Nos tempos atuais, a maioria de nós é muito atarefada, envolvida com atividades profissionais, sociais, estudos, tarefas do lar e, claro, os cuidados com os nossos pequenos. Em meio a isso, muitas mulheres sentem-se culpadas por não poderem participar tanto tempo com os filhos quanto gostariam. Isso ocorre, de acordo com a psicóloga Ceres Alves de Araújo, porque “na nossa sociedade institui-se o seguinte: o pai sai para trabalhar e a mãe fica com as crianças. Isso já mudou mas ainda hoje são as mulheres que se sentem responsáveis pelos cuidados com os filhos. é um resquício do passado que deve permanecer por algum tempo”.
Ao invés de afundar-se em culpa, você deve, sem deixar de participar o possível do desenvolvimento dos pequenos, refletir sobre alguns aspectos envolvidos nesse sentimento:
Diferencie o que você gostaria de dar aos seus filhos, em termos de dedicação de tempo e carinho, do que eles realmente precisam. Muitas vezes, achamos que devemos estar mais presentes do que é necessário.
Lembre-se de que períodos de separação – quando não exagerados – são saudáveis e contribuem com a relação. “É na ausência que nasce a percepção do amor”, confirma Ceres.
Atualize-se. Hoje, a criança entende a identidade da mãe também pela profissão que ela exerce e se orgulha do fato de ser uma profissional.
Não esqueça de que crianças têm alto poder de adaptação. Você terá de trabalhar mais? Pode ter certeza que você sofrerá mais do que seu filho. Tudo que ele precisa, quando você for trabalhar, é ter um cuidador responsável e afetivo e a certeza de que você voltará e dará atenção a ele.
Saiba que mesmo filhos que passam muito tempo com as mães pedem para ficar mais com elas. Essa reclamação é própria da infância. O que distingue a manha de uma falta real dos pais são os sintomas. Se o seu filho estiver sempre triste e com alterações significativas no apetite ou no sono é sinal de que ele não está bem.
Fonte: 3º Seminário Revista Crescer Famílias Contemporâneas