, e apenas 14% praticavam 60 minutos diários de atividade física, que é o recomendável segundo a Organização Mundial da Saúde”, assinala Orgilés. Diferenças nas medidas de confinamento, segundo sua pesquisa, fizeram com que as crianças espanholas ficassem mais afetadas psicologicamente do que as italianas.

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Créditos da imagem: Freepik
Fonte: El País