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Saiba por que seu filho vai mal na escola

Com o final de ano escolar, surgem preocupações e, muitas vezes, surpresas em relação ao desempenho escolar das crianças. Alguns pais se irritam e castigam os filhos em função das notas, mas muitas vezes os problemas não derivam apenas de preguiça ou relapso com as tarefas e os estudos.

Se o seu filho chegou na reta final do ano letivo com notas baixas e precisa correr contra o tempo, é interessante você ajudá-lo com as tarefas e, quem sabe, procurar algum reforço escolar para auxiliá-lo a recuperar os conteúdos e se preparar para as tarefas ou provas de recuperação. Mas para o mesmo problema não se repetir no ano seguinte, tente investigar se os problemas com o aprendizado não derivam de outros fatores. O hospital Albert Einstein publicou algumas dicas que podem ajudar pais e professores a diagnosticarem a razão do problema e, assim, auxiliarem as crianças a vencerem esse desafio e superarem esse problema.

De acordo com a pediatra do Hospital, Dra. Renata Waksman, “em primeiro lugar, os pais devem estar atentos e não delegar à escola a responsabilidade de cuidar do desempenho de seus filhos sozinha. Eles devem participar de reuniões, verificar os materiais, acompanhar o boletim, estar atentos e próximos da vida escolar”. Normalmente é difícil para a criança falar que está indo mal na escola e, inclusive, muitas vezes ela sequer percebe que está com dificuldades ou que seu comportamento atrapalha no rendimento. Pensando nisso, as causas mais comuns de dificuldades no aprendizado. Se você desconfiar que algum desses fatores pode ser a causa do problema, é sugerido que busque, juntamente ao pediatra, algum tratamento específico.

Visão

As crianças podem desenvolver miopia ou outra doença que comprometa a relação visual com a aula. Quando é miopia, ela geralmente não sabe que tem. A doença começa desde cedo e vai aumentando, enquanto a criança vai se adaptando até que a piora deixa muito evidente que ela tem o problema. Os pais e os professores devem ficar atentos se a criança serra os olhos e se esforça para enxergar a lousa ou a televisão, por exemplo. Escrever e ler com a cabeça muito perto da folha também é um indício de problema de visão.

Audição

Crianças que sofrem com muitas otites, que produzem muita cera no ouvido ou outras alterações mais graves podem ter bastante dificuldade em acompanhar as aulas. Geralmente, as crianças com problemas auditivos falam mais alto: esse é um bom sinal de alerta para os pais.

Dormir bem

“É muito importante que a criança esteja descansada para aprender”, afirma a pediatra. Neste aspecto, os pais devem observar não somente a quantidade de horas de sono, mas, principalmente, a qualidade do sono da criança. Muitas vezes, a criança não entende que tem um sono ruim e, portanto, não reclama. Ela pode dormir mal por estar doente, por respirar pela boca ou por ser vítima de violência, por exemplo. Internet e televisão no quarto também podem ajudar, principalmente os adolescentes, a ficar acordados até tarde e a perder rendimento no dia seguinte.

TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade)

Este transtorno pode atrapalhar bastante o rendimento da criança e é mais facilmente percebido pelo professor. Crianças que em um momento estão “viajando” ou “com a cabeça na lua”, e em outro, estão agitadas, muitas vezes atrapalhando os coleguinhas, podem sofrer de TDAH. “Mas cada uma deve ser investigada de forma individual. Nem sempre os sintomas ou o comportamento são os mesmos”, explica a médica.

Dislexia

Esta doença, que se caracteriza pela dificuldade com a escrita e com a leitura das palavras, entre outras coisas, normalmente é percebida primeiro na escola. Sem um acompanhamento correto, a criança pode ter séria perda do rendimento.

Bullying

O tão comentado bullying também pode ser fruto da violência doméstica. Crianças que são mais agressivas, explosivas e que incomodam os outros alunos, podem estar reproduzindo o modelo de relação que têm dentro de casa. Em relação às vítimas, é bom descobrir se, muitas vezes, elas não estão sendo superprotegidas em casa por serem “gordinhas”, por usarem óculos, por serem tímidas ou “nerds”. “Quando as crianças se tornam muito inseguras, quando choram com facilidade, têm dificuldade em se colocar diante do grupo ou com um comportamento que não condiz com a idade, elas acabam se expondo e podem se tornar vítimas de crianças mais agressivas”, afirma a pediatra.

Violência dentro de casa

Crianças que sofrem violência dentro de casa por parte de familiares normalmente têm, na escola, um comportamento que atrapalha bastante sua apreensão. Algumas podem reproduzir o dia a dia da casa com comportamento mais agressivo e arredio, outras podem ser mais desatentas, muito tímidas ou até desenvolverem casos de depressão. Vale ressaltar que violência nem sempre é agressividade física. A negligência no tratar da criança – por exemplo, quando há a necessidade de deixar o filho mais velho cuidando dos menores, por não ter tempo – não deixa de ser uma violência e, no geral, atrapalha sua vida escolar.

Buscando ajuda do pediatra…

Ao notar que a criança não vai bem nos estudos, a dica inicial é que os pais se reúnam com a escola para uma conversa sobre as possíveis razões do problema. Depois, visitar um pediatra pode orientar a família a buscar avaliações mais específicas – sejam elas visuais, auditivas, psicológicas, entre outras. “O mais importante é realmente que os pais estejam atentos, e a escola, envolvida no desenvolver dos estudos da criança”, conclui a médica do Einstein.

Meu filho, você não merece nada – parte 1

A jornalista Eliane Brum faz uma análise sobre a atual relação entre pais e filhos, lembrando aos pais que a felicidade não é uma constante, que ninguém pode ser feliz o tempo todo e que é necessário aos filhos aprender a lidar com as adversidades. Como o texto é longo, vamos dividir o texto em duas parte, uma publicada hoje e a outra amanhã. Leia e tire suas conclusões!

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Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as

ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor. (…)

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes. Por que boa parte dessa nova geração é assim? (…) Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues, sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade. É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal.

Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

(continua amanhã)

Por que as crianças sempre têm um melhor amigo?

Toda criança tem um melhor amigo, aquele com que ela pode brigar hoje mas que certamente amanhã estará brincando novamente. Todos nós passamos pela fase de ter melhores amigos e também de considerar a frase “não sou mais teu amigo” quase o fim do mundo.

Segundo a psicóloga Renata Codeço, destacar os melhores amigos é uma fase natural de toda infância. “A capacidade que uma criança tem de perceber o outro vai desenvolvendo com o tempo. Aos 7, 8 anos, ela tem capacidade de perceber que pode conquistar e manter uma relação nova, de amizade, conquistada pelas identificações”, comenta. É neste momento, segundo a profissional, que a criança começa a assumir um lugar no mundo: depois de passar por um processo de identificação com os pais, de repente se vê diante de conflitos e situações novas, os quais precisa resolver sozinho.

É a partir desta percepção que os amigos passam a ter um significado fundamental e profundo. “Quando uma criança aponta seu melhor amigo, o faz tendo uma série de razões para explicar a relação. Na conversa com a criança, percebe-se facilmente que é um sentimento forte, um vínculo que aos poucos se aprofunda e mantém”, detalha. Esta relação com os amigos é, segundo a psicóloga, muito mais ampla e desafiadora do que a relação com família e os irmãos, pois nada é garantido: está tudo em jogo, é preciso conquistar um lugar em um grupo social.

Renata Codeço enfatiza que a escolha deste melhor amigo pode ocorrer de duas formas. A primeira é simplesmente a afinidade: a criança busca alguém que goste das mesmas coisas que ela. A segunda maneira é buscar por alguém que ajude a assegurar a permanência ou ainda a entrada em um grupo social – é alguém que dará apoio para conquistar um lugar neste grupo.

Como manter o estilo durante a gravidez

Se vestir durante esse período tão especial não é uma tarefa fácil: as roupas de antes da gravidez não servem mais e as roupas para gestantes que vemos por aí geralmente são caretas (a velha dupla macacão jeans e camiseta não parece mais caber aos dias de hoje, não é?) e caras. Além do mais, comprar um monte de peças novas que serão usadas por apenas alguns meses não parece uma boa idéia, certo?

Pensando nisso, selecionamos algumas boas dicas para vocês se manterem lindas e cheias de estilo nesse momento tão importante de suas vidas. Além do mais, se sentir bonita faz muito bem para a auto-estima, e com certeza essa felicidade, confiança e bem-estar serão passados para o seu bebê.

  • Aproveite que as peças amplas estão na moda e compre batas, vestidinhos amplos e maxi regatas que você possa continuar usando depois da gravidez. Mas lembre de sempre “dar uma equilibrada” no visual: se a blusa for super ampla, use com uma calça mais sequinha; se a calça que for largona, use com uma camisetinha ajustada ao corpo…
  • Leggings são ótimas: se forem de cintura baixa, mesmo com o barrigão do final da gravidez você ainda poderá continuar usando as que você já tinha antes. Para não correr o risco de ficar vulgar com a super exposição do corpo, nem com cara de look de academia, use-as sob vestidinhos curtos, batas compridinhas ou maxi cardigans, e combinadas com botas de salto baixo, sapatilhas e tênis mais descolados e não esportivos (como os All Stars).
  • Calças com amarrações laterais de tecidos molinhos são ótimas para “acompanhar o crescimento” da barriga e depois podem ser usadas em looks descontraídos para praia ou finais de semana. Se for comprar novas, invista em tecidos bons e modelagens que você gostará de continuar usando depois. Se é para investir, que seja algo duradouro, certo?
  • Saias franzidas de malha também estão na moda. Como possuem a cintura elástica, você poderá continuar usando depois da gravidez. Use-as abaixo da barriga enquanto grávida, e com a cintura um pouquinho mais alta depois. Combine-as com sapatos de salto baixo, para manter o conforto, e camisetinhas mais delicadas, como as de malha podrinha ou rendadas. Um cardigan ou jaquetinha jeans vai bem por cima.
  • Os seus cardigans ou outros casacos de malha fininha, bem com os trench-coats provavelmente não fecharão mais logo que a barriga começar a crescer. Mas isso não é problema, porque cintos marcando a cintura sobre casacos abertos estão super em voga. Para não apertar a barriga, troque os cintos por faixas de tecido e amarre-as logo abaixo do busto. Essas faixas podem ser coloridas ou de tecidos estampados para dar um toque diferente ao visual. Experimente ir a uma loja de tecido e comprar faixas de 10cm de tecidos bonitos e que não desfiem (assim dispensa o acabamento) para amarrar por cima: malhas grossas e coloridas, renda, flanela xadrez, lurex, etc.
  • As camisas xadrez soltinhas que também estão na moda são ótimas para os primeiros meses de gravidez, e também para o período da amamentação: são práticas para abrir e costumam ser de tecidos que não amassam. O mesmo vale para vestidos com aberturas frontais.
  • E por fim, invista sempre em acessórios! O mesmo vestidinho preto, batinha branca e jeans de amarrar basiquinhos podem virar uma série de looks trocando a faixinha da cintura, os colares e brincões, os lenços no pescoço ou no cabelo, as bolsas diferentes e por aí vai.

Com essas diquinhas e toda a sua criatividade, temos certeza que você vai dar conta de se manter (ainda mais) linda e estilosa durante esses nove meses, curtindo ao máximo esse período tão especial. Aproveite!

Estimule a criatividade das crianças

Hoje é comemorado o Dia Nacional das Artes. Por isso, nada melhor do que falar em formas de desenvolver a criatividade das nossas crianças. Psicólogos afirmam que ser criativo é conhecer a si mesmo, ter noção do próprio espaço, das nossas virtudes e limites. O desenvolvimento da criatividade deve ser estimulado desde a primeira infância.

Como em outas áreas, o que o bebê cria depende do que os pais apresentam e de como eles correspondem às necessidades da criança. Os bebês percebem quando as mães validam suas solicitações e entendem isso como uma conquista – a qual, futuramente, se manifestará de forma criativa.

Para estabelecer um ambiente criativo, é importante que os pais criem uma ligação forte com o filho desde pequeno. Os pequenos gestos, quando retribuídos, ajudam o bebê a preencher e compreender a sua existência. Também é fundamental criar momentos divertidos entre pais e filhos: contato físico, sons, amamentação e hora do banho, entre outros momentos, quando vividos com prazer e encantamento, colaboram com o desenvolvimento saudável da criança. Estes momentos devem ser espontâneos, permitindo que os pequenos descubram o mundo ao seu redor.

E nada de comparar seu filho com outras crianças. Cada um deles é único e merece se expressar com liberdade. Os pais podem orientar, mas nunca interferir na expressão criativa. Elementos como massinhas de modelar, argila, blocos e outros materiais descartáveis ajudam a criança a criar, e tudo o que ela fizer é válido para o crescimento e aprendizado. E não esqueça de elogiar: estimule o pequeno a mostrar o gênio que existe dentro dele! A falta de elogios faz a criança sentir-se inútil e rejeitada, com menor autoestima.

Outra boa dica é valorizar o esforço criativo do pequeno, seja emoldurando um desenho e expondo na sala ou mostrando o trabalhinho para os amigos. O importante é deixar claro o orgulho pela tarefa executada.

Crianças precisam entender o valor do dinheiro

Desde pequenas, as crianças devem entender o valor do dinheiro e a importância da administração financeira. Claro que isso não significa ensinar os pequenos a fazerem tabelas de receitas e despesas, calcular a remuneração da poupança ou saber como investir na bolsa de valores. O importante, desde o início, é permitir aos filhos fazerem escolhas positivas que servirão para toda a vida.

O consultor em finanças e escritor Gustavo Cerbasi, do blog www.meudinheiro.com.br, destaca que os pais não devem esperar chegar uma determinada idade para iniciar a educação financeira. Para ele, o melhor é começar o quanto antes, desde as primeiras atividades sociais da criança, com a adoção por parte dos pais de atitudes condizentes com o objetivo a ser ensinado. Isto porque os pais são modelo e exemplo para os filhos.

Quando muito pequenas, as crianças não entendem o ato de consumo. “É a fase do ‘Eu quero!’. Não é o dinheiro que traz felicidade para os filhos; ela está na proximidade dos pais”, comenta Cerbasi. Com o tempo, as crianças veem que a satisfação das necessidades não depende só dos pais, mas sim do que é adquirido de outras pessoas. “Elas começam a entender o ato de comprar. Esta fase é a grande oportunidade de iniciar a educação financeira. Deve-se deixar claro que a compra é uma troca, identificada pela entrega de dinheiro”, frisa o consultor. Ele lembra a necessidade de orientar sobre o valor do dinheiro e sua origem: o trabalho. Ao comprar, os pais devem enfatizar o processo de compra e não o que foi comprado, incluindo questões como ‘será que temos dinheiro suficiente para comprar?’.

As crianças passam a dar importância ao ato de comprar na fase do ‘Compra!’ – ato que não pode ser banalizado. Segundo Cerbasi, a criança deve entender que os mimos devem aguardar a hora certa para a compra, como o final de semana. Na fase seguinte, os filhos sentem-se realizados quando podem dar o dinheiro ao vendedor ou fazer o pedido. Esta independência mostra aos filhos que eles não dependem dos pais, mas sim do dinheiro deles. A frase desta fase é ‘Me dá um dinheiro?’, mesmo que o pequeno não saiba o que quer fazer com ele.

“Presentear com um cofrinho, nesta época, é tão oportuno e excitante quanto presenteá-los com um álbum de figurinhas. As crianças entretêm-se com a emoção de completá-lo um pouco por dia. Encher um cofrinho pode ser uma experiência marcante na infância. Tão marcante que adultos que tiveram um cofre mantêm o hábito, dando valor as moedas”, conclui.

Como agir nas brigas entre irmãos

Os pais pedem para parar, prometem castigos, imploram por calma. Mas parece que, quando irmãos decidem brigar, não ouvem ninguém. E os pais ficam com medo de serem injustos. Assim, situações de caos seguem ocorrendo, tirando a alegria do lar e desestabilizando a família. Os pais chegam, em alguns casos, a sentirem-se incompetentes, incapazes de lidar com um problema que parece simples. Nestas horas, qual é a melhor forma de agir?

A primeira atitude positiva é analisar a situação como um todo, tentando localizar os motivos destas situações de estresse. O ciúme, uma das principais causas de brigas, pode ser causado por uma forma diferenciada de tratamento entre os filhos. Como cada filho é único, o tratamento dedicado a cada um acaba sendo distinto. Os filhos não são tratados da mesma forma, pois têm necessidades diferentes. O problema é que para as crianças essas diferenças não ficam claras: para os pequenos, se os pais são os mesmos, todos devem ser tratados igualmente. Por não saber lidar com as diferenças de tratamento, que são normais, a criança extravasa a raiva com socos, chutes, murros, mordidas, beliscões e palavrões.

Mas não só o ciúme explica a agressividade entre irmãos. E o outro problema pode estar nos pais. Casais estáveis, bem resolvidos e em harmonia normalmente têm filhos com menos atritos e brigas – que, quando ocorrem, são por problemas passageiros que facilmente se resolvem. Já nas famílias em que as brigas são frequentes, os filhos parecem desenvolver uma linguagem corporal que inclui socos e palavrões. Os filhos são o reflexo dos pais em comportamento, humor, angústias, doçura e agressividade. Se eles brigam demais, pode ser porque o lar não seja s mais calmo.

O primeiro passo dos pais deve ser uma avaliação da conduta e da forma de relacionamento com os filhos. Para tornar o ambiente mais leve, uma dica é relacionar-se com cada filho em momentos diferentes, a sós. Assim, será possível dar para cada um o que merece e precisa. Mesmo havendo um tratamento diferenciado, nunca compare as crianças nem estimule a competitividade. Quando um perder, a autoestima despenca – e pessoas com baixa autoestima podem tornar-se mais agressivas e revoltadas.

Comportamento da criança na hora de ir para a escola

São muitas as crianças que não se sentem à vontade para ir à escola. São inúmeros os pais que têm dificuldade e um trabalhão e tanto para lidar com esse problema. E isso, às vezes, ocorre independentemente da idade. Há também os pequenos de sete, oito ou nove anos que não gostam ou não querem ir à aula, seja por inexperiência ou por birra. Mais comumente, há os que estão indo pela primeira vez e, aos poucos, acostumam-se. Tanto que depois desinibem-se e tornam-se capazes de encarar os primeiros dias com naturalidade.

Mas o que fazer quando as dificuldades são imensas e parecem irrevogáveis? Primeiramente, conversar. Aproximar-se do seu filho e, assim, saber o que de fato ele está sentindo a respeito da situação (nova ou já vivenciada, indiferente). Depois, é interessante observar e refletir quais são os fatores que podem estar dificultando a vontade de interação social da criança.

Algumas perguntas básicas podem ser feitas e respondidas em um primeiro instante:

– Por que o pequeno recusa a escola? Isso está nele mesmo, ou seja, é parte da sua personalidade?

– O problema pode estar no ambiente familiar ou na própria escola?

– E de que forma está a saúde da criança, juntamente com o seu desenvolvimento físico, afetivo e social?

A partir daí, pode ser um pouco mais fácil perceber os porquês.
Mas também pode ser complicado. E, caso isso aconteça, seria interessante contatar o pediatra do seu filho e conversar com ele a respeito. O médico, inclusive, tende a indicar o melhor tratamento e talvez sugerir acompanhamento psicológico.

Crianças costumam ser muito curiosas e adoram aprender, mas também sofrem com a preocupação e a angústia em relação a problemas familiares.

Caso nada de diferente tenha acontecido na rotina do lar – como o nascimento de um irmão -, é fundamental que os pais reflitam sobre seu comportamento e atitudes frente aos pequenos.