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Como lidar com birras

Para lidar com as birras infantis, uma psicoterapeuta francesa sugere que os pais observem o mundo pela ótica das crianças. Em seu livro, “Já tentei de tudo”, Isabelle Filliozat propõe formas alternativas de encarar e tentar solucionar essas situações.

 

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Um dos exemplos trazidos por Isabelle é o seguinte: imagine que uma criança de um ano está perto de um armário cheio de copos ou outras peças de vidro. A mãe diz “NÃO” e o filho continua tentando abrir a porta do móvel. No pensamento dos adultos, o pequeno é teimoso, ou está fazendo birra ou ainda querendo desafiar os pais. Quando nos colocamos no lugar da criança, fica mais fácil entender porque o “não” não funciona nessas situações. Quando nos dizem para não pensar em uma determinada coisa, esta coisa é justamente a primeira imagem que nos vem à mente, certo?

 

Quando nos colocamos no lugar da criança, fica mais fácil entender porque

o “não” não funciona nessas situações.

 

É algo similar ao que acontece quando simplesmente dizemos “não” para a criança numa situação assim, ele não funciona. Nestes casos, o melhor é dizer “pare”. Segundo a autora, palavra “pare” é bem mais eficaz e menos ambígua. Ao dizer ‘pare’ você interrompe o movimento com um tom imperativo, mas sem ser crítico. Mas não basta só isso. Depois que a criança parar de fazer o que você não queria que ela fizesse, é preciso mostrar a ela outra atividade, que a entretenha e satisfaça sua curiosidade de maneira segura. Que tal oferecer à criança um outro armário com brinquedos ou com objetos que não quebram, como potes de plástico?

 

Ao dizer ‘pare’ você interrompe o movimento com um tom imperativo, mas sem ser crítico.

 

Abordando situações cotidianas e sugerindo soluções que evitam a violência e usam a empatia, ou seja, um esforço para compreender o que está por trás das atitudes das crianças, a psicoterapeuta tenta ajudar os pais a lidar com as birras e outros comportamentos difíceis dos pequenos.  O livro tem textos simples, de leitura fácil e ilustrações divertidas, focando em atitudes de crianças de 1 a 5 anos. É claro que não tem resposta para todos os problemas, uma vez que cada criança e cada família são únicas, mas as palavras podem ser inspiradoras e ajudar os pais a encontrarem sua própria maneira de solucionar suas questões.

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Fonte: Revista Crescer 

 

 

Crianças francesas não fazem manha. Será?

Quando a jornalista americana Pamela Druckerman se mudou para Paris descobriu que estava grávida e iniciou uma descoberta sobre si mesmo e sobre a sociedade que a cercava. O modelo de educação francesa era muito diferente daquele que Pamela estava acostumada. Criando suas filhas como foi criada, percebeu que só ela estava surtando com a maternidade, consultando milhões de sites, fazendo uma dieta especial e se entupindo de vitaminas. Com as crianças maiores, reparou que apenas elas se recusavam a comer, faziam grandes escândalos no meio da rua. Além disso, Pamela era a única mãe a ficar do lado do escorregador com medo de os filhos se machucarem. Foi pesquisando como as mães francesas criavam pequenas miniaturas independentes que a jornalista escreveu o primeiro livro, “Crianças francesas não fazem manha”. Em abril deste ano, a sequência, “Crianças francesas dia a dia”, foi publicada no Brasil, dessa vez com dicas pontuais de como criar filhos à francesa.

“Os pais franceses acreditam de verdade que os bebês são racionais, que você deve combinar um pouco de rigidez com muita liberdade e que se deve ouvir as crianças com atenção, mas não fazer tudo o que elas dizem”, afirma Pamela no primeiro livro. A jornalista conta que o principal segredo é que as francesas não mudam completamente suas vidas ao se descobrirem grávidas. É a criança que deve se adaptar à rotina dos adultos — tanto é que elas viajam sozinhas com a escola, passam pelo menos um mês na casa dos avós durante as férias e, depois de um 1 de idade, já passam a comer o mesmo que os pais.

Confira algumas dicas extraídas dos livros da jornalista americana e aplique na criação dos seus filhos:
– As francesas acreditam que as crianças devem ser independentes, e o mais cedo possível
– No parquinho, as mães ficam conversando a distância, enquanto os filhos brincam e aprendem a cair e a se levantar
– As crianças aprendem a preencher o próprio tempo sozinhas e são estimuladas a inventar brincadeiras
– As crianças comem a mesma comida que os adultos após o primeiro ano de vida
– As refeições devem ser momentos de prazer e não de batalhas
– A educação francesa entende que as crianças são indivíduos à parte, que podem escolher seus próprios caminhos com algumas indicações dos pais

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