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Canal de TV lança campanha contra o bullying

Uma pesquisa realizada em fevereiro deste ano por algumas ONGs, que são ligadas a direitos da criança na América Latina, revelou um dado assustador: cerca de 52% dos jovens entrevistados disseram já ter sofrido algum tipo de descriminação nas redes sociais.

Esse estudo levou em conta as respostas apresentadas por jovens entre 13 e 18 anos em nove países da América Latina, mas o Brasil não esteve incluído. Além disso, 80% dos pesquisados revelaram que sabiam muito pouco a respeito de seus direitos e também deveres na internet.

Pensando nisso o canal de tv a cabo Cartoon Network lançou no mês passado a campanha “Chega de Bullying, não fique calado”. A iniciativa busca incentivar as crianças, pais e professores a identificar e combater o bullyng na internet.

Dessa forma, dois vídeos de curta duração passaram a ser vinculados na programação do canal infantil. Eles apresentam um monstro disfarçado que se aproveita do seu anonimato para realizar comentários maldosos e postar mentiras a respeito de outras pessoas.

Além disso, no site da campanha há uma apostila que mostra dicas a respeito do assunto, além de outros vídeos educativos.

 

cartoon

Nem tudo é bullying!

Hoje em dia basta a criança discutir com um colega, recebe ruma crítica na sala de aula, ser recusada em uma brincadeira na hora do recreio ou faltar muito na escola que os pais buscam a direção cobrando providências e chegam ao diagnóstico de que a criança está sendo alvo de bullying.

Com a popularidade, o termo virou rótulo para qualquer situação de conflito no ambiente escolar, até mesmo pequenos desentendimento entre as crianças ou aquelas piadinhas sarcásticas comuns entre os adolescentes. Mas, na verdade, o que pode ser considerado bullying?

Uma das primeiras a levantar essa polêmica discussão foi a doutora em psicologia e pesquisadora inglesa Helene Guldberg, autora de “Reclaiming Childhood: Freedom and Play in an Age of Fear” (“Reivindicando a infância: liberdade e brincadeira em uma era de medo”). No livro, ela denuncia o florescimento, nos Estados Unidos e no Reino Unido, do que chama de “indústria do bullying”. O fenômeno teria encontrado terreno fértil para crescer porque vivemos em uma época marcada pelo excesso de proteção e de fiscalização das crianças, assim como pela falta de confiança de que as pessoas, de modo geral, sejam capazes de solucionar seus problemas por conta própria.

Schoolgirl being bullied in school corridor

De acordo com sua tese, não é uma questão de negar a existência do bullying nem de minimizar sua gravidade, mas de delimitar com maior rigor quando, de fato, se trata de um episódio que merece essa classificação e, principalmente, quando uma intervenção é recomendável. A interferência desmedida de pais ou educadores nas pendengas infantis acaba alimentando as dificuldades da criança para se relacionar, tanto na escola quanto na sociedade, e inibindo ou desenvolvimento dela.

Pesquisadores definem o bullying como uma perseguição sistemática que se materializa em repetidas humilhações verbais ou físicas. Não é raro que sejam ressaltadas aquelas características que fazem o perseguido se sentir psicologicamente fragilizado, como o excesso de peso ou a opção sexual. Os episódios costumam contar com um trio de protagonistas: o agressor, a vítima e a plateia, que participa da agressão ou apenas se cala e é conivente. A internet e as redes sociais colocaram mais lenha na fogueira ao propiciar o surgimento de uma variedade amplificada desse tipo de violência: o cyberbullying. O que antes ficava circunscrito a um ambiente social agora pode não obedecer fronteiras e ser praticado 24 horas.

Como ajudar as crianças a perderem peso – Parte I

Se você conferiu o post de ontem, viu que mostramos o quanto o problema da obesidade infantil é preocupante e como você deve iniciar a criança em uma dieta (conversando e dando o exemplo).

Hoje, compartilharemos com vocês algumas dicas dadas pela Revista Crescer, que mostram como colocar isso em prática no dia-a-dia.

* Assuma a responsabilidade: “É comum receber no consultório pais que falam que a criança não coopera, não come o que eles compram e não querem fazer dieta. Ou seja, eles transferem para o filho uma responsabilidade que é deles, de fazer escolhas saudáveis e ter uma alimentação mais regrada”, afirma a nutricionista Claudia Lobo. É por isso que vocês precisam estar juntos nessa empreitada.

*Aposte na autoestima do seu filho: Crianças que estão acima do peso têm mais problemas sociais e sofrem mais bullying, de acordo com estudos. Aproveite para falar das coisas positivas, como o sorriso lindo que ele tem.

* Comece com pequenos ajustes: A infância não é idade para se fazer regime, segundo os especialistas. Como as crianças estão em fase de crescimento e desenvolvimento, não podem deixar de receber os nutrientes e calorias necessários. A ideia, então, é reorganizar a alimentaçã. Ou seja, regular os horários, estipular dias específicos para comer as chamadas “bobagens” (por exemplo, doces e refrigerantes só aos finais de semana, ou duas vezes por semana) e diminuir a quantidade de alimento ingerida.

* Aprecie a comida: Um estudo mostrou que, quando os pais comem vegetais e sorriem, as crianças ficam mais estimuladas a comê-los também. Quando estiverem almoçando juntos, por exemplo, elogie os alimentos saudáveis e faça cara de quem está gostando muito. Vale até dizer: “hummmm!”.

* Fale sobre o que ele vai comer a mais: Em vez de dizer que seu filho não vai poder comer isso e aquilo, mostre a enorme quantidade de alimentos novos (e saudáveis) que estarão à disposição dele. Mostre que ele vai comer tudo o que comia antes, mas de um outro jeito, em horários e dias diferentes. Inclua legumes, frutas e verduras que até então ele não conhecia e comece um trabalho para deixar esses alimentos em evidência, colocando os outros, menos saudáveis, em segundo plano.

* Proponha atividades físicas divertidas: Nada de obrigar seu filho a fazer um exercício só porque ele precisa perder peso. Opte por atividades mais lúdicas e que você possa fazer junto com ele. “O ideal é que a criança se movimente 30 minutos por dia, e pode ser brincando, jogando bola, correndo, pulando corda, subindo e descendo escada, dançando na frente da televisão. Tem que ser algo de que a criança goste e, de preferência, que os pais estejam presentes, nem que seja ao lado, incentivando a atividade”, conta Claudia Lobo.

* Não proíba os doces e salgadinhos: Se ele vai à uma festa de criança, por exemplo, dê algo saudável para ele comer antes de saírem, sem falar nada sobre a restrição. Com o estômago cheio, ele vai ter menos apetite. Você também pode oferecer alternativas menos gordurosas, como os salgados assados no lugar dos fritos.

Fonte: Revista Crescer

Como ajudar as crianças a perderem peso – Parte I

A obesidade infantil é um dos grandes problemas da nossa sociedade atual, especialmente devido à má alimentação dos pequenos. E como crianças adoram beliscar, adoram doces e, principalmente, guloseimas que trazem embalagens divertidas ou brindes – e que, geralmente, consistem em alimentos ricos em corantes, conservantes, gorduras saturadas e outros componentes que não fazem nada bem à saúde –, não é nada fácil inserir uma dieta balanceada e de restrição calórica nessa fase da vida.

De acordo com a Revista Crescer, a melhor forma de ajuda-lo é entrando em forma junto com ele! Uma pesquisa recente analisou 80 famílias com crianças de 8 a 12 anos que eram obesos ou estavam acima do peso e conclui que as crianças só emagreciam quando os pais se também se adequavam a uma alimentação saudável. Por os pais serem geralmente o modelo dos filhos, a família tem que dar apoio e, principalmente, o exemplo. Se toda a família come mal, mesmo que não tenha problemas de peso (embora no futuro possivelmente vá ter de saúde), a criança dificilmente vai conseguir entrar em forma. Afinal como convencer uma criança a comer uma maçã quando vê o pai ou a mãe devorando um pacote de biscoitos recheados?

Além de mudar os hábitos familiares, é preciso, sim, conversar com ele sobre o assunto – o que, logicamente, não é tão simples assim. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos (onde pelo menos um quinto das crianças são obesas) afirma que, para alguns pais, é mais difícil falar sobre obesidade e sobrepeso do que sobre álcool e drogas com os filhos.

Na hora de iniciar a conversa, seja positivo e explique o quanto ela vai poder se divertir mais se estiver mais saudável e bem disposta para correr e brincar. É importante que a saúde, o bem-estar e a auto-estima estejam acima da questão estética e dos padrões sociais. Mas, depois da conversa inicial sobre a necessidade de entrar em forma, é importante não ficar reafirmando que a criança está acima do peso ou “gordinha”. Como afirma a Revista Crescer, “a criança sabe quando está acima do peso, principalmente se já vai à escola, porque percebe que é diferente dos colegas e pode até já ter ouvido alguma piadinha sobre seus quilos a mais”.

A Revista Veja afirma que as crianças e pré-adolescentes que estão acima do peso são as mais propensas a sofrerem bullying na escola, independente do seu sexo, raça, capacidade de fazer amigos ou habilidades acadêmicas. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Michigan mostra resultados assustadores, indicando que embora o número de crianças com sobrepeso tenha aumentado, as chances de uma criança nessas condições ser intimidada ou hostilizada pelos colegas é 63% maior do que as dos demais.

Confira no post de amanhã algumas dicas para manter essas mudanças no dia-a-dia!

Fonte: Revista Crescer, Revista Veja e Correio Braziliense

Um retrato do bullying no mundo

Na penúltima semana falamos sobre o tema “bullying”, relacionado a postagens na internet. Hoje voltamos a falar do assunto pois acreditamos que esse é um tema muito recorrente nos dias de hoje, sobre o qual muitos de nós – pais, professores, tios, avós, não sabemos muito bem como lidar.

Muitas vezes nem damos importância para os fatos, acreditando que tudo não se passa de “brincadeira de criança”, mas a gravidade do problema é tamanha que o Brasil já estuda a aprovação de uma lei relacionada ao assunto.

Por isso, achamos útil compartilhar com vocês esse infográfico, criado pelo site norte-americano Romantic Frugal Mom e traduzido pelo blog brasileiro Criando Crianças, que apresenta um panorama do problema.

Interessante para ser debatido em reuniões escolares ou outros momentos com pais e professores.

A vida na internet

Muito se fala, nos dias de hoje, em bullying, aquela prática horrível de maltratar, física e psicologicamente, crianças e adolescentes. A prática, que é antiga mas que antes não tinha esse nome, prejudica a vida de muitas pessoas, vítimas dos maus tratos de colegas, “amigos” (que de amigos não têm nada!) e conhecidos.

Com a internet, esse “maltratar” ganhou ainda mais força. As crianças e jovens vão pra escola, munidos de seus celulares com câmera e, além de maltratar alguém, fazem vídeos e postam na internet, compartilham por e-mail e redes sociais. Daí, para o “mico” de alguém ganhar o mundo, basta um clique – o que joga ainda mais pra baixo a auto-estima da vítima.

Mas a exposição da internet não acontece somente através destes vídeos constrangedores. Na semana passada, bombou na web o vídeo produzido para o BarMitzvah de Nissin Ourfali, um jovem paulista de 13 anos. Seu pai colocou o vídeo no Youtube para compartilhar o orgulho da data com os familiares. Mas o Brasil viu! E curtiu! E compartilhou (não se sabe ao certo se por deboche, estranheza ou porque gostou mesmo)!

Os comentários assustaram a família do garoto, que tirou o vídeo original do ar. Mas aí já era tarde: dois blogs influentes tinham sua publicação do vídeo e ele continuou sendo disseminado.

A jornalista Rosana Hermann, do portal R7, comentou o assunto em um post muito pertinente no seu blog. Segundo ela, “Imagino que pra muita gente que curtiu o vídeo, que cola mesmo na cabeça, achou tudo muito diferente, novo, estranho. A estranheza causa muitas risadas em todos nós. Essa estranheza, porém, pode ser apenas falta de conhecimento. Ou se informação. Porque esse tipo de vídeo, com lip sync, feito para festas de Bar Mitzvah, com a história de vida, protagoniza pelo garoto de 13 anos e estrelada pela família é muito comum. Tem vários vídeos no YouTube.”

Quer conferir o post? Clica aqui!

Assim, rimos e brincamos com o que nos soa estranho. Isso é normal, mas não é correto. Afinal, atrás do vídeo há um jovem, com todas as inseguranças, anseios e curiosidades da vida – elementos que estão ajudando a formar um novo adulto. Como este jovem está recebendo essas críticas e deboches? Ou, aprofundando mais, como está se sentindo sendo avaliado por um “mundo” de pessoas que não conhece e nem quer conhecer?

Como Giuliana Bergamno diz aqui: “Esquecemos que a internet, embora seja chamada de universo virtual, faz parte de um mundo bem real. Por trás de um código numérico, existe uma pessoa de verdade, de carne, osso e intelecto, e moral, e crenças e afinidades. O que escrevemos, curtimos ou compartilhamos aqui tem repercussão nesses seres.”

Pois é, aí que precisamos parar e pensar! Vale a pena expor quem amamos? Precisamos compartilhar todos os momentos de nossas vidas? Até que ponto o virtual está se sobrepondo ao real?

E você, querido leitor, como se comporta? Que tal tirar uns minutinhos e analisar: tudo o que você posta sobre seu filho hoje dará orgulho a ele quando crescer? Ou será, como dizem os mais antigos, uma “pagação de mico”?