Uma pesquisa realizada por mais de dez universidades em parceria com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e com o Ministério da Saúde, revelou que 11,7% dos nascimentos no Brasil são prematuros, acontecem antes de 37 semanas de gestação. Estes dados colocam o Brasil no décimo lugar do ranking mundial de prematuridade, atrás de países como Índia, China, Nigéria e Estados Unidos.
De acordo com os 10 objetivos do milênio, estabelecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) para melhorar a saúde mundial, um dos tópicos é referente à gestante, levando em conta a mortalidade materna e infantil. E hoje, no Brasil, as principais causas da mortalidade infantil estão ligadas a problemas neonatais. A prematuridade é a maior responsável, representando 70%, excluindo os casos de malformação fetal.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o índice de prematuridade é alto. A incidência é de 12%, mas são casos de prematuridade tardia (entre 34 e 36 semanas) decorrentes da intervenção médica com a cesariana por causa de problemas da saúde materna, como hipertensão. Além disso, estão ligados às gestações de múltiplos ocasionadas pela quantidade alta de fertilização in vitro.
Quanto mais precoce for o nascimento, maiores os risco à saúde do bebê. A sobrevida de um bebê de 25 semanas no Brasil está em torno de 10%, enquanto quem nasce a partir de 36 semanas sobrevive em 98% dos casos.
Na maioria dos casos, é possível prevenir a prematuridade pelo pré-natal. Por isso, o acompanhamento médico desde o início da gravidez é muito importante para a saúde do bebê e também da mãe.
A prematuridade é reconhecida quando o nascimento acontece antes de 37 semanas de gestação. Ela pode ser classificada como leve, moderada e grave.
Leve: nascimento entre 32 e 36 semanas e seis dias.
Moderada: entre 28 e 31 semanas e seis dias.
Grave: Inferior a 28 semanas.